Há mais de 30 anos no Rio de Janeiro, sendo arcebispo entre 1971 e 2001, dom Eugênio dedicou seu trabalho de modo a contemplar as inúmeras pastorais da Igreja, bem como a sociedade menos favorecida. Entre seus feitos, está a questão social. No Rio, ele criou a Pastoral Penal, da Saúde, do Trabalhador, além das pastorais das Domésticas e do Menor.
Com a Pastoral das Favelas, dom Eugênio foi fundamental para impedir a remoção de moradores da Favela do Vidigal. Em artigo publicado no site da CNBB, o arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta, afirma que dom Eugênio não fez apenas discursos em defesa dos pobres. “Na prática, no dia a dia, no socorro de suas necessidades e na sua colaboração profissional, ou seja, a sua promoção. O cardeal Sales, silenciosamente, como ele gosta de dizer, protegeu os presos políticos, ajudou-os materialmente e foi sua voz [...]”, diz um trecho do texto.
Para o arcebispo de Mariana (MG) e presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, os 90 anos de dom Eugênio devem ser “bastante comemorados pela preciosa vida que levou o cardeal”. Sobre a longa atuação do cardeal na arquidiocese de Natal (RN), Salvador (BA) e Rio de Janeiro, ele aponta que a principal característica de dom Eugênio é a fidelidade. “Muitos aspectos fazem lembrar a figura de dom Eugênio, mas, sem dúvida, aquela que mais o caracteriza é a fidelidade ao ministério episcopal, pelo vasto trabalho que desempenhou até hoje”, sublinhou o presidente da CNBB.
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