quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cardeal Geraldo Majella anuncia a beatificação de irmã Dulce


O cardeal arcebispo de Salvador (BA), dom Geraldo Majella Agnelo anunciou, na manhã desta quarta-feira, 27, a beatificação da irmã Dulce. O pronunciamento foi feito na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador, e o cardeal informou que até o fim do ano será conhecida a data da cerimônia de beatificação.

Para ser considerada beata, foi necessária a comprovação da existência de um milagre atribuído a religiosa; fato que aconteceu esta semana em Roma. O processo ainda precisa ser assinado pelo papa para ser concluído.
De acordo com dom Geraldo, a religiosa é exemplo para os cristãos e a sua história de vida é o que justifica a beatificação e o processo de canonização. “Todo santo é um exemplo de Cristo, como foi o caso dela (Irmã Dulce); aquela dedicação diuturna durante toda a vida aos pobres e sofredores”.

Irmã Dulce é a primeira baiana a tornar-se beata e agora está a um passo da canonização. O título de santa só poderá ser conferido após a comprovação de mais dois milagres intercedidos pela religiosa e reconhecidos pelo Vaticano.
A causa da beatificação de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo próprio dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramita na Congregação para a Causa dos Santos no Vaticano.

Discurso do papa Bento XVI aos bispos do Regional NE5 da CNBB em visita Ad limina


Em visita ad limina apostolorum, os bispos do Regional Nordeste 5 da CNBB (estado do Maranhão) foram recebidos em audiência pelo papa Bento XVI, que foi saudado pelo bispo emérito de Viana (MA), dom Xavier Gilles, ex-presidente do Regional.

"Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança", disse o papa.

São 14 os bispos que participam da visita, que termina no sábado, 30. Na agenda do episcopado maranhense há visitas aos dicastérios da Santa Sé, dentre outros compromissos. Ontem eles celebraram missa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros.

Leia, abaixo, a íntegra do discurso do papa.

Amados irmãos no episcopado,

«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.

Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.


Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. Gaudium et spes, 76).

Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem,82).

Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. Gaudium et spes 75).

Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17 de setembro de 2010).

Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.

Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.

Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.

Quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Papa Bento XVI

Dom Athanasius Schneider concede entrevista à Paix Liturgique.

A reforma da reforma promovida pelo Santo Padre é uma obra que vai avançando lentamente por lhe faltar, até ao momento, o necessário apoio por parte da hierarquia episcopal. Apesar de a maioria dos prelado se manter numa atitude de quem fica à espera, alguns houve que optaram por se lançar com entusiasmo e obediência na promoção do novo movimento litúrgico desejado por Bento XVI. Para nós, é uma alegria poder apresentar-lhes esta semana a primeira parte de uma conversa com um desses prelados, Sua Excelência Reverendíssima, o Senhor Dom Atanásio Schneider, bispo auxiliar de Karganda, no Cazaquistão, e autor do livro “Dominus Est”, sobre o rito da Comunhão — publicado em Portugal em Setembro de 2008 pela editora Caminhos Romanos – Unipessoal, Lda. e, no Brasil, em Maio de 2009, pela editora Raboni. É precisamente sobre esta questão da Comunhão que o Senhor Dom Atanásio nos hoje vai falar.
1) Antes de mais, será que o Senhor Dom Atanásio nos poderia apresentar a ordem religiosa a que pertence: os Cónegos Regulares da Santa Cruz, também conhecidos pelo nome de Cónegos de Coimbra?
S.E.R., Senhor Dom Atanásio Schneider: A ordem foi criada no ano de 1131, em Coimbra, em Portugal, por Dom Telo e São Teotónio, o primeiro português a ser canonizado. Fundaram-na com outros dez religiosos e optaram por seguir a regra de Santo Agostinho, pondo-se sob a dupla protecção da Santa Cruz e da Imaculada Conceição. A ordem conheceu logo um rápido crescimento.

Também ele português de nascença, Santo António de Pádua, chegou a pertencer à ordem antes de se juntar aos franciscanos. Em 1834, o governo português interditou as ordens religiosas. Sem embargo disso, para a Igreja, uma ordem só se considera extinta 100 anos após a morte do último dos seus membros. Tendo em conta esta disposição, o Primaz de Portugal decidiu relançar a ordem logo após o fim do concílio Vaticano II. O seu renascimento foi aprovado em 1979 por um decreto da Santa Sé, assinado pelo Senhor Dom Augusto Mayer, que então era o Secretário da Congregação para os Religiosos.

A ordem dedica-se à veneração da Santa Cruz e dos anjos, estando particularmente ligada à obra levada a cabo pelo Opus Angelorum. Tendo nascido na Áustria, em 1949, o Opus Angelorum veio a originar em 1961 a Confraria dos Anjos da Guarda, que tinha a vocação de reunir os “irmãos da Cruz”. A fundadora do Opus Angelorum, uma humilde mãe de família austríaca, Gabrielle Bitterlich, queria trazer uma ajuda espiritual aos sacerdotes e participar na expiação dos pecados destes através da prática da adoração eucarística.
O Opus Angelorum, depois de ter sido alvo de várias intervenções por partes da Santa Sé, com o intuito de clarificar o seu funcionamento, veio por fim a tornar-se, depois de 2007, na ordem terceira dos Cónegos Regulares da Santa Cruz.
A ordem conta com 140 membros, dos quais 80 são sacerdotes, e está presente na Europa, na Ásia e na América.

No seio da ordem, a Missa é celebrada de acordo com o Novus Ordo, mas “versus Deum”, sendo a comunhão distribuída segundo a forma tradicional, a mesma que o Santo Padre pôs em lugar de honra nas cerimónias a que preside: comunhão na língua estando os fiéis ajoelhados. Com esta opção, a ordem perpetua também a memória da fundadora do Opus Angelorum, que já muito sofrera com a generalização da comunhão na mão.

2) Senhor Dom Atanásio, foi este especial respeito pela Eucaristia que o incitou a entrar na ordem?

AS: Foi. É preciso que saiba que vivi durante 12 anos, os primeiros anos da minha vida, debaixo da tirania do comunismo soviético. Cresci com amor ao Jesus Eucarístico graças a minha mãe que era uma “mulher hóstia”, isto é, uma das pias mulheres que, assim que acontecia os padres serem presos ou interrogados pelas autoridades, tratavam de guardar secretamente a hóstia sagrada para evitar que fossem praticados sacrilégios.

Compreenderá, pois, como é natural que tivesse ficado chocado, aquando da nossa chegada à Alemanha, em 1973, ao descobrir como se dava a comunhão nas igrejas. Lembro-me de, ao ver pela primeira vez a comunhão a ser dada na mão, ter dito à minha mãe: “Mãe, mas é como quando nos dão os biscoitos na escola!”

Mais tarde, quando percebi que tinha a vocação ao sacerdócio, fui em busca de um caminho que também me permitisse ser, à minha maneira, um guardião de Jesus Hóstia. Quis a Providência que isto se desse precisamente no momento em que eram relançados os Cónegos da Santa Cruz.

3) Desde a sua eleição, ocorrida em pleno ano eucarístico, Bento XVI tem reafirmado constantemente a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia. E, depois da festa do Corpo de Deus de 2008, chegou mesmo a retomar o uso de dar a comunhão na língua estando os fiéis ajoelhados. Tocados por este exemplo pontifício, muitos sacerdotes, e frequentemente entre os mais jovens, começam a duvidar dos méritos a comunhão generalizada na mão, que, além do mais, é considerada por alguns como um dos maiores estragos saídos da reforma litúrgica. O vosso livro “Dominus Est” trata precisamente deste tema. De acordo com o Senhor Dom Atanásio, será certo dizermos, como o faz bispo Malcolm Ranjith no prefácio ao livro de Vossa Excelência Reverendíssima, que a comunhão na mão veio favorecer a diminuição da fé na presença real de Cristo e, por consequência, uma falta de respeito para com o Santíssimo Sacramento? E prova disso seria o relegar dos sacrários para certos cantos escondidos das igrejas, os fiéis que já não genuflectem diante do Santíssimo Sacramento, as comunhões sacrílegas, etc.

AS: Antes de mais, gostaria de sublinhar que acredito ser possível comungarmos com grande reverência recebendo a hóstia na mão. Mas, no modo de fazer que é mais comum, em que ministro e fiel parecem ter esquecido toda a sacralidade do acontecimento, tenho de admitir que a comunhão na mão contribui para um enfraquecimento da fé e para uma menor veneração do Senhor Eucarístico. Neste sentido, estou completamente de acordo com as observações de SER, o bispo Malcolm Ranjith.

Dom Athanasius celebrando uma Missa Pontiifcal
em Lisieux, na França, em ocasião do mês missionário.

Há algumas considerações que ajudam a compreender essas observações:

- Nada há aí que assegure a veneração relativamente aos fragmentos mais ínfimos da hóstia. Dói-me muito a perda de fragmentos da Santa Eucaristia, que é agora tão frequente por causa da prática quase geral da comunhão a mão. Não compreendo como é possível uma tal indiferença, que, com o passar do tempo, conduz a uma diminuição da fé na Transubstanciação, senão mesmo ao seu desaparecimento puro e simples…

- A comunhão na mão favorece muitíssimo o roubo das espécies eucarísticas. E por causa disso, cometem-se sacrilégios que em hipótese alguma deveríamos permitir.

- Além disso, a deslocação do sacrário vem prejudicar a centralidade da Eucaristia, mesmo numa perspectiva pedagógica: o lugar onde Nosso Senhor Jesus Cristo repousa deve ser sempre visível para todos.

4) Ainda que no princípio ela não tenha sido autorizada senão mediante um indulto, a comunhão na mão tornou-se a norma, e quase um dogma, na maioria das dioceses. Como se pode explicar esta evolução?

AS: Esta foi uma situação que se impôs com todas as notas próprias de uma moda e a impressão que tenho é a de que a sua difusão correspondeu a uma autêntica estratégia. Foi um hábito que se difundiu com efeito de avalanche. Pergunto-me a mim mesmo como pudemos tornar-nos insensíveis ao ponto de deixar de reconhecer a sublime sacralidade das espécies eucarísticas, Jesus vivo dentro de nós com a Sua majestade divina.

5) Até ao momento, foram muito poucos os prelados que decidiram imitar o Santo Padre dando também a comunhão da maneira tradicional. Ao mesmo tempo, há muitos sacerdotes que hesitam em seguir aquele exemplo. Crê tratar-se somente de simples resistências conservadoras (nas coisas dadas por adquiridas depois do concílio, no “acquis” do concílio, não se toca), ou, o que seria pior, tratar-se-á de um desinteresse pela questão?

AS: Não podemos julgar as intenções, mas uma observação exterior permite pensar que há realmente uma resistência, se não chegar a ser um efectivo desinteresse, relativamente à maneira mais sagrada e mais segura de receber a comunhão. É como se uma parte dos pastores da Igreja fizesse de conta que não vê o que o Sumo Pontífice está a levar a cabo: um magistério eucarístico pela prática.

Regional Nordeste 5 tem novo presidente

Nesta segunda-feira, 25, o Regional Nordeste 5 da CNBB (Maranhão) elegeu seu novo presidente. O bispo diocesano de Imperatriz (segunda maior diocese do Maranhão), dom Gilberto Pastana de Oliveira assume a função até o término da gestão da atual presidência. Ele sucede o bispo emérito de Viana, dom Xavier Gilles Maupeou dÁbleiges, que estava à frente do Regional desde 2005 e teve sua renúncia ao governo da diocese de Viana aceita pelo papa Bento XVI no dia 7 de julho passado. Dom Xavier pediu a renúncia após completar 75 anos, em março, conforme prevê o cânon 401 § 1º do Código de Direito Canônico.

Na linha de sucessão, dom Gilberto será o quarto presidente do Regional desde a instalação da sede em São Luís no ano de 1991.

Visita Ad Limina

Os bispos do Regional Nordeste 5 se encontram no Vaticano, onde aconteceu a eleição do seu novo presidente. Os 14 bispos (11 diocesanos e 3 eméritos) começaram hoje sua Visita Ad Limina que segue até o próximo sábado, 30.

A partir de amanhã tem início a visita aos Dicastérios romanos [departamentos do Governo da Igreja Católica, que compõem a Cúria Romana]. A primeira visita será à Congregação para os Bispos, Doutrina da Fé, Leigos e Família. No dia 27, eles visitam a Congregação para o Clero, Educação Católica e encerram o dia com uma missa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. No dia seguinte, os prelados visitam a Congregação para o Culto Divino e concelebram uma missa na Basílica de São João de Latrão. A reunião segue até sábado, 30.

Congresso teológico no Seminário Maria Mater Ecclesiae


Todos estão convidados! Evento aberto ao público!

O princípio “Solo Christus” visto por um ex-protestante

No tempo em que nos importa viver, no qual os ventos do ecumenismo tornam a soprar cada vez com mais firmeza, não é nada fácil tentar dizer três ou quatro verdades sobre os nossos “irmãos separados”. Eu, que durante nove anos de minha vida fui protestante, sei como é estar dos dois lados da cerca. É uma experiência inegavelmente peculiar. Apesar de encontrarmos do lado protestante uma grande maioria que julga que o catolicismo romano não é cristão, do lado católico não observamos com abundância aqueles que colocam em dúvida a natureza cristã do protestantismo. Sem querer valorizar demais, posto que não vale a pena, a opinião anti-católica deste grupo de protestantes, creio ser necessário comentarmos alguns pontos chave para que os católicos em geral, ou pelo menos aqueles que mantém um contato maior com protestantes, reconheçam que deveriam ser menos otimistas quanto à existência de um elemento cristão genuíno no cristianismo protestante.

Desde seu surgimento, na reforma, o protestantismo elaborou uma série de lemas que se tornaram verdadeiros dogmas de fé do cristianismo protestante. Analisaremos um desses lemas, e vejamos o que ocorre na prática.

Solo Christus

A princípio nada haveria de me opor a esta doutrina essencial da fé cristã pela qual reconhecemos que a figura e a pessoa de Jesus Cristo é, por si só, o centro de nossa vida e esperança. Indubitavelmente, sem Cristo não há cristianismo. Contudo, acontece que na Bíblia ocorre uma realidade muito clara: uma vez que Jesus Cristo se encarnou e fundou sua Igreja não podemos mais separar a realidade de Cristo com a realidade da Igreja. A Palavra de Deus é clara neste ponto: A Igreja é o Corpo de Cristo (Cl 1,18). Diz mais: A Igreja é a Sua Plenitude (Ef 1,23). Quem persegue a Igreja, persegue o Cristo (At 9,1-6) e, caso a relação não esteja suficientemente nítida, podemos perceber que a relação entre Cristo e a Igreja é um mistério ao qual São Paulo compara ao mistério da união entre o homem e a mulher (Ef 5,31-32).

Portanto, dizemos a verdade se ensinamos que não pode crer em “Solo Christus” aquele que aceita o Cristo, mas rejeita a Igreja, indissoluvelmente unida a Ele por toda a eternidade. Por isso o Símbolo Niceno-Constantinopolitano afirma em um de seus pontos: “Creio na Santa Igreja Católica e apostólica”. Ou seja, desde a antiguidade era demonstrado que a fé ou crença na Igreja era parte da fé cristã. E se o Cristo em pessoa afirmou, sobre o matrimônio, que “o que Deus uniu o homem não separe”, mais ainda devemos crer que a união de Cristo com a Igreja está selada eternamente por vontade divina.

Se isto está claro, cabe aqui uma pergunta: atacar a unidade da Igreja não é exatamente o mesmo que atacar o Cristo? É cristão, portanto, dividir o corpo de Cristo em milhares de fragmentos? Ou, pelo contrário, a divisão da unidade do corpo de Cristo não é a arma mais poderosa que satanás poderia se servir durante a história da Igreja?

Quando era protestante, eu via como secundário este assunto de unidade da Igreja e, acima de tudo, sacrificável ao “deus” da pureza doutrinária. Ou seja, a verdadeira doutrina expressa “somente na Bíblia” está um tesouro de muito mais valor que a unidade visível da Igreja de Cristo. Porém não era somente isso. Assim como a imensa maioria dos protestantes, eu tinha um conceito sobre a Igreja que não se acha em lugar nenhum da Bíblia, a não ser através de interpretações torcidas e contorcidas. É o que eu chamo de conceito “docetista” da Igreja, onde se tira a noção de que possa haver uma Igreja visível, organizada e hierarquizada, para se aceitar uma Igreja desorganizada, invisível, pseudo-etérea, sem unidade orgânica real.

Sem muita demora, vejamos o que diz a Bíblia sobre a Igreja:

1 – Cristo deixou muito claro que a unidade dos cristãos deveria ser semelhante à sua unidade com o Pai e que por essa unidade o mundo deveria crer.
2 – A Igreja teria uma hierarquia muito bem definida: apóstolos, entre eles Pedro, o primeiro, e logo os bispos e anciãos (presbíteros).
3 – A Igreja adotaria um sistema de análise chamado Conciliar, tal e como se vê em Atos 15, com o particular fato de que Pedro iniciou os debates sobre os temas em pauta naquele concílio. Além disso, as disposições do Concílio eram de aceitação obrigatória por toda a Igreja.
4 – Os apóstolos eram intolerantes com aqueles que causavam divisões. Encabeçados por Paulo, que teve que se depara com os “denominacionalismos” de Corinto (1Cor 1,10-13). Também ele deu a Tito uma ordem bem clara sobre o que ele deveria fazer com aqueles que causassem divisões. Deveria admoestá-los primeiro e depois expulsá-los da Igreja, porque haviam-se pervertido (Tt 3,10-11). Judas (Jd 19) coloca que os que causam divisão não possuem o Espírito. E, digamos alto e claro, o apóstolo João mostra em 1Jo 2,18-19 que os que saem da Igreja são anti-cristos, ainda que alguns queiram interpretar este versículo de uma forma mais suave.
Bem, alguém deve estar se perguntando: “E o que tem a ver isto tudo com o protestantismo e ‘Solo Christus‘?”. Respondo: Tem tudo a ver! E mais: o protestante que entende esta realidade, se é honesto e inteligente, necessariamente tem de deixar de ser protestante, a menos que queira pecar gravemente contra Deus.


É evidente que um sistema religioso que afirma aceitar inteiramente o Cristo e todo o seu ensinamento, mas que leva em sua essência o vírus mortal da divisão do corpo de Cristo, somente pode ser definida como anti-cristo. Anti-cristã. Não há justificativa alguma ao fato de que o protestantismo tem sido absolutamente incapaz de manter uma unidade eclesial interna minimamente respeitável. Quando os protestantes se insurgem em apontar, com seus tratados e comentários bíblicos, os erros doutrinários do catolicismo, não se dão conta que a simples existência de uma miríade de denominações protestantes independentes umas das outras é, nos seus olhos, uma trave de proporções apocalípticas.

Parece forte dizer isso, mas a verdade é que o protestantismo é a negação de Cristo desde o momento em que, na prática, nega a existência de uma só Igreja de Cristo, com uma só fé, com um só batismo e um só credo. E, negando a existência dessa Igreja, que é o corpo de Cristo, está se negando o próprio Cristo, ainda que inconscientemente. Ponto final!

Se o protestantismo tivesse a capacidade de ter se organizado em uma só denominação, poderíamos hoje contemplar a reforma de um prisma totalmente diferente. Porém, a reforma não foi o que pretendia ser, senão o maior levante de aniquilação da Igreja, com a desculpa de uma verdadeira mudança. Aproveitaram da fraqueza da Igreja da época para tentar destruí-la por completo, mas, graças a Deus, foi na fraqueza que a Igreja despertou com força para novos desafios, ainda que lhe custasse muito recuperar o que havia perdido com a corrupção interna e os desajustes doutrinais e externos.

Para finalizar, ainda me caberia verificar muitas das ramificações desse desastre que é o protestantismo para a cristandade, mas me contentarei em assinalar pelo menos algumas poucas incoerências da agressiva dinâmica dialética que os protestantes usam contra a Igreja Católica:

1 – Os protestantes rejeitam a Igreja Católica por não se basear somente na Bíblia. A verdade é que eles, que dizem basear-se somente na Bíblia, não conseguem chegar a um acordo sobre doutrinas como a Eucaristia, sacramentos, organização eclesial, doutrinas da graça e salvação (calvinismo e arminianismo), etc., etc., etc.
2 – Os protestantes atacam a Igreja Católica por valorizar o papel da Tradição, mas eles mesmos são escravos de suas próprias tradições interpretativas da Palavra de Deus. E, ainda por cima, aceitam grande parte da linguagem e do conteúdo doutrinal que a eles chegou através da…Tradição da Igreja (Trindade, Cânon da Bíblia, Filioque, Pecado Original, Domingo como dia do Senhor).
3 – Os protestantes usam a Bíblia como uma arma contra determinadas doutrinas e práticas católicas, porém nada dizem sobre o que essa mesma Bíblia fala sobre divisões na Igreja, tão presente nas suas igrejas.
4 – Os protestantes atacam a Igreja Católica acusando-na de possuir um sistema de governo ditatorial, porém resulta que boa parte das igrejas protestantes exercem uma tirania a nível denominacional que faria você rir da severidade disciplinar do cardeal Ratzinger.
Por fim, para não estender-me demais, terminarei com uma reflexão. Creio que tanto aqueles que nasceram numa família protestantes como aqueles que saíram da Igreja Católica para o protestantismo deveriam voltar com urgência para a Igreja de Cristo. É incompatível ser de Cristo e pertencer a um sistema religioso que está dividindo continuamente o corpo de Cristo, que nega o princípio da eficácia regeneradora que o Espírito Santo possui na sua condução da Igreja. Muitos protestantes nunca tinham sido defrontados com esta realidade que estou escrevendo. Outros tomaram conhecimento, mas resolveram continuar seguindo suas vidas separados da Igreja, e, portanto, apesar de se revoltarem ao ler isto, separados de Cristo.

É nossa missão evangelizá-los e/ou resistir às suas tentativas de levar católicos da Igreja de Cristo. Sem dúvida, muitos católicos precisam de um contato maior com Cristo, porém este encontro não se dá fora do Corpo de Cristo, nas igrejas protestantes, mas um encontro na Igreja do Cristo verdadeiro.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cresce interesse pelos santos, diz porta-voz vaticano

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 25 outubro de 2010 (ZENIT.org) – Os santos voltaram a estar na moda, afirma o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, ao constatar a extraordinária participação nas últimas canonizações presididas por Bento XVI.

O padre Federico Lombardi, S.J., analisa no último número de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, a proclamação como santos de Stanislaw Soltys, André Bessette, Cândida Maria de Jesus Cipitria y Barriola, Mary of the Cross MacKillop, Giulia Salzano e Battista Camilla Varano.

Essas canonizações “foram um tanto particulares. Sobretudo dois destes novos santos mobilizaram um interesse muito especial em seus países”. O porta-voz refere-se à australiana Mary MacKillop e ao canadense André Bessette.

“Os outros santos e santas eram italianos, espanhóis e poloneses e, portanto, apesar de sua grandeza, não eram uma novidade absoluta. Mas a Austrália ainda não tinha uma santa e o Canadá tinha uma menor familiaridade com as canonizações”.

“Grupos de milhares de peregrinos enfrentaram viagens muito longas e dispendiosas para estar presentes na Praça de São Pedro; muitos jornalistas e equipes de televisão vieram a Roma para escrever artigos, fazer reportagens, entrevistas, transmissões ao vivo sobre a cerimônia e as outras celebrações”, recorda o padre Lombardi.

“Normalmente os meios de comunicação movem-se quando entendem que há um interesse popular amplo e difundido”, recorda.

“A Igreja propõe solenemente nos santos os modelos de vida cristã, mas o faz reconhecendo aquilo que o povo já entendeu: que certas pessoas encarnam o Evangelho de forma extraordinária, e assim se convertem para aqueles que os descobrem em amigos espirituais, fantásticos guias para chegar ao amor de Deus, à fé, à esperança.”

“Alguns santos são reconhecidos solenemente; a grande maioria não se faz universalmente famosa, mas difunde igualmente ao ser redor esperança e amor. Esta é a face mais bela da Igreja”, afirma.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bento XVI: comunhão, necessária para a missão

Hoje, durante a oração do Ângelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 24 de outubro de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos, a seguir, as palavras do Papa Bento XVI hoje, durante a introdução à recitação do Ângelus, na Praça de São Pedro, aos peregrinos do mundo inteiro.

* * *

Queridos irmãos e irmãs!

Com a solene celebração desta manhã na Basílica Vaticana, concluiu-se a Assembleia Sinodal Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos, sobre o tema "A Igreja Católica no Oriente Médio: comunhão e testemunho". Neste domingo, celebra-se, além disso, o Dia Mundial das Missões, que tem como tema "A construção da comunhão eclesial é a chave da missão". Chama a atenção a similitude entre os temas destes dois acontecimentos eclesiais. Ambos convidam a conceber a Igreja como mistério de comunhão que, por sua natureza, está destinado a todo homem e a todos os homens.

O Servo de Deus Papa Paulo VI afirmava assim: "A Igreja existe para evangelizar, isto é, para pregar e ensinar, ser canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus, perpetuar o sacrifício de Cristo na Santa Missa, memorial da sua morte e ressurreição gloriosa" (exortação apostólica Evangelii nuntiandi, 8 de dezembro de 1975, 14: AAS 68, [1976], p. 13).

Por isso, a próxima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em 2012, será dedicada ao tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã". Em todo tempo e em todo lugar - também hoje no Oriente Médio - a Igreja está presente e age para acolher todo homem e oferecer-lhe em Cristo a plenitude da vida. Como escrevia o teólogo ítalo-alemão Romano Guardini, "a realidade 'Igreja" envolve toda a plenitude do ser cristão que se desenvolve na história, enquanto esta abraça a plenitude do humano que está em relação com Deus" (Formação litúrgica, Bréscia 2008, 106-107).

Queridos amigos, na Liturgia de hoje se lê o testemunho de São Paulo com relação ao prêmio final que o Senhor entregará "a todos aqueles que esperaram com amor sua manifestação" (2 Tm 4,8). Não se trata de uma espera ociosa e solitária, muito pelo contrário! O Apóstolo viveu em comunhão com Cristo ressuscitado para "levar a cumprimento o anúncio do Evangelho", para que "todos os povos o escutassem"( 2Tm 4,17). O dever missionário não é revolucionar o mundo, mas transfigurá-lo, com a força de Jesus Cristo, que "nos convoca à mesa da sua Palavra e da Eucaristia, para saborear o dom da sua Presença, formar-nos em sua escola e vivermos cada vez mais conscientemente unidos a Ele, Mestre e Senhor" (Mensagem para o 84º Dia Mundial das Missões).

Também os cristãos de hoje - como está escrito na Carta a Diogneto - "mostram quão maravilhosa e (...) extraordinária é sua vida associada. Transcorrem a existência sobre a terra, mas são cidadãos do céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas com sua maneira de viver sobrepassam as leis (...). São condenados à morte e dela extraem vida. Ainda fazendo o bem (...) são perseguidos e crescem em número cada dia" (V, 4.9.12.16; VI, 9 [SC 33], Paris 1951, 62-66).

A Nossa Senhora, que de Jesus Crucificado recebeu a nova missão de ser Mãe de todos aqueles que querem crer n'Ele e segui-lo, confiamos as comunidades cristãs do Oriente Médio e todos os missionários do Evangelho.

[Tradução: Aline Banchieri.

©Libreria Editrice Vaticana]

Rito moçárabe

Algo bem presente na liturgia moçárabe é que o Livro dos Evangelhos e segurado com o Véu umeral, ressaltando que a Palavra de Deus também é o Próprio Cristo Jesus

O rito moçárabe ou hispânico é um dos ritos ocidentais antigos (juntamente ao romano, ao ambrosiano e ao galicano), tendo nascido e se consolidado na península ibérica por volta do século VI, antes da invasão muçulmana.
Segundo os especialistas, uma das características deste rito é a importante presença do canto. Outros garantem que esse rito conversa, muito mais que os demais ritos, influências da liturgia judia nas sinagogas.
Apesar das dificuldades (conquista muçulmana e imposição do rito romano, especialmente depois de Trento), o rito hispânico sobreviveu em Toledo. Em 1495, o cardeal Cisneros empreendeu uma importante reforma, dedicando uma capela para a celebração desta liturgia, e compondo um missal escrito que coletava as tradições orais que ainda prevaleciam.
Contudo, não foi até o século XX, quando o Concílio Vaticano II dispôs, na Sacrosanctum Concilium, o mesmo direito e honra aos ritos legitimamente reconhecidos, quando se empreendeu a verdadeira reforma do rito, com a edição do Missal atual.
Posteriormente, o Papa João Paulo II concedeu a permissão (que até então só tinha em Toledo) de celebrar esta liturgia em qualquer lugar da Espanha. O próprio pontífice quis celebrar a Missa com este rito, em 28 de maio de 1992, se tornando o primeiro papa que o utilizava em Roma.

[Giotto - Lamentação sobre Cristo morto]
humiliate uos ad benedictionem(do rito
moçárabe)

Lembras-te. A mão descia e. Sempre a mão. Até ao fim até ao. E eu já não sabia se o suor era teu se era meu. Mas agora não era para me fazer mal. A mão. A minha. Ou talvez. Talvez sim. A verdade é que. Lembras-te. Foi mau. Muito mau. E nunca mais passava. Primeira vez. A minha. A tua não. Tu avisaste-me entre risos envergonhados. Mas nada do que viesse de ti era mau. Ou era. Era. Foi. Tanto faz. Já passou. Mas naqueles dias. Naquelas noites. Nada que viesse de ti. Mesmo quando não me vias nem me telefonavas. E depois veja lá. Aparecia-me. Assim. Como se ontem e anteontem e na semana passada. Percebe. Como se nos víssemos todos os dias. Como se fosse uma rotina. Uma rotina boa. De namorados. Mas dois que se viam de vez em quando. Quanto tu querias. Porque eu. Eu queria-te todas as noites. Beber beber-te os lábios e a língua agarrar-te morder-te o pescoço insultar-te as nádegas beijar-te entornar-me dentro de ti. Percebe. Era a primeira vez que eu. Até então a mentira. Há tantos que. A vida toda. Mentindo-se a si e aos seus. Mas eu. Eu não. Quer dizer. Ainda me minto. Mas não nisso. Ou. E ele aparecia. Como se. E dizia-me. Então hoje à noite às tantas horas no tal sítio. O tal sítio era um bar ou uma tasca daquelas. Sabe. Ginginha com elas. O chão tem cola e os sapatos fazem nhac nhac. E eu ia. Sicut ouis ad occisionem. Sem um protesto sem um tive saudades sem uma vírgula de dignidade. Ontem não me quiseste nem anteontem nem na semana passada. Hoje aqui me tens. Até ao fim.

sábado, 23 de outubro de 2010

Dioceses no Brasil celebram Dia Nacional da Juventude


Neste domingo, 24, várias dioceses do Brasil celebrarão o Dia Nacional da Juventude (DNJ), que este ano comemora 25 anos de caminhada, “DNJ 25 anos: celebrando a memória e transformando a história”. O objetivo do evento é chamar a atenção da sociedade para aspectos de interesse dos próprios jovens, como educação, políticas públicas, comunicação e tantos outros. É um apelo da juventude à sociedade.

A diocese de Montes Claros (MG) vai celebrar a data no ginásio do Colégio Marista São José. A concentração começa a partir das 14h. O arcebispo dom José Alberto Moura, preside missa às 15h. Logo após, o evento terá continuidade com barraquinhas, apresentações artísticas e culturais com temáticas juvenis, além de animação com bandas. “Esperamos que nossos jovens possam trazer consigo muita animação, disposição e entusiasmo para o evento”, comenta o assessor do Setor Juventude Arquidiocesano, padre Gledson Eduardo de Miranda Assis.

Na diocese de Umuarama (PR), o DNJ será celebrado no município de Altônia. Destaque especial será dado ao tema do evento: “Juventude: muita reza, muita luta, muita festa, em marcha contra a violência”. As atividades estão programadas para as 8h, no estádio municipal Juvenal Farias, onde haverá a recepção e café da manhã para os jovens, e na sequência, caminhada com trio elétrico até a Sociedade Rural de Altônia, onde acontecerá a missa às 9h30. Após a missa acontecerão apresentações artísticas: teatro, dança e música. A organização espera 8 mil jovens para a festa.

Cristo Folia é o nome do evento que vai celebrar o DNJ na arquidiocese de Juiz de Fora (MG). Dez mil jovens de 36 municípios vizinhos são esperados para a celebração. A folia termina às 17h com missa na catedral presidida pelo arcebispo dom Gil Antônio Moreira.

Promoção do homem depende de atitude e valores profundos, diz Papa

Pontífice discursou ao receber o novo embaixador de Portugal na Santa Sé

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 22 de outubro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI afirmou que a presença da Santa Sé no debate público internacional se faz pelo seu “empenho em servir a causa da promoção integral do homem e dos povos”.
Em discurso na manhã desta sexta-feira, na cerimônia de apresentação das cartas credenciais do Sr. Manuel Tomás Fernandes Pereira como novo embaixador de Portugal na Santa Sé, o Papa enfatizou a importância da Igreja católica ter sua voz na praça pública.

“Onde a sociedade cresce e as pessoas se fortalecem no bem graças à mensagem da fé, sai beneficiada também a convivência social e os cidadãos sentem-se mais disponíveis para servir o bem comum.”

Segundo o Papa, deveria ser convicção de todos que os obstáculos promoção integral do homem “não são apenas de ordem econômica, mas dependem de atitudes e valores mais profundos: os valores morais e espirituais que determinam o comportamento de cada ser humano para consigo mesmo, os outros e a criação inteira”.

Dirigindo-se ao embaixador, Bento XVI afirmou que “quando a Igreja, no seu país, promove a consciência de que estes mesmos valores devem inspirar a vida pública e particular, fá-lo não por ambições políticas, mas para ser fiel à missão que o seu divino Fundador lhe confiou”.

“Ela não representa modelos parciais e passageiros de sociedade, mas tende à transformação dos corações e das mentes, para que o homem possa descobrir-se e reconhecer-se a si mesmo na verdade plena da sua humanidade.”

Dado a missão da Igreja ser de carácter moral e religioso, ela respeita a área específica de responsabilidade do Estado, acrescentou o Papa.

“Ao mesmo tempo encoraja os cristãos a assumirem plenamente as suas responsabilidades como cidadãos para, juntamente com os outros, contribuírem eficazmente para o bem comum e para as grandes causas do homem.”

“De uma respeitosa colaboração e leal entendimento entre a Igreja e o poder civil, só poderão derivar benefícios para a sociedade portuguesa”, disse o pontífice.

Manuel Tomás Fernandes Pereira, 63, foi nomeado para o cargo embaixador na Santa Sé em agosto passado. Antigo representante de Portugal junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO - OTAN), ele passou ainda por Pretória, na África do Sul, e desempenhou vários cargos na dependência do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e da Defesa.

Grupo de reflexão do ecumenismo e diálogo interreligioso avalia trabalhos desenvolvidos em 2010


Nesta sexta-feira, 22, o Grupo de Reflexão do Ecumenismo e Diálogo Interreligioso (Gredire) se reuniu na sede da CNBB. O objetivo do encontro foi avaliar as atividades ecumênicas realizadas pela Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Interreligioso da CNBB ao longo do ano de 2010.

Durante o encontro foi discutida a necessidade de fortalecer a formação e ação ecumênica dos responsáveis pelo ecumenismo nos regionais e dioceses do Brasil. Ainda na reunião foi planejada as atividades do ecumenismo para 2011.

“Sentimos que o ecumenismo no Brasil avançou em algumas áreas de ação, mas há ainda a necessidade da Igreja assumir o ecumenismo como inerente ao seu ser e agir evangelizador”, disse o assessor da Comissão para o Ecumenismo, padre Elias Wolff.

“É preciso que os bispos nos regionais e dioceses incentivem a formação de agentes de pastoral para o ecumenismo em algumas dioceses e regionais. Ainda é preciso que se criem comissões para o diálogo interreligioso conforme orientações do magistério da Igreja Católica”, destacou o presidente da Comissão para Ecumenismo, dom José Alberto Moura.

O Gredire é formado pelo arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão para o Ecumenismo, dom José Alberto Moura; pelo bispo emérito de Oliveira (MG), dom Francesco Biasin; pelo bispo emérito de Lages (SC), dom Oneres Marchiori; pelo assessor padre Elias Wolff; por Therezinha Cruz (membro); padre Hugo Scheer (membro) e padre Gabriele Cipriani (membro).

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Eleições: “Todos são chamados ao bom senso’, diz presidente da CNBB


“Todos estamos sendo chamados neste momento ao bom senso: candidatos, eleitores, partidos, lideranças, setores da Igreja; todos devemos ser chamados para as discussões nos níveis que elas devem ser levadas e não baixar o nível da discussão porque isso não vai ser construtivo. Uma discussão colocada assim de maneira séria, serena e profunda, só vai contribuir para fortalecer a democracia em nosso país. Outra coisa não vai fortalecer”.

A afirmação é do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha, ao falar sobre os rumos que a campanha eleitoral deve tomar na reta final do segundo turno das eleições. Dom Geraldo atendeu à imprensa na tarde desta quinta-feira, 21, juntamente com o secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, por ocasião da reunião do Conselho Permanente da entidade.

Sobre o tema “aborto” ter se destacado no debate da campanha eleitoral, dom Geraldo disse que fez bem à democracia por se tratar de um tema relevante para a nação.

“A questão dos valores deve ser amplamente discutida porque uma sociedade não se constrói solidamente sem valores. Não devemos nos perder nos desvios, devemos nos manter no foco central. E a questão do aborto é um tema relevante para a sociedade brasileira”, sublinhou o presidente da CNBB.

Dom Geraldo disse, ainda, que a posição da Igreja sobre o aborto “é inegociável”. Ele reafirmou a posição da Igreja sobre a defesa da vida. “A Igreja é a favor da vida. Ela tem o respeito à vida desde o momento da fecundação até o seu término natural. A Igreja é veemente na questão do aborto como também o é sobre a eutanásia. Seja no início como em suas várias etapas e no seu término natural, a vida é o maior dom de Deus.”, acentuou.

O presidente da CNBB destacou que a Igreja defende a vida em todas as suas dimensões. “No mês passado nós nos manifestamos com a necessária veemência sobre o extermínio dos índios Guarani kaiowá. Com a mesma veemência que se defende a vida em relação ao aborto, se defende a vida em todas as suas fases nas suas várias dimensões, seja a vida ameaçada, seja a dos povos indígenas ou a vida de idosos. Sobre isso não há discordância no episcopado. Os bispos estão unânimes nessa posição de defesa e respeito à vida”.

Estado Laico

Dom Geraldo ressaltou que a laicidade do Estado deve garantir à Igreja o direito de se pronunciar sobre quaisquer questões. “O argumento de que o Estado é laico, às vezes, é mal usado. Por que a Igreja não pode expressar o seu ponto de vista a respeito dessas questões? A Igreja está propondo à sociedade aquilo que é da sua convicção. Um Estado laico deve garantir que a Igreja Católica expresse sua posição, como também as outras religiões, porque se Estado Laico for confundido com o Estado que não permite posições discordantes, não vamos ter um Estado Laico, mas uma ditadura laica. O Estado é laico, mas a sociedade brasileira é profundamente religiosa: católica, evangélica, dos cultos afros, indígenas. É por esse motivo que todas as religiões podem e devem expressar o seu ponto de vista sobre determinado assunto”.

Eleições não dividiram a Igreja

Dom Geraldo frisou ainda que o clima da reunião do Conselho Permanente da CNBB, que terminou hoje, responde sobre as interpretações de que a Igreja sai dividida das eleições. “O clima da reunião é muito sereno. Não há um ‘racha’ na Igreja por causa do momento político. As decisões mais importantes do Conselho Permanente não estão tendo divisões e distanciamentos. Isso prova que não há racha nenhum”, disse dom Geraldo.

O presidente da CNBB vê de maneira natural as acentuações de alguns bispos em determinados assuntos. “Em um país como o nosso que tem uma Conferência com quase 450 bispos e, sobretudo, em um clima de liberdade que a Igreja procura cultivar, é perfeitamente compreensível que aqui ou ali alguém dê acentuação maior num aspecto e noutro. Não é porque eu discordei de você que eu devo interpretar que está havendo um racha. Mesmo que tenha havido uma acentuação maior ali e outra aqui, esses temas (aborto) foram postos na pauta das eleições 2010. O estranho seria se nós chegássemos ao final do segundo turno sem que assuntos dessa gravidade tivessem entrado em pauta”, concluiu.

Sobre a manifestação do bispo de Guarulhos em relação às eleições, dom Geraldo reafirmou que cada bispo, na sua diocese tem o direito de se manifestar conforme sua competência de pastor.

“Tenho uma admiração muito grande por dom Luiz Gonzaga Bergonzini e os seus procedimentos estão dentro daquilo que a Igreja espera. Ele, dentro da sua competência de pastor, tem o direito e até o dever de, segundo sua consciência, orientar seus fiéis do modo que julga mais eficaz e mais conveniente. Ele está no exercício de seus direitos como bispo diocesano de Guarulhos e cada instância fala só para o âmbito de sua competência, tanto que ele não se dirigiu à nação brasileira. Este procedimento está absolutamente dentro da normalidade no modo como as coisas da Igreja se encaminham”, afirmou dom Geraldo.

O presidente recordou também que não cabe à CNBB repreender nenhum bispo. “Acima do bispo no governo da Igreja só existe uma autoridade: o papa. A CNBB não é um organismo para interferir nas dioceses, dar normas aos bispos ou repreendê-los. O papel da Conferência é articular os bispos para facilitar o diálogo, a convivência e o exercício da nossa co-responsabilidade diante dos grandes desafios vividos pela Igreja e pela sociedade da qual a Igreja também deve se ocupar”.

ARCEBISPO DE APARECIDA, DOM DAMASCENO É NOMEADO CARDEAL


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 20 de outubro de 2010 (ZENIT.org) – O arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, é um dos 24 escolhidos por Bento XVI para integrar o Colégio dos Cardeais a partir do Consistório que o Papa realizará no próximo dia 20 de novembro. O anúncio foi feito pelo próprio Papa hoje, após a audiência geral com os peregrinos.
Dom Raymundo Damasceno Assis nasceu em 15 de fevereiro de 1937 na cidade de Capela Nova, em Minas Gerais. Em 1955 entrou para o Seminário Menor, em Mariana, onde cursou o segundo grau e o curso de Filosofia.
Em 1961 foi para Roma, onde cursou filosofia e, em 1965 foi para a Alemanha, onde realizou Curso Superior de Catequese. Dom Damasceno foi ordenado padre em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, em 19 de março de 1968. Tem pós-graduação em Filosofia da Ciência pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).
Depois de ordenado, ocupou as funções coordenador de catequese da Arquidiocese de Brasília, pároco e chanceler. Foi ordenado bispo no dia 15 de setembro de 1986, em Brasília, atuando como bispo auxiliar e vigário geral.
Dom Damasceno foi secretário-geral do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) 1991-1995; secretário-geral da IV Conferência Geral do Episcopado Latino-americano (Santo Domingo - 1992).
Foi Padre Sinodal na Assembleia do Sínodo dos Bispos para a África (1994), na assembleia para a América (1997) e na assembleia para o Oriente Médio (2010).
O arcebispo foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entre 1995 e 2003. É Presidente do Conselho Fiscal da CNBB (2007-2011), presidente da Comissão da Campanha da Evangelização (2003-2007/2007-2011) e membro da Pontifícia Comissão para América Latina.
Nomeado o quarto Arcebispo da Arquidiocese de Aparecida em 28 de janeiro de 2004, Dom Damasceno tomou posse no dia 25 de março de 2004. É o atual presidente do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano).
A CNBB divulgou uma nota em que se congratula pela nomeação cardinalícia de Dom Raymundo Damasceno. Esta nova missão “é o reconhecimento do profundo zelo, amor e fidelidade com que [o arcebispo] serve à Igreja”, afirma o texto.
“Dom Damasceno é exemplo de dedicação e de entrega total e irrestrita à missão evangelizadora que a Igreja desempenha em vista à construção do Reino de Deus.”
A Conferência episcopal agradece o Papa “por brindar a CNBB com a nomeação de um novo cardeal para o Brasil. Saudamos a Arquidiocese de Aparecida pela insigne honraria concedida ao seu pastor”.
“Elevamos a Deus nossa prece fervorosa e agradecida pela vida e ministério de Dom Damasceno, confiando o exercício de sua nova missão à proteção de N

Amizade com Jesus leva à justiça com pobres, diz Papa

Dedica sua catequese de hoje a Santa Isabel da Hungria

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 20 de outubro de 2010 (ZENIT.org) – A amizade com Cristo “cria o sentido da justiça, da igualdade de todos, dos direitos dos demais e cria o amor, a caridade”, afirmou o Papa hoje, durante a audiência geral realizada na Praça de São Pedro e dedicada a outra importante santa do século XIII: a princesa húngara Isabel de Turíngia.

Isabel, afirmou o Papa, foi “uma das mulheres da Idade Média que suscitou maior admiração”, por sua piedade e sua humildade, assim como por sua entrega aos pobres, apesar de proceder de uma rica e poderosa família real.

Já desde pequena, foi comprometida com Ludovico, filho do landgrave de Turíngia, a quem se uniu com amor sincero. No entanto, explicou o Papa, Isabel não se deixou levar pelo ambiente da corte.

“Uma vez, entrando na igreja na festa da Assunção, ela tirou a coroa, colocou-a aos pés da cruz e permaneceu prostrada no chão, com o rosto coberto. Quando uma freira a desaprovou por este gesto, ela respondeu: ‘Como posso eu, criatura miserável, continuar usando uma coroa de dignidade terrena quando vejo o meu Rei Jesus Cristo coroado de espinhos?’”

Esta coerência de fé e vida se manifestava também na relação com seus súditos, evitando utilizar sua posição para conseguir favores.

Isso, apontou o Papa, supõe “um verdadeiro exemplo para todos aqueles que desempenham cargos: o exercício da autoridade, em todos os níveis, deve ser vivido como serviço à justiça e à caridade, na busca constante do bem comum”.

Ela atendia pessoalmente os pobres do seu reino, algo que seu marido admirava. Foi um matrimônio feliz, explicou Bento XVI, “um claro testemunho de como a fé e o amor a Deus e ao próximo reforçam e tornam ainda mais profunda a união matrimonial”.

Isabel e seu esposo conheceram e apoiaram os Frades Menores. Posteriormente, quando ela ficou viúva e foi despojada dos seus bens pela inveja de um familiar, fez voto de pobreza no espírito franciscano.

A princesa dedicou seus últimos anos de vida a construir e trabalhar em um hospital para os pobres, onde “procurava sempre levar a cabo os serviços mais humildes e os trabalhos repugnantes”.

“Ela se converteu no que poderíamos chamar de mulher consagrada no meio do mundo”, afirmou o Papa. “Não é por acaso que ela é padroeira da Terceira Ordem Regular de São Francisco e da Ordem Franciscana Secular.”

A santa faleceu após fortes febres e, tal era sua fama de santidade, que o Papa Gregório IX a proclamou santa apenas 4 anos mais tarde.

“Santa Isabel nos convida a redescobrir Cristo, a amá-lo, a ter fé e, assim, encontrar a verdadeira justiça e o amor, como também a alegria de que um dia estaremos submersos no amor divino, no gozo da eternidade com Deus”, concluiu o Papa.

Coletiva de imprensa com a presidência da CNBB


A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) concede entrevista coletiva nesta quinta-feira, 21, às 14h30, na sede da Conferência, por ocasião do encerramento da reunião do Conselho Permanente da entidade, que começou ontem, 19.
Um dos assuntos a serem abordados na coletiva é a Campanha da Fraternidade de 2011, cujo tema é “Fraternidade e vida no planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto”. Na ocasião, serão apresentados à imprensa os materiais da CF que começará na quarta-feira de cinzas, 9 de março de 2011.

Outro assunto da coletiva será sobre o momento político e as eleições. Por três ocasiões a CNBB já se manifestou com uma Declaração, aprovada pela Assembleia Geral da Conferência, em maio deste ano, e duas notas assinadas pela Presidência, uma em 16 de setembro e outra em 8 de outubro.

O Conselho Permanente é o órgão da CNBB que está imediatamente abaixo da Assembleia Geral. É composto pelos três bispos da Presidência, pelos dez bispos presidentes das Comissões Episcopais de Pastorais e pelos bispos representantes dos Conselhos Episcopais dos 17 Regionais da CNBB. Este Conselho se reúne três vezes ao ano. Tem, entre outras funções, a de definir a pauta da Assembleia Geral da CNBB e deliberar sobre outros assuntos.

Serviço: Coletiva de Imprensa com a Presidência da CNBB

Presenças: Dom Geraldo Lyrio Rocha – Presidente da CNBB e arcebispo de Mariana (MG); Dom Dimas Lara Barbosa – secretário geral da CNBB e bispo auxiliar do Rio de Janeiro

Data: Quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Horário: 14h30min

Local: Sede da CNBB - Auditório Dom Helder Câmara - Setor de Embaixada Sul – Quadra 801 – Conjunto B – Brasília-DF

Missa prelatícia celebrada por D. Fernando Guimarães em Fortaleza, CE

Estando em Fortaleza em função de uma visita apostólica à igreja grego-católica melquita, Dom Fernando Guimarães, membro do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica e grande incentivador da aplicação do Motu Proprio Summorum Pontificum, celebrou Santa Missa Prelatícia cantada na Forma Extraordinária do Rito Romano, domingo, 10 de outubro, às 10h30, na Paróquia de São João do Tauape, em Fortaleza - Brasil.

Fotos abaixo:






O Pe. Almir, FSSP, amigo do Salvem a Liturgia, e membro da Comissão Ecclesia, já tinha nos alertado para alguns detalhes acerca da Missa Prelatícia em seu comentário em um post sobre uma Missa celebrada em Bolonha.

24 novos cardeais

Ao final da Audiência Geral de hoje o Papa Bento XVI anunciou os nomes dos 24 novos cardeais que serão criados no próximo Consistório de 20 de novembro, véspera da Solenidade de Cristo Rei. Além de diversos membros da cúria vaticana, três africanos, três europeus e um asiático, o Santo Padre escolheu a três Bispos da América, entre eles o Arcebispo de Aparecida e presidente do CELAM Dom Raymundo Damasceno.

O Papa explicou que "os cardeais, têm a tarefa de ajudar ao sucessor do apóstolo Pedro no cumprimento de sua missão de princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade da fé e da comunhão na Igreja".

Esta é a lista:

Arcebispo Raúl Eduardo Vela Chiriboga, Emérito Quito (Equador); Arcebispo Donald William Wuerl, de Washington (Estados Unidos); e o Arcebispo Raymundo Damasceno Assis, de Aparecida (Brasil).



Os membros da cúria vaticano são os seguintes: Arcebispo Angelo Amato, S.D.B., Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos; Arcebispo Robert Sarah, Presidente do Pontifício Conselho "Cor Unum"; Arcebispo Francesco Monterisi, Arcipreste da Basílica de São Paulo Extramuros; Arcebispo Fortunato Baldelli, Penitenciário Mor; Arcebispo Raymond Leo Burke, Prefeito do Tribunal Supremo da Assinatura Apostólica; Arcebispo Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos; Arcebispo Paolo Sardi, Vice-carmelengo da Santa Igreja Romana; Arcebispo Mauro Piacenza, Prefeito da Congregação para o Clero; Arcebispo Velasio De Paolis, C.S., Presidente da Prefeitura para os Assuntos Econômicos da Santa Sé e Delegado Pontifício para os Legionários de Cristo; e o Arcebispo Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho da Cultura.

Os bispos africanos são: Sua Beatitude Arcebispo Antonio Naguib, Patriarca de Alexandria dos Coptos (Egito); Arcebispo Medardo Joseph Mazombwe, Emérito de Lusaka (Zâmbia); Arcebispo Laurent Monsengwo Pasinya, da Kinshasa (República Democrática do Congo).

Os bispos europeus são: Arcebispo Paolo Romeo, de Palermo (Itália); Arcebispo Kazimierz Nycz, de Varsóvia (Polônia); e Arcebispo Reinhard Marx, de München und Freising (Alemanha).

O novo cardeal asiático será o Arcebispo Albert Malcolm Ranjith Patabendige Don, do Sirilanka.

O Papa Bento XVI explicou que também serão elevados à dignidade cardinalícia dois bispos e dois sacerdotes de mais de 80 anos, membros não eleitores para um conclave, que se distinguiram "por sua generosidade e dedicação ao serviço da Igreja". Estes são:

Arcebispo José Manuel Estepe Llaurens, Bispo Emérito Militar da Espanha; Bispo Elio Sgreccia, Presidente emérito da Pontifícia Academia para a Vida; junto com os sacerdotes Mons. Walter Brandmüller, Presidente Emérito do Pontifício Comitê de Ciências Históricas (Alemanha); e Mons. Domenico Bartolucci, Professor e diretor emérito da Capela Musical Pontifícia Sixtina.

Diretório pastoral Litúrgico-sacramental da Arquidiocese de Fortaleza


O culto de adoração a Santíssima Eucaristia – 208. Multipliquem-se momentos especiais de adoração e de louvor à Santíssima Eucaristia, realizando Exposições solenes, Horas Santas, Bênçãos ao Santíssimo Sacramento.


209. Os Pastores da Igreja incentivem os fieis a reconhecerem no dia a dia a presença real de Cristo na Eucaristia, dando sentido aos gestos de genuflexão ao Santíssimo Sacramento ao entrar e sair da Igreja, ou Capela do santíssimo, quando houver adoração silenciosa às sagradas espécies conservadas nos sacrários.

211. Cuide-se que o Templo e de modo especial, a Capela do Santíssimo Sacramento sejam respeitados como lugares sagrados, propiciando clima de silêncio e oração, especialmente para a reverência devida ao Santíssimo Sacramento.

A Exposição da Santíssima Eucaristia – 215. O ministro ordinário da exposição do Santíssimo Sacramento é o sacerdote ou o diácono que, no fim da adoração, antes de repor o Sacramento, abençoa com ele o povo. Na ausência do sacerdote ou do diácono, ... poderão expor publicamente a Santíssima Eucaristia para adoração dos fiéis e depois repô-la o Acólito instituído e outro Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão. A estes não é permitido, no entanto, dar a benção com o Santíssimo Sacramento.

217. Pela devida segurança e respeito devidos ao Santíssimo Sacramento, nunca será permitido apresentá-lo, seja no cibório ou no ostensório, para toques e beijos dos fieis.

Ritual da benção da Santíssima Eucaristia – 218. O Ritual da Benção do Santíssimo Sacramento propõe os seguintes momentos que deverão ser sempre respeitados na celebração: Exposição, Adoração, Benção e Reposição.

Adoração da Santíssima Eucaristia – 221. Durante a exposição, as orações, cantos e leituras devem ser organizadas de tal modo que os fiéis, recolhidos fervorosos na oração, se dediquem ao Cristo Senhor. Para favorecer a oração interior usar-se-ão leituras da Sagrada Escritura com Homilia ou breves exortações que despertem maior estima pelo Ministério Eucarístico. Convém ainda que os fieis respondam a palavra de Deus por meio do canto. É conveniente que os momentos apropriados se guarde um silêncio sagrado.

4. ECLESIA DE EUCARISTIA(17/04/2003) – SOBRE A EUCARISTIA NA SUA RELAÇÃO COM A IGREJA

10. ... Mais ainda, em muitos lugares, é dedicado amplo espaço à adoração do Santíssimo Sacramento, tornando-se fonte inesgotável de santidade. A devota participação dos fiéis na procissão eucarística da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo é uma graça do Senhor que anualmente enche de alegria quantos nela participam. De fato, há lugares onde se verifica um abandono quase completo do culto de adoração eucarística. Num contexto eclesial ou outro, existem abusos que contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica acerca deste admirável sacramento. Às vezes transparece uma compreensão muito redutiva do Mistério Eucarístico.

25. ... É bom demorar-se com Ele e, inclinado sobre o seu peito como o discípulo predileto (Jo 13, 25), deixar-se tocar pelo amor infinito do seu coração. Se atualmente o cristianismo se deve caracterizar sobretudo pela arte da oração, como não sentir de novo a necessidade de permanecer longamente, em diálogo espiritual, adoração silenciosa, atitude de amor, diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento? Quantas vezes, meus queridos irmãos e irmãs, fiz esta experiência, recebendo dela força, consolação e apóio.

5. CARTA APÓSTOLICA(07/10/2004) – PARA O ANO DA EUCARISTIA – OUT/2004 A OUT/2005

Estou convosco todos os dias – 16. ... A Eucaristia é o mistério da presença, por meio do qual se realiza de modo absoluto a promessa de Jesus de permanecer conosco até o fim do mundo. (Mt 28, 20)

Celebrar, adorar, contemplar – 17. ... É preciso em particular, cultivar, quer na celebração da missa, quer no culto eucarístico fora da missa, a viva consciência da presença real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la com o tom de voz, com os gestos, com os movimentos, com todo o conjunto do comportamento... o destaque que deve ser dado aos momentos de silêncio, seja na celebração, seja na adoração ... É necessário... por parte dos ministros e dos fiéis que seja marcado por um extremo respeito. A presença de Jesus no tabernáculo deve constituir como que um pólo de atração para um número sempre maior de almas apaixonadas.

18. A adoração eucarística fora da missa se torne, durante este ano, em empenho especial para cada comunidade paroquial e religiosa. Permaneçamos longamente prostados diante de Jesus presente na Eucaristia, reparando com nossa fé e nosso amor os descuidos, os esquecimentos e até os ultrajes que nosso Salvador deve sofrer em tantas partes do mundo. Aprofundemos na adoração a nossa contemplação pessoal e comunitária, servindo-nos também de subsídios de oração sempre marcados pela palavra de Deus...

Vicente de Paulo dos Santos

Coordenador Diocesano da EPA
Fonte: RCC Fortaleza

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Bispos do Estado do Rio de Janeiro divulgam nota sobre as eleições

RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 18 de junho de 2010 (ZENIT.org) – Os bispos do Estado do Rio de Janeiro (Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB) reafirmaram hoje a importância de se votar em candidatos que defendem a vida.
Em nota divulgada no contexto do 2º turno das eleições para a Presidência da República, os prelados recordam que, “por sua universalidade, a Igreja Católica não tem partido ou candidato próprios, mas incentiva, agora mais do que nunca, a dar o voto a quem respeita os princípios éticos e os critérios da Moral Católica, indicados na Doutrina Social da Igreja”.


“Em particular – afirmam os bispos –, deve ser votado quem defendeu e defende o valor da vida desde a sua concepção até o seu término natural com a morte e, ao mesmo tempo, a família com a sua própria constituição natural.”


No texto – assinado pela presidência do Regional, Dom Rafael Llano Cifuentes,
Dom José Ubiratan Lopes, OFMCap e Dom Filippo Santoro –, os bispos também renovam sua crítica ao Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) do atual governo.


Os prelado reafirmam sua crítica “mesmo depois de ter sido retirada a proposta da legalização do aborto, porque foi falaciosamente indicada como ‘questão de saúde pública’”.


“Não é aceitável a visão da pessoa fechada ao transcendente, sem referência a critérios objetivos e determinada substancialmente pelo poder dominante e pelo Estado.”


“No PNDH-3, a maneira como são tratados vida, família, educação, liberdade de consciência, de religião e de culto, de propriedade em sua função social e de imprensa, revela uma antropologia reduzida”, afirma a nota do Regional da CNBB.


Os bispos do Rio de Janeiro dizem “compartilhar plenamente” a orientação da CNBB manifestada na nota do dia 8 de outubro, em que se afirma o “direito – e mesmo, dever – de cada Bispo, em sua Diocese, orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral cristã”.


Os bispos fazem “votos que esta última fase do processo eleitoral se desenvolva em paz, no respeito da democracia e do soberano direito da consciência moral do nosso povo”.

Catecismo contra o aborto

Vi este livro em um Blog e achei interessante compartilhar com vocês!


Catecismo Contra o Aborto Porque devo defender a vida humana
14x21 – 80 páginas
Livro completo para todos os que querem defender o Sagrado Direito de Nascer!
Uma bomba na luta contra o aborto!
Analisa o problema sob o aspecto religioso, jurídico, moral e científico!
•Quando começa a vida humana?
•Por que razão devemos ser contra o aborto em todos os casos?
•Quais os métodos de aborto?
•Que seqüelas o aborto deixa na mãe?
•Temos obrigação de combatê-lo?
Livro acessível, que todos os brasileiros podem adquirir, e todos os brasileiros devem ler!
Profundo, denso, mas de fácil leitura.



1 livro: R$15,00
2 livros: R$13,00 cada
A partir de 3: R$11,50 cada
Para mais de 15 livros: mande seu pedido para (nascereumdireito@fundadores.org.br)


Maiores informações AQUI.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Diga não ao aborto!!


Em carta, CNBB pede que fiéis não votem em Dilma - Publicada em 21/07/2010 às 20h31m
RIO - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma carta na última segunda-feira na qual pede que os fiéis não votem na candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Leia a carta na íntegra:

"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus

"Com esta frase Jesus definiu bem a autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de "Deus" não seja manipulado ou usurpado por "César" e vice-versa.

"Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir-se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.

"Já na campanha eleitoral de 1996, denunciei um candidato que ofendeu pública e comprovadamente a Igreja, pois esta atitude foi uma usurpação por parte de César daquilo que é de Deus, ou seja o respeito à liberdade religiosa.

"Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.

"Na condição de Bispo Diocesano, como responsável pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que - por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens - denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus,como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; MT 5,21).

"Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais "liberações", independentemente do partido a que pertençam.

"Evangelizar é nossa responsabilidade, o que implica anunciar a verdade e denunciar o erro, procurando, dentro desses princípios, o melhor para o Brasil e nossos irmãos brasileiros e não é contrariando o Evangelho que podemos contar com as bênçãos de Deus e proteção de nossa Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição".


Dom Luiz Gonzaga Bergonzini

Hoje a Igreja Celebra a Festa de Santa Teresa de Ávila


Biografia: Ela nasceu no dia 28 de março de 1515 e foi batizada Tereza de Cepeda Y Ahumada ,em Avila, Castilha, Espanha. Ela era filha de Alonso Sanchez de Cepeda e Beatrice Davila y Ahumada. Tereza foi educada pelas irmãs Agostinianas até 1532 quando ela voltou para casa por causa de sua saúde. Quatro anos mais tarde ela entrou para o Convento das Carmelitas Descalças, em Ávila, um estabelecimento que era negligente com relação pobreza e a clausura. Ela voltou de novo para casa em 1536 por dois anos devido a sua saúde. De 1555 a 1556 ela teve visões e ouviu vozes. No não seguinte São Pedro de Alcântara passou a ser o seu diretor espiritual e ajudou-a sobremaneira em seu apostolado religioso. Desejosa de ser uma freira que obedecesse rigidamente as regra das Carmelitas, Santa Tereza fundou em 1567 o convento de São José em Ávila onde ela foi seguida por outras irmãs que desejavam uma vida mais rígida. Em 1568 ela recebeu permissão do Pior Geral da Ordem das Carmelitas para continuar no seu trabalho e ela fundou 16 outros conventos ,recebendo o apelido e "a freira ambulante " devido as suas freqüentes viagens. Tereza se encontrou com São João da Cruz outro Carmelita buscando a reforma, em Medino del Campo, local do seu segundo convento. Ela fundou ainda um monastério para homens em Duruelo em 1568 , mas passou a responsabilidade dirigir e reformar ou fundar outros novos monastérios para São João da Cruz.A oposição se desenvolveu entre as Carmelitas (calçadas)e membros da Ordem original e o Consilho de Piacenza em 1575 restringiu muito as suas atividades. A rixa continuou até que o Papa Gregório XIII (1572-1585) a pedido do Rei Felipe II, da Espanha, reconheceu as Reformadas Carmelitas Descalças como uma província separada da Ordem das Carmelitas originais. Nesta altura a maturidade espiritual de Santa Tereza era evidente e os seu livros e cartas foram sendo conhecidos e passaram a se tornar clássicos da literatura espiritual e logo incluíram sua autobiografia chamada "O caminho da Perfeição" e o seu livro "Castelo Interior" como clássicos da teologia espiritual. Santa Tereza foi reverenciada como uma grande mística, tendo notável senso de humor e bom senso, combinando uma deslumbrante atividade, com uma mística contemplação. Ela morreu no dia 4 de outubro de 1582 (14 de outubro pelo calendário Gregoriano que entrou em efeito no dia seguinte a sua morte, e avançou o calendário por 10 dias).Ela foi canonizada em 1622 pelo Papa Gregório XV e foi declarada Doutora da Igreja em 1970 pelo Papa Paulo VI.
É a mãe e reformadora do Carmelo. É ela quem, como mestra da oração, nos ensina o modo de viver o carisma que Deus lhe deu. Nasceu em Ávila, no dia 28 de março de 1515. Ouvindo a leitura dos santos, decidiu-se ir à terra dos mouros para ser "decaptada" por amor a Cristo.
Fugiu da casa do pai com 20 anos para entrar no Carmelo da encarnação. O seu desejo de uma vida de maior oração e perfeição levou-a a iniciar um novo estilo de vida carmelita: as monjas descalças e depois, também, os frades.
A Igreja, ao proclamá-la doutora, reconhece a grande importância da sua doutrina.
Escreveu obras importantes de espiritualidade, entre as quais se destacam: Caminho de Perfeição, Castelo Interior ou Moradas e Livro da Vida.
Santa Teresa é uma figura amável, é uma profetiza da oração. Morreu no dia 4 de outubro de 1582. Celebra-se sua festa no dia 15 de outubro.
"Que teu desejo seja ver Deus; teu temor, perdê-lo; tua dor, não possuí-lo; tua alegria, aquilo que te pode levar a Ele; e assim viverás em paz."
"A oração não é mais que um íntimo relacionamento de amizade a sós com aquele de quem sabemos ser amados.""Quem pede a perfeição é inundado de tantas graças a ponto de atingir aquele elevado grau que é próprio dos que já a alcançaram."
" Por mais profunda que seja, a verdadeira humildade nunca inquieta, nem agita, nem perturba a alma, mas inunda de paz, de suavidade e de repouso."
"Deus distribui os seus bens como quer, quando quer e a quem quer, sem fazer discriminação com ninguém."
"É tão grande o amor do Senhor por nós que, em consequência àquele que nós tivermos pelo próximo, Deus fará crescer em nós, mediante milhares de expedientes, também aquele que nutrimos por Ele."
Filmes/Documentário que recomendamos:

Santa Teresa
Santa Teresa de Ávila(Teresa do Menino Jesus)
Santa Teresa de Ávila

Santa Teresa de Ávila é unanimemente considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos. veja mais:http://www.lepanto.com.br/HagSTerAvila.html

terça-feira, 12 de outubro de 2010

VIVA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA


Videos gratis

Altar de Nossa Senhora Aparecida em Roma

Na Basílica de São Joaquim em Roma, encontra-se um Altar dedicado à Nossa Senhora do Brasil, padroeira do Brasil. A Igreja foi construída em homenagem ao Papa Leão XIII no seu 50º aniversário de Ordenação Sacerdotal. Oxalá que se espalhassem pelo Brasil réplicas deste Altar!

(Esta pintura representa o Anjo da Guarda do Brasil cultuado e festejado solenemente durante o período do Brasil Monárquico)









segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Novo brasão Papal: volta o uso da Tiara

por Wendell Mendonça
Ontem estive na praça de São Pedro para o Ângelus com o Santo Padre. Fiquei surpreso ao ver na janela do Palácio Apostólico um Escudo diferente... depois ao voltar no seminário procurei encontrar uma foto que mostrasse mais de perto.
Eis ai:

Viva o Santo Padre, o Papa bento XVI!!!
O Doce CRISTO na Terra!

O Novo Brasão foi projetado por Atelier Ferrara Ars Regia e pode ser visto neste vídeo:

Vésperas de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.


V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.Aleluia.

Hino

Ave, do mar Estrela,
bendita Mãe de Deus,
fecunda e sempre Virgem,
portal feliz dos céus.

Ouvindo aquele Ave
do anjo Gabriel,
mudando de Eva o nome,
trazei-nos paz do céu.

Ao cego iluminai,
ao réu livrai também;
de todo mal guardai-nos
e dai-nos todo o bem.

Mostrai ser nossa Mãe,
levando a nossa voz
a Quem, por nós nascido,
dignou-se vir de vós.

Suave mais que todas,
ó Virgem sem igual,
fazei-nos mansos, puros,
guardai-nos contra o mal.
Oh! dai-nos vida pura,
guiai-nos para a luz,
e um dia, ao vosso lado,
possamos ver Jesus.


Louvor a Deus, o Pai,
e ao Filho, Sumo Bem,
com seu Divino Espírito
agora e sempre. Amém.
Salmodia
Ant. 1 És feliz porque creste, Maria,
pois em ti a Palavra de Deus
vai cumprir-se conforme ele disse.
Salmo 121(122)
–1 Que alegria, quando ouvi que me disseram: *
'Vamos à casa do Senhor!'
–2 E agora nossos pés já se detêm, *
Jerusalém, em tuas portas.
–3 Jerusalém, cidade bem edificada *
num conjunto harmonioso;
–4 para lá sobem as tribos de Israel, *
as tribos do Senhor.

– Para louvar, segundo a lei de Israel, *
o nome do Senhor.
–5 A sede da justiça lá está *
e o trono de Davi.

–6 Rogai que viva em paz Jerusalém, *
e em segurança os que te amam!
–7 Que a paz habite dentro de teus muros, *
tranqüilidade em teus palácios!

–8 Por amor a meus irmãos e meus amigos, *
peço: 'A paz esteja em ti!'
–9 Pelo amor que tenho à casa do Senhor, *
eu te desejo todo bem!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. És feliz porque creste, Maria,
pois em ti a Palavra de Deus
vai cumprir-se conforme ele disse.

Ant. 2 És bendita entre todas as mulheres da terra,
e bendito é o fruto que nasceu de teu ventre!
Salmo 126(127)
–1 Se o Senhor não construir a nossa casa, *
em vão trabalharão seus construtores;
– Se o Senhor não vigiar nossa cidade, *
em vão vigiarão as sentinelas!


–2 É inútil levantar de madrugada, *
ou à noite retardar vosso repouso,
– para ganhar o pão sofrido do trabalho, *
que a seus amados Deus concede enquanto dormem.


–3 Os filhos são a bênção do Senhor, *
o fruto das entranhas, sua dádiva.
–4 Como flechas que um guerreiro tem na mão, *
são os filhos de um casal de esposos jovens.


–5 Feliz aquele pai que com tais flechas *
consegue abastecer a sua aljava!
– Não será envergonhado ao enfrentar *
seus inimigos junto às portas da cidade.


– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. 2 És bendita entre todas as mulheres da terra,
e bendito é o fruto que nasceu de teu ventre!

Ant. 3 Toda santa e sem mancha de pecado,
mereceste ser a Mãe do Salvador.
Cântico Ef 1,3-10
–3 Bendito e louvado seja Deus, *
o Pai de Jesus Cristo, Senhor nosso,
– que do alto céu nos abençoou em Jesus Cristo *
com bênção espiritual de toda sorte!


(R. Bendito sejais vós, nosso Pai,
que nos abençoastes em Cristo!)


–4 Foi em Cristo que Deus Pai nos escolheu, *
já bem antes de o mundo ser criado,
– para que fôssemos, perante a sua face, *
sem mácula e santos pelo amor.(R.)
=5 Por livre decisão de sua vontade, †
predestinou-nos, através de Jesus Cristo, *
a sermos nele os seus filhos adotivos,
–6 para o louvor e para a glória de sua graça,*
que em seu Filho bem-amado nos doou.(R.)
–7 É nele que nós temos redenção, *
dos pecados remissão pelo seu sangue.
= Sua graça transbordante e inesgotável †
8 Deus derrama sobre nós com abundância, *
de saber e inteligência nos dotando.(R.)
–9 E assim, ele nos deu a conhecer *
o mistério de seu plano e sua vontade,
– que propusera em seu querer benevolente, *
10 na plenitude dos tempos realizar:
– o desígnio de, em Cristo, reunir *
todas as coisas: as da terra e as do céu. (R.)
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Toda santa e sem mancha de pecado,
mereceste ser a Mãe do Salvador.
Leitura breve Ap 21,2-3
Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa
enfeitada para o seu marido. Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: Esta é a
morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o
próprio Deus estará com eles.
Responsório breve

R. Sois feliz, Virgem Maria,
* E mereceis todo louvor! R. Sois feliz.
V. Pois de vós se levantou o Sol brilhante da justiça
que é Cristo, nosso Deus. * E mereceis.
Glória ao Pai. R. Sois feliz.

Cântico evangélico (MAGNIFICAT) Lc 1,46-55
Ant. Porque eu escolhi e santifiquei este lugar,
para que nele o meu nome permaneça eternamente,
meu coração e os meus olhos nele sempre fixarei.
A alegria da alma no Senhor
–46 A minha alma engrandece ao Senhor * 47 e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador;
–48 porque olhou para humildade de sua serva, *
doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.

–49 O Poderoso fez em mim maravilhas *
e Santo é o seu nome!
–50 Seu amor para sempre se estende *
sobre aqueles que o temem;

–51 manifestou o poder de seu braço, *
dispersou os soberbos;
–52 derrubou os poderosos de seus tronos *
e elevou os humildes;
–53 saciou de bens os famintos, *
despediu os ricos sem nada.
–54 Acolheu Israel, seu servidor, *
fiel ao seu amor,

–55 como havia prometido a nossos pais, *
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Porque eu escolhi e santifiquei este lugar,
para que nele o meu nome permaneça eternamente,
meu coração e os meus olhos nele sempre fixarei.

Preces
Proclamemos a grandeza de Deus Pai todo-poderoso: Ele quis que Maria, Mãe de seu Filho,
fosse celebrada por todas as gerações. Peçamos humildemente:


R. Nossa Senhora Aparecida, rogai a Deus por nós!


Vós, que fizestes de Maria a Mãe da misericórdia,
– concedei a todos os que estão em perigo sentirem o seu amor materno. R.


Vós, que confiastes a Maria a missão de mãe de família no lar de Jesus e José,
– fazei que, por sua intercessão, todas as mães vivam em família o amor e a santidade. R.


Vós, que destes a Maria a força para ficar de pé junto à cruz, e a enchestes de alegria com a
ressurreição de vosso Filho,
– socorrei os atribulados e confortai-os na esperança. R.


Vós, que fizestes de Maria a serva fiel e atenta à vossa Palavra,
– fazei de nós, por sua intercessão, servos e discípulos de vosso Filho. R.


(intenções livres)
Vós, que coroastes Maria como rainha do céu,
– fazei que nossos irmãos e irmãs falecidos se alegrem eternamente em vosso reino na
companhia dos santos.
Pai nosso...

Oração
Ó Deus todo-poderoso, ao rendermos culto à Imaculada Conceição de Maria, Mãe de Deus e
Senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, fiel à sua vocação e vivendo na paz e na justiça,
possa chegar um dia à pátria definitiva. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
O Senhor nos abençoe,
nos livre de todo o mal
e nos conduza à vida eterna. Amém.

LEITURAS DO DIA

Blog Archive