segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Catequese do Papa: Santo Agostinho, a busca da Verdade e o silêncio

Intervenção na audiência geral desta quarta-feira

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 25 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – Apresentamos o discurso de Bento XVI na audiência geral desta quarta-feira, no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo, em que, na presença dos peregrinos, o Papa falou sobre Santo Agostinho, a busca da Verdade e a importância do silêncio.

* * *



Caríssimos irmãos e irmãs,

na vida de cada um de nós existem pessoas muito queridas, que sentimos particularmente próximas, algumas já estão nos braços de Deus, outras ainda partilham conosco o caminho da vida: são os nossos pais, os parentes, os educadores, as pessoas a quem fizemos bem ou de quem recebemos o bem; são pessoas com quem sabemos que podemos contar. É importante, entretanto, ter também alguns “companheiros de viagem” no caminho de nossa vida cristã: penso no Diretor espiritual, no Confessor, nas pessoas com quem se pode compartilhar a experiência de fé, mas penso também na Virgem Maria e nos Santos. Todos devem ter algum santo que lhe seja familiar, para senti-lo próximo por meio da oração e intercessão, mas também para imitá-lo. Gostaria de convidar, então, a um maior conhecimento dos Santos, começando por aquele de quem se leva o nome, lendo sua vida, seus escritos. Tenham certeza de que eles se tornarão bons guias para amar ainda mais o Senhor e uma válida ajuda para o crescimento humano e cristão.

Como sabem, eu mesmo estou ligado de modo especial a algumas figuras dos Santos: entre eles, estão São José e São Bento, de quem levo o nome, e outros, como Santo Agostinho, que tive o grande dom de conhecer, por assim dizer, muito de perto, através do estudo e da oração, e que se tornou um bom “companheiro de viagem” na minha vida e no meu ministério.

Gostaria de sublinhar uma vez mais um aspecto importante da sua experiência humana e cristã, atual mesmo em nossa época, em que parece que o relativismo é, paradoxalmente, a “verdade” que deve guiar o pensamento, as escolhas, os comportamentos. Santo Agostinho é um homem que nunca viveu com superficialidade; a sede, a busca inquieta e constante da Verdade é uma das características fundamentais de sua existência; não, porém, das “pseudo verdades” incapazes de levar paz duradoura ao coração, mas daquela Verdade que dá sentido à existência e é “a morada” em que o coração encontra serenidade e alegria.

O caminho dele não foi fácil, nós sabemos: pensava em encontrar a Verdade no prestígio, na carreira, na posse das coisas, nas vozes que lhe prometiam felicidade imediata; cometeu erros, atravessou a tristeza, enfrentou insucessos, mas nunca parou, nunca se satisfez com aquilo que lhe dava apenas um vislumbre de luz; soube perscrutar o íntimo de si e percebeu, como escreve nas Confissões, que aquela Verdade, que o Deus que buscava com suas próprias forças era mais íntimo de si que ele próprio, ele sempre esteve ao seu lado, nunca o tinha abandonado, estava à espera de poder entrar de modo definitivo na sua vida (cf. III, 6, 11; X, 27, 38). Como dizia ao comentar o recente filme sobre sua vida, Santo Agostinho compreendeu, em sua busca inquieta, que não era ele quem havia encontrado a Verdade, mas a própria Verdade, que é Deus, tinha-o buscado e encontrado (cf. L’Osservatore Romano, quinta-feira, 4 de setembro de 2009, p. 8). Romano Guardini, comentando uma passagem do terceiro capítulo das Confissões, afirma: Santo Agostinho percebe que Deus é “glória que se ajoelha, bebida que mata a sede, o amor que traz felicidade, [... ele era] a pacificante certeza de que finalmente tinha compreendido, mas também a beatitude do amor que sabe: isto é tudo e me basta” (Pensatori religiosi, Brescia 2001, p. 177).

Também nas Confissões, no livro nono, nosso Santo reporta uma conversa com a mãe, Santa Mônica, cuja memória se celebra na próxima sexta-feira, depois de amanhã. É uma cena muito bonita: ele e sua mãe estão em Ostia, em um hotel, e da janela veem o céu e o mar, transcendem céu e mar, e por um momento tocam o coração de Deus no silêncio das criaturas. E aqui surge uma ideia fundamental no caminho para a Verdade: as criaturas devem silenciar, deve prevalecer o silêncio, em que Deus pode falar. Isso é verdade ainda mais em nosso tempo: há uma espécie de medo do silêncio, do recolhimento, do pensar as próprias ações, do sentido profundo da própria vida, frequentemente se prefere viver o momento fugaz, iludindo-se de que traz felicidade duradoura, prefere-se viver assim pois parece mais fácil, com superficialidade, sem pensar; há medo de buscar a Verdade ou talvez haja medo de que a Verdade seja encontrada, que agarre e mude a vida, como aconteceu com Santo Agostinho.

Caríssimos irmãos e irmãs, gostaria de dizer a todos, também àqueles que vivem um momento de dificuldade no seu caminho de fé, aos que participam pouco da vida da Igreja ou aos que vivem “como se Deus não existisse”, que não tenham medo da Verdade, não interrompam o caminho para ela, não deixem de buscar a verdade profunda sobre si e sobre as coisas, com os olhos interiores do coração. Deus não falhará em oferecer a Luz para fazer ver e Calor para fazer sentir, ao coração que ama e que deseja ser amado.

A intercessão da Virgem Maria, de Santo Agostinho e de Santa Mônica os acompanhe neste caminho.

[Traduzido do original italiano por Alexandre Ribeiro.

Após a audiência, o Papa dirigiu-se aos peregrinos em diferentes idiomas. Em português, disse:]

Queridos peregrinos vindos do Brasil e de Portugal, a minha saudação amiga para todos vós, em especial para os grupos paroquiais de Unhos, Catujal e Viseu. Recordamos nestes dias Santo Agostinho e sua mãe, Santa Mônica, testemunhas de como Jesus Cristo Se deixa encontrar por quantos O procuram. E, com Ele, a vossa vida não poderá deixar de ser feliz.

[© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana]

Todos chamados à mística. Entrevista com o carmelita Pe. Luigi Borriello, OCD


Por Miriam Díez i Bosch
ROMA, sexta-feira, 27 de agosto de 2010 (ZENIT.org) - O Pe. Luigi Borriello entende de místicos. Não somente porque sua família religiosa é a Carmelita, privilegiada por ter Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz ou Edith Stein, mas porque, além disso, este professor de teologia em várias universidades de Roma e consultor em diversas congregações vaticanas é codiretor do "Dicionário da Mística", da editora vaticana.
Para o Pe. Borriello, a mística não é um aspecto secundário da teologia; e é preciso esclarecer o que é a "mística cristã", em um momento no qual vemos que todas as religiões se interessam pelo tema.
Borrielo, nesta entrevista a ZENIT, resiste em aceitar que se fale de "mística" como de "iluminados" ou pessoas distantes da realidade, já que, para ele, a mística é o que existe de mais arraigado no mundo e o mais elevado que existe: a união com Deus.
Ele explica isso em "Esperienza mistica e teologia mistica", da Libreria Editora Vaticana, livro que faz parte de uma coleção dirigida por ele e pela estudiosa Maria Rosaria del Genio, chamada "Experiência e fenomenologia mística". O livro tem o prólogo do arcebispo Luis F. Ladaria, SJ, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé.

Veja a entrevista aqui ZENIT

Satanás existe e atua


O que O Catecismo da Igreja nos ensina sobre o demônio:
§414- Satanás ou o Diabo, bem como os demais demônios, são anjos decaídos por terem se recusado livremente a servir a Deus a seu desígnio. Sua opção contra Deus é definitiva. Eles tentam associar o homem à sua revolta contra Deus.
§391 – Por trás da opção de desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora que se opõe a Deus (Gen 3,1-5) e que, por inveja, os faz cair na morte (Sab 2,24). A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo destronado, chamado Satanás ou Diabo (Jo 8,44; Ap 12,9). A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus. – “Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em (sua) natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa.” (IV Conc. Latrão, 1215)§392 – A Escritura fala de um pecado desses anjos (2Pe 2,4). Esta “queda” consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino. Temos um reflexo desta rebelião nas palavras do Tentador ditas a nossos primeiros pais: “E vós sereis como deuses” (Gn 3,5). O Diabo é pecador “desde o princípio” (1Jo 3,8), “pai da mentira” (Jo 8,44).§393 – É o caráter irrevogável de sua opção, e não uma deficiência da infinita misericórdia divina, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. “Não existe arrependimento para eles depois da queda, como não existe para os homens após a morte.” (S. João Damasceno; De fide orthodoxa. 2,4).§394 – A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama de “o homicida desde o princípio” (Jo 8,44) e que até chegou a tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (Mt 4, 1-11). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo” (1Jo 3,9). A mais grave dessas obras, devido às suas conseqüências, foi a sedução mentirosa que introduziu o homem a desobedecer a Deus.

§395 – Contudo, o poder de Satanás não é infinito. Ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre uma criatura: não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás atue no mundo por ódio contra Deus e seu Reino
em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves danos – de natureza espiritual e, indiretamente, até de natureza física – para cada homem e para a sociedade, esta ação é permitida pela Divina Providência, que com vigor e doçura dirige a história do homem e do mundo. A permissão divina da atividade diabólica é um grande mistério, mas “nós sabemos que Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam” (Rm 8,28).
Prof Felipe Aquino
Site: www.cleofas.com.br

Fiéis proferindo Orações Sacerdotais?


Este estudo é baseado no artigo "Mitos Litúrgicos", que escrevi e foi revisado por Sua Excelência Reverendíssima Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen (RS). O artigo lista 32 idéias equivocadas sobre a Sagrada Liturgia e contra-argumento com a palavra oficial da Santa Igreja. Foi publicado em Fevereiro de 2009 e pode ser lido na íntegra em:

http://www.salvemaliturgia.com/2009/04/mitos-liturgicos.html

Nesta décima sétima postagem, postamos o Mito 17, juntamente com um comentário atual a
respeito, aprofundando o assunto.

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Mito 17:

"Os fiéis podem rezar junto a doxologia e a oração da paz"

Não podem. Diz o Código de Direito Canônico (Cânon 907) que "Na celebração Eucarística, não é lícito aos diáconos e leigos proferir as orações, especialmente a oração eucarística, ou executar as ações próprios do sacerdote celebrante."

Também a Instrução Inaestimabile Donum (n.4) afirma:

"Está reservado ao sacerdote, em virtude de sua ordenação, proclamar a Oração Eucarística, a qualpor sua própria natureza é o ponto alto de toda a celebração. É portanto um abuso que algumas partes da Oração Eucarística sejam ditas pelo diácono, por um ministro subordinado ou pelos fiéis. Por outro lado isso não significa que a assembléia permanece passiva e inerte. Ela se une ao sacerdote através dosilêncio e demonstra a sua participação nos vários momentos de intervenção providenciados para o curso da Oração Eucarística: as respostas no diálogo Prefácio, o Sanctus, a aclamação depois da Consagração, e o Amén final depois doPer Ipsum. O Per Ipsum ( por Cristo, com Cristo, em Cristo) por si mesmo éreservado somente ao sacerdote. Este Amén final deveria ser enfatizado sendo feito cantado, sendo que ele é o mais importante de toda a Missa."

Tais orações são orações do sacerdote. De forma especial, a doxologia ("Por Cristo, com Cristo e em Cristo..."), que é momento onde o sacerdote oferece à Deus Pai o Santo Sacrifício de Nosso Senhor.

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Comentário sobre este ponto (27/08):

O que aconteceria se um leigo, durante uma Missa, subisse ao altar e "tentasse consagrar"?

Iria continuar sendo pão e vinho...

Agora, se é um sacerdote que consagra, o que acontece?

Torna-se Presença Real e Substancial do Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor, nas aparências do pão e do vinho, como afirma o Catecismo da Igreja Católica (Cat.), nos números 1374-1377 .

O Catecismo diz ainda claramente: "Só os sacerdotes validamente ordenados podem presidir a Eucaristia e consagrar o pão e o vinho para que se tornem Corpo e Sangue do Senhor." (n. 1411)

Porque isso?

Porque o Sacerdote, como falamos anteriormente, é "Persona Christi", tem alma configurada ministerialmente ao Único e Eterno Sacerdócio de Nosso Senhor. Por isso, o próprio Cristo se oferece ao Pai Eterno e a nós, pelas mãos do sacerdote, na Hóstia Consagrada (Cat., 1536-1600).

Lamentar por isso? Jamais! "O Sacerdócio é o Amor do Coração de Jesus" (São João Maria Vianney), é o Sacerdócio é graça suprema que, em Sua Miserórdia, Deus dá a alguns escolhidos, A FAVOR DE TODOS NÓS!

Com efeito, "todo Pontífice é escolhido dentre os homens e constutuído dos homens e constituído A FAVOR DOS HOMENS como Mediador das coisas que dizem respeito a Deus, para oferecer dons e sacrifício pelos pecados. (...) Por isso, ele deve ofercer sacrifícios tanto pelos próprios pecados quanto pelos pecados do povo. (Hebreus 5,1-3).

Pois a Santa Missa acontece a Renovação do Santo Sacrifício de Nosso Senhor, pelas mãos dos Sacerdotes (Cat.1356-1372). A Missa é o Sacrifício que nos salva!

A Palavra de Deus continua, falando do Sacerdócio:

"Ninguem se aproprie desta honra, somente aquele que é chamado por Deus..." (Hebreus 5,1)

Por isso, o leigo não tem nem autoridade, nem poder para celebrar o Santo Sacrifício da Missa. Mas todos nós somos BENEFICIADOS pela Missa, o Sacrifício que nos salva.

Portanto, aa mesma forma que não tem sentido e validade o leigo "tentar" consagrar, também não tem sentido nem validade o leigo "tentar" oferecer o Santo Sacrifício ao Pai, rezando a doxologia ("Por Cristo, com Cristo e em Cristo...").

É o sacerdote que tem autoridade de oferecer este Sacrífício.

Neste Sacrifício, toda a Criação, assumida por Nosso Senhor na Encarnação e remida de uma vez por todas na Cruz, é oferecida por Ele ao Pai, através Dele ("por Cristo"), Mediador entre o Céu e a Terra (Hebreus 8,6); junto com Ele ("Com Cristo"), nos também nos entregamos no altar e oferecemos ao Pai o nosso "sacríficio vivo, santo e agradável a Deus" (Romanos 12,1); Nele, e nós mesmos somos oferecidos Nele ("em Cristo"), como membro do Seu Corpo que é a Santa Igreja (ICoríntios 12,27; Colossenses 1,18).

Sem o Sacerdócio Ministerial, esse milagre não se realiza. Por isso, NÃO há validade nem sentido que os fiéis pronunciem a doxologia.

Mas sim, que com todos fervor respondam "Amém!", como se estivesse dizendo:

"Eu quero ser, Jesus, hóstia Contigo no altar, oferta Contigo no altar!"

Infelizmente, passamos por situações constrangedoras quando vemos sacerdotes cometendo equívocos por uma falta de formação litúrgico, ou mesmo atos de desobediência, exortando os fiéis a proferirem junto com eles orações da Santa Missa que são estritamentes sacerdotais.

O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento ZVI, é incisivo em dizer ("O Sal da Terra"): "Do que precisamos é de uma nova educação litúrgica, especialmente também os padres".

Alguns invocam nisso o princípio da "obediência ao sacerdote que celebra"; porém, é preciso lembrar que a Santa Igreja é hierárquica, e uma determinação de umsacerdote que vá contra uma determinação de Roma é automaticamente nula. O próprio Concílio Vaticano II deixa claro:

"Ninguém mais, absolutamente, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, surprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica." (Sacrossantum Concilium, n.22)

Portanto, em um conflito entre obedecer o Papa ou o sacerdote que celebra, o dever de obediência é ao Papa!

Se alguém está desobedecendo, é o sacerdote que celebra, não nós...

A medida que estes sacerdotes, seja por falta de formação ou desobediência, forem percebendo que os fiéis não o acompanham quando exorta a proferir junto a Doxologia, a tendência é que eles irem parando de fazer isso...

Há modernistas que, desejando propagar sua teologia litúrgica revolucionária e incompatível coma Doutrina Católica, e conhecendo bem o valor dos símbolos para o ser humano, fazem questão de alterar os sinais externos da Liturgia que apontam para a distinção entre o Sacerdócio ministerial e os leigos (inclusive o sinal que silenciar ou proferir junto uma oração).

Por ser a Eucaristia ser a expressão máxima do Amor de Deus, o Demônio investe todos os esforços para tentar acabar com ela. Sem Sacerdócio, não há Eucaristia, não há Santo Sacrifício da Missa. Por isso o Demônio investe todos os seus esforços em acabar com o Sacerdócio.

Como é grande a responsabilidade depositada em suas mãos, e o ódio de Satanás emquerer destruir esses Santos Mistérios na alma dos sacerdotes!

Retomamos o que já dissemos em postagem anterior:

Olhemos agora para a movimentação modernista, revolucionário e mesmo espiritual que está por detrás de polêmicas litúrgicas que é comum vermos hoje, a respeito dessas questões.

Em tempo: existe uma Revolução Cultural Anticristã, em processo em nossa sociedade, quer abolir na sociedade as justas desigualdades e hierarquias (Cat., n. 874-896), e a teologia modernista quer abolir o Sacerdócio, igualando a figura do sacerdote a qualquer outro leigo.

Muitos liturgistas adeptos da teologia modernista, ou influenciados por ela, e que com as suas novas interpretações litúrgicas pretendem negar ou ofuscar os Mistérios da Presença Real e Substancial de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada, da Santa Missa como Renovação do Sacrifício de Nosso Senhor e do Sacerdócio Ministerial.

Nestes casos, é ignorada a essência mística do Sacerdócio, e o sacerdote é rebaixado a ser, simplesmente, alguém que ocupa um cargo à frente de uma comunidade. Neste aspecto, é o mesmo igualitarismo revolucionário que no séc. XVI os protestantes fizeram, atentando contra a hierarquia da Santa Igreja, instituída por Nosso Senhor.

Há destes liturgistas que conhecem bem o poder dos símbolos e da linguagem para a alma humana, e o utilizam em suas estratégias.Muitos vezes, são exemplos disso:

- os sacerdotes andarem "vestidos de leigos" – não usarem nem batina nem clergyman (ou hábito religioso, no caso dos sacerdotes religiosos). Em tempo: o Código de Direito Canônico determinada que os cléricos usem veste clerical (cânon 284).

- os sacerdotes usarem cada vez menos paramentos na Santa Missa, deixando de usar a casula, que é o paramento próprio para a Santa Missa, e usando apenas somente alva e estola (e por vezes nem isso!) – enquanto os leigos usam cada vez mais "vestes litúrgicas" – e estranhamente, em vários lugares, "vestes de leitor" que parecem casulas. Ocorrem dois processos similares e igualitaristas: a laicização do clero e a clericalização do leigo.

- uso de Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão sem real necessidade (e a real necessidade é exigida pelas normas litúrgicas para eles atuarem, como afirma a Instrução Redemptionis Sacramentum, n. 151).- o Mito do "sacerdócio feminino", que segundo a doutrina católica não existe nem poderá existir; etc), como define doutrinalmente a Carta Apostólica Ordinatio Sacerdotalis, do saudoso Papa João Paulo II.

- a apologia de que o sacerdotes e os fiéis devem ficar, necessariamente, ao "redor do altar" (ilustrando que "todos celebram igual"), rechaçando a celebração da Santa Missa em "Versus Deum" ("Voltados para Deus", que é a forma como o Santo Padre recomenda que se faça no seu livro "Introdução ao Espírito da Liturgia"), já que nesta forma, o sacerdote se coloca, fisicamente, diante de Deus, em nome dos fiéis, como Cabeça.

- o sacerdote dizer para os fiéis recitarem orações na Santa Missa que são sacerdotais, como o "Por Cristo" e a "Oração da Paz" (Instrução Inaestimabile Donum, n.4).

É preciso percebermos este perigoso movimento cultural, teológico e litúrgico, e reagirmos.

Nas aparições da Santíssima Virgem em Fátima (Portugal, 1917), oficialmente reconhecidas pela Santa Igreja, quando o Anjo apareceu para as crianças, antes da Virgem aparecer, ele trazia consigo uma Hóstia Consagrada. Prostrando-se por terra, ensinou a elas a seguinte oração:

"Meu Deus: eu creio, adoro, espero-vos e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam."

Que a Grande Mãe de Deus, Mãe da Eucaristia e Mãe dos Sacerdotes, pela Sua Poderosa Intercessão, nos conceda a graça de crer, adorar, amar e zelar pelo Santíssimo Corpo do Deus-Amor Sacramentado, pelo Santo Sacrifício do Altar e pelo Sacerdócio...

Por que a Cruz é sinal do cristão

Algumas pessoas não católicas dizem que a cruz é um símbolo pagão e que não deve ser usada. Mas esta afirmação não está de acordo com o que a Igreja Católica sempre viveu e ensinou desde os seus primórdios e também não concorda com os textos bíblicos, que louvam e exaltam a Cruz de Cristo. Senão vejamos:
Mt 10, 38 – Jesus disse: “Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim”.
Mt 16, 24 – “Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”.
Lc 14, 27 –“E quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo”.
Gl 2, 19 – “Na realidade, pela fé eu morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou pregado à cruz de Cristo”.
Gl 6, 12.14 – “Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.
1Cor 1,18: “A linguagem da Cruz… para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus”.
1Cor 1, 17: “… anunciar o Evangelho, sem recorrer à sabedoria da linguagem, a fim de que não se torne inútil a Cruz de Cristo”.
Quando o imperador Constantino o Grande, enfrentou seu rival Maxêncio sobre a ponte Milvia, próximo do ano 300, viu nos céus uma cruz luminosa acompanhada dos dizeres: “In hoc signo vinces!” (Por este sinal vencerás). Constantino, então, colocou a sua pessoa e o seu exército sob a proteção do sinal da cruz e venceu Maxêncio, tornando-se imperador supremo de Roma, proibindo em seguida a perseguição aos cristãos pelo Edito de Milão, em 313.
O símbolo resultante da sobreposição das letras gregas X e P, iniciais de Cristo em grego, lembrava Cristo e a Cruz e foi representado no estandarte de Constantino. No fim do século IV, tomou a forma que lembrava a Cruz.
Após a conversão de Constantino († 337) a cruz deixou de ser usada para o suplício dos condenados e tornou-se o símbolo da vitória de Cristo e o sinal dos cristãos, como mostra de muitas maneiras a arte, a Liturgia, a piedade particular e a literatura cristã. A cruz tornou-se, então, sinal da Paixão vitoriosa do Senhor. Conscientes deste seu valor, os cristãos ornamentavam a cruz com palmas e pedras preciosas.
Os Padres da Igreja como Tertuliano de Cartago e Hipólito de Roma, já nos séculos II e III, afirmavam que os cristãos se benziam com o sinal da Cruz. Os mártires tomavam a cruz antes de enfrentar a morte e os santos não se separavam da cruz. As Atas dos Mártires mostra isso.
No entanto, muito antes de Constantino, Tertuliano (†202) já escrevera: “Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa o sinal da Cruz” (De corona militis 3)*.
S. Hipólito de Roma († 235), descrevendo as práticas dos cristãos do século III, escreveu: “Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se é feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que é um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da Cruz na fronte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreita para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42)*.
No Novo Testamento a Cruz é símbolo da virtude da penitência, domínio das paixões desregradas e do sofrer por amor de Cristo e da Igreja pelas salvação do mundo. Seria preciso apagar muitos versículos do Novo Testamento para dizer que a Cruz é um símbolo introduzido no século IV na vida dos cristãos. O sinal da Cruz é o sinal dos cristãos ou o sinal do Deus vivo, de que fala Ap 7, 2, fazendo eco a Ez 9,4: “Um anjo gritou em alta voz aos quatro Anjos que haviam sido encarregados de fazer mal à terra e ao mar: “Não danifiqueis a terra, o mar e as árvores, até que tenhamos marcado a fronte dos servos do nosso Deus”.
São Clemente de Alexandria, no século III, chamava a letra T (tau), símbolo da cruz, de “figura do sinal do Senhor” (Stromateis VI 11)*.
Por tudo isso, a vivência e a iconografia dos cristãos, desde o século I, deram à cruz sagrada um lugar especial entre as expressões da fé cristã. Daí podemos ver que é totalmente errônea a teoria de que a Cruz é um símbolo pagão introduzido por influência do paganismo na Igreja e destinado a ser eliminado do uso dos cristãos. Rejeitar a Cruz de Cristo é o mesmo que rejeitar o símbolo da Redenção e da esperança dos cristãos.
* Este artigo foi baseado no de D. Estevão Bettencourt, da revista “Pergunte e Responderemos”, Nº 351 – Ano 1991 – Pág. 364.

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

Advocações Marianas americanas.A a América Latina celebra a Virgem Maria? Conheça as advocações mais conhecidas.

Bolivia: Nossa Senhora de Copacabana

Brasil: Nossa Senhora Aparecida

Colombia: Nossa Senhora de Chiquinquirá

Cuba: Nossa Senhora da Caridade do Cobre

El Salvador: Nossa Senhora da Paz

Guatemala: Nossa Senhora do Rosário

México: Nossa Senhora de Guadalupe

Perú: Nossa Senhora da Evangelização

República de Panamá: Nossa Senhora das Mercês

Venezuela: Nossa Senhora de Coromoto
Nossa Senhora Auxiliadora

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Bispos debatem a dinamização da catequese no Brasil


Termina hoje, 25, a Reunião dos bispos responsáveis pela Catequese nos 17 Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Participaram 11 bispos de 11 regionais. O encontro, que teve início na segunda-feira, 23, tratou da dinamização da catequese no Brasil. O tema de reflexão foi ‘Iniciação à Vida Cristã’, ou seja, “como tornar a iniciação à vida cristã uma proposta para as nossas comunidades e paróquias”, disse a assessora para a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, irmã Zélia Maria.

O presidente da Comissão Bíblico-Catequética e bispo da Cidade de Goiás (GO), dom Eugênio Rixen, disse que o encontro tem como papel mais importante apontar novos caminhos para uma verdadeira iniciação à vida cristã. “Estamos vivendo uma mudança de época e isso exige uma catequese nova, mais bíblica, onde as pessoas possam se apaixonar por Jesus Cristo e também serem mais comprometidas com a mudança de vida”.

De modo concreto, a Comissão estuda implantar uma coordenação pastoral para a animação catequética nas várias instâncias da Igreja Católica no Brasil. “Percebemos a importância das paróquias, dioceses e regionais terem uma coordenação pastoral para a catequese, porque é interessante que o trabalho esteja nas mãos de uma equipe que pensa e planeja a catequese nas várias instâncias”, completou o presidente da Comissão.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Liturgia monástica

Missa Pontifical na Forma Extraordinária em Belém

Conforme anunciamos certo tempo atrás aqui, D. Alberto Taveira celebrou na Capela do Colégio Gentil Bettencourt uma missa pontifical segundo a forma extraordinária do rito romano. A celebração se deu no dia 21, sábado, às 9 horas da manhã. A seguir as fotos da celebração retiradas do blog Sal e Luz:

















CNBB impulsiona Projeto 1 Milhão de Bíblias

Secretário do organismo visita o Estado do Pará para entregar material

BRASÍLIA, terça-feira, 24 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – O secretário geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara Barbosa, está em Abaetetuba (Pará, norte do país), para entregar kits do “Projeto 1 Milhão de Bíblias”.

Nesta terça-feira, o bispo visita a sede do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá) para divulgar a campanha.

Desenvolvida em parceria com a Comissão para a Missão Continental no Brasil, a campanha faz parte do projeto “O Brasil na Missão Continental”, que tem por objetivo entregar kits (Bíblia Infantil, Catecismo, ABC da Bíblia) para todos que não têm condições de comprar.

O tema da campanha é “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19) e o lema “Discípulo e servidores da Palavra de Deus”.

A arquidiocese de Belém e as demais dioceses do Regional Norte 2 fizeram levantamento a partir desse projeto de evangelização e apresentaram números de quantas Bíblias precisariam receber. Só na diocese de Abaetetuba, por exemplo, foram entregues dez mil, segundo informa a CNBB.

Segundo os organizadores do projeto, alguns Regionais da Conferência episcopal terão prioridade no atendimento para receber os kits. Trata-se de localidades no norte, nordeste e centro-oeste do Brasil. O Regional Nordeste 4 (Piauí), foi o primeiro a receber o projeto. A Campanha foi lançada no dia 6 de março deste ano, em Teresina.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O rito carmelita celebrado regularmente no Brasil! Entrevista com os frades carmelitas eremitas

O Salvem a Liturgia acompanha, com vivo interesse, a fundação de novos institutos religiosos. É nesse sentido que nossa atenção foi despertada para a recente ereção do Carmelo Eremítico no Brasil.

Trata-se de uma congregação que não faz parte nem da Ordem dos Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo ou Ordem Carmelita da Antiga Observância (OCarm) nem da Ordem dos Irmãos Descalços da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo ou Ordem Carmelita Descalça (OCD). A OCarm, até onde sabemos, mantém eremitérios tanto femininos quanto masculinos, mas esta de que tratamos é uma instituição autônoma.

Abaixo, na entrevista que fizemos com o prior, Fr. Tiago de São José, ECarm, temos acesso a mais informações.

Adiantamos que o mosteiro brasileiro, dedicado a Santo Elias, fundador ideal da Ordem do Carmo, foi aprovado pelo Bispo de Bragança Paulista, estando em plena comunhão com a Santa Igreja.

O novo ramo da grande família carmelita - que, aliás, não é tão novo, e sim a vida primitiva dos carmelitanos - leva a denominação justamente de Irmãos Eremitas da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo (ECarm). E uma de suas distinções, além da vida contemplativa masculina - de vez que na OCarm e na OCD, as monjas são contemplativas, mas os frades são mendicantes, de vida ativa -, é a celebração exclusiva no rito próprio carmelitano. Sim, esses carmelitas não usam o rito romano moderno, nem o rito romano tradicional, mas o seu próprio, específico, que nem mesmo, s.m.j, os carmelitas da antiga observância e descalços utilizam.

Fotos do rito carmelita celebrado no Mosteiro Santo Elias podem ser vistas abaixo:








Segue a entrevista:

1. Reverendo frei, vemos que se trata de uma congregação nova, não fazendo parte da OCarm nem da OCD. Estamos certo nessa nossa impressão?

Caro Dr. Rafael: somos sim uma nova fundação mas que se trata de uma restauração do carisma monástico original do carmelo que já tinha se perdido desde o fim do século XIII. De fato Santa Teresa quis recuperá-lo ao propor o seguimento da Regra primitiva na sua reforma descalça. Entretanto, na metade do Século XIX, o Beato Francisco Palau movido por uma revelação mística fundou o Carmelo Eremítico na Espanha, com esse mesmo objetivo. Este grupo existiu até a década de 30. Nós agora estamos recomeçando com as mesmas Constituições que ele escreveu.

2. Há outros mosteiros desse instituto no Brasil e no mundo?

Não. A nossa fundação está nascendo agora em Atibaia. O Mosteiro Santo Elias (monges) e o Mosteiro Santa Maria (monjas).

3. Os monges carmelitas dos EUA são da mesma congregação que os senhores ou se trata de um instituto distinto?

Eles são um instituto distinto apesar de terem surgido na mesma época com os mesmos elementos fundamentais do carisma. Estivemos interessados numa eventual união, porém, não concordamos com algumas posturas deles. Por exemplo: nós não vendemos nada; não pedimos dinheiro para ninguém; não desejamos construir grandes abadias, mas pobres e simples ermidas; não temos uma vida comunitária tão intensa, ou seja, destacamos mais a solidão.

4. Os senhores celebram a liturgia própria do rito carmelita. Qual o motivo que os levou a isso?

O principal motivo é esse: não há como nos identificarmos com os primeiros carmelitas seguindo a regra primitiva se não celebramos a mesma liturgia, pois a liturgia é parte essencial de nossa vida.

5. Os carmelitas da antiga observância (OCarm) e os descalços (OCD) ainda usam esse rito, ainda que esporadicamente?

Os Descalços renunciaram à liturgia própria desde a edição pós-tridentina do missal carmelitano (1585). Entretanto, os Carmelitas da Antiga Observância preservaram o rito do Santo Sepulcro de Jerusalém até 1971. Depois desta data não puderam mais celebrar nem esporadicamente, conforme decisão do Capítulo Geral. Eles argumentavam que o Rito era impróprio para suas atividades paroquiais. Como não temos paróquia, mas vivemos em mosteiros, o rito para nós é perfeitamente bem-vindo.

6. O senhor poderia nos descrever algumas particularidades desse rito?

Uma particularidade é que o salmo de entrada é rezado pelo sacerdote em silêncio. As primeiras palavras após o início são: Confitemini Domino quoniam bonus, quoniam in saeculum misericordia ejus. Esta frase nos introduz na liturgia da ressurreição, pois o rito nasceu no santo sepulcro. Entretanto, isso torna o rito carregado de mais de 50 cruzes feitas de diversas formas e marca a força do Calvário.

7. Como aprenderam o rito? Ainda existem os livros litúrgicos e manuais de rubricas?

O próprio missal traz as rubricas e as diversas variações. Também vimos um vídeo de uma missa celebrada na década de 50 que nos ajudou a melhorar alguns aspectos da liturgia solene.

8. Quais os frutos dessa liturgia bem celebrada no mosteiro e na vida dos fiéis que os visitam?

Para mim celebrar neste rito desde outubro do ano passado tem incrementado muito minha espiritualidade sacerdotal. Nos outros irmãos percebemos também um acréscimos de piedade e introspecção. Igualmente no povo, temos observado muitos frutos espirituais.

9. Usam, eventualmente, o rito romano antigo? E o rito romano moderno? Se o fazem, é em latim ou em vernáculo?

Não. Celebramos somente o Rito Carmelitano, ou Rito do Santo Sepulcro, todo em latim.

10. A Missa dos senhores é versus Deum, correto? O que poderiam nos falar a respeito dessa orientação?

Acostumamos a falar assim, mas a orientação verdadeira é versus orientem, ou seja, de frente para o oriente. Assim a Igreja nos primeiros tempos celebrava a eucaristia. Há tantos que querem valorizar a participação do povo e por isso se viram para o povo. Nunca a Igreja conheceu isto. A pregação é para o povo. O sacrifício é para Deus Pai, com o povo "por Cristo, com Cristo e em Cristo".

11. Como recuperar uma autêntica espiritualidade litúrgica no Brasil? Os fiéis estão sedentos de uma piedade que nasça da Eucaristia, não lhe parece?

Acredito nisto também. Também vejo o Brasil como um grande celeiro de vocações. Porém a ignorância do clero e do povo torna essa missão um árduo desafio, mas a graça do Espírito Santo nos ajuda.

12. Quais os planos de seu Carmelo? Pretendem construir novas casas no Brasil?

Fui ordenado padre em 2000 e queria celebrar o rito tradicional. Não tive nenhuma chance nem oportunidade. Fui para a Itália e para a França, mas não estava feliz longe da minha nação.

Entrei nesse Carmelo em 2002 que havia sido recém fundado por um carmelita descalço que eu já conhecia. Este meu superior tinha bons propósitos sobre usar o hábito e viver a regra mas não aceitava a liturgia tradicional. Enfim, em 2007 ele foi para sua diocese e se tornou padre secular.

Eu permaneci sozinho e no ano passado estruturamos as coisas e começamos a receber vocações. Acredito que seja uma obra de Nossa Senhora e sinto que temos condição de crescer muito. Ela é que sabe...

13. Por fim, uma palavra aos membros e leitores do blog, e um conselho para que os pretendem "salvar a liturgia".

Peço a Deus que abençoe todos os que buscam com zelo salvar a liturgia, pois isso significa salvar a Igreja. Os inimigos da Igreja sabem disto... Portanto vamos em frente reconstruir os altares do Senhor!!!

Vasos Sagrados de qualquer material?

por Francisco Dockhorn



Este estudo é baseado no artigo "Mitos Litúrgicos", que escrevi e foi revisado por Sua Excelência Reverendíssima Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen (RS). O artigo lista 32 idéias equivocadas sobre a Sagrada Liturgia e contra-argumento com a palavra oficial da Santa Igreja. Foi publicado em Fevereiro de 2009 e pode ser lido na íntegra em:

http://www.salvemaliturgia.com/2009/04/mitos-liturgicos.html

Nesta décima sexta postagem, postamos o Mito 16, juntamente com um comentário atual a
respeito, aprofundando o assunto.

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Mito 16. "O cálice e o cibório podem ser de qualquer material"

Não podem.
A Santa Igreja zela pelo material do cálice, cibórios e outros vasos sagrados utilizados nas celebrações. Por exemplo: é expressamente proibido o uso de vasos sagrados de vidro, barro, argila, cristal ou outro material que quebre com facilidade.
Especifica a Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 117):

"Os vasos sagrados, que estão destinados a receber o Corpo e o Sangue do Senhor, devem-se ser fabricados, estritamente, conforme as normas da tradição e dos livros litúrgicos. As Conferências de Bispos tenham capacidade de decidir, com a aprovação da Sé apostólica, se é oportuno que os vasos sagrados também sejam elaborados com outros materiais sólidos. Sem dúvida, requer-se estritamente que este material, de acordo com a comum valorização de cada região, seja verdadeiramente nobre, de maneira que, com seu uso, tribute-se honra ao Senhor e se evite absolutamente o perigo de enfraquecer, aos olhos dos fiéis, a doutrina da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas. Portanto, reprove-se qualquer uso, para a celebração da Missa, de vasos comuns ou de escasso valor, no que se refere à qualidade, ou carentes de todo valor artístico, ou simples recipientes, ou outros vasos de cristal, argila, porcelana e outros materiais que se quebram facilmente. Isto vale também para os metais e outros materiais, que se corroem (oxidam) facilmente."

O saudoso Papa João Paulo II insiste na utilização dos melhores recursos possíveis nos objetos litúrgicos, como honra prestada ao Corpo e ao Sacrifício de Nosso Senhor. Disse João Paulo II (Ecclesia de Eucharistia, n. 47-48):

"Quando alguém lê o relato da instituição da Eucaristia nos Evangelhos Sinópticos, fica admirado ao ver a simplicidade e simultaneamente a dignidade com que Jesus, na noite da Última Ceia, institui este grande sacramento. Há um episódio que, de certo modo, lhe serve de prelúdio: é a unção de Betânia. Uma mulher, que João identifica como sendo Maria, irmã de Lázaro, derrama sobre a cabeça de Jesus um vaso de perfume precioso, suscitando nos discípulos – particularmente em Judas (Mt 26, 8; Mc 14, 4; Jo 12, 4) – uma reacção de protesto contra tal gesto que, em face das necessidades dos pobres, constituía um « desperdício » intolerável. Mas Jesus faz uma avaliação muito diferente: sem nada tirar ao dever da caridade para com os necessitados, aos quais sempre se hão-de dedicar os discípulos – « Pobres, sempre os tereis convosco » (Jo 12, 8; cf. Mt 26, 11; Mc 14, 7) –, Ele pensa no momento já próximo da sua morte e sepultura, considerando a unção que Lhe foi feita como uma antecipação daquelas honras de que continuará a ser digno o seu corpo mesmo depois da morte, porque indissoluvelmente ligado ao mistério da sua pessoa. (...) Tal como a mulher da unção de Betânia, a Igreja não temeu « desperdiçar », investindo o melhor dos seus recursos para exprimir o seu enlevo e adoração diante do dom incomensurável da Eucaristia. À semelhança dos primeiros discípulos encarregados de preparar a « grande sala », ela sentiu-se impelida, ao longo dos séculos e no alternar-se das culturas, a celebrar a Eucaristia num ambiente digno de tão grande mistério. Foi sob o impulso das palavras e gestos de Jesus, desenvolvendo a herança ritual do judaísmo, que nasceu a liturgia cristã. Porventura haverá algo que seja capaz de exprimir de forma devida o acolhimento do dom que o Esposo divino continuamente faz de Si mesmo à Igreja-Esposa, colocando ao alcance das sucessivas gerações de crentes o sacrifício que ofereceu uma vez por todas na cruz e tornando-Se alimento para todos os fiéis? Se a ideia do « banquete » inspira familiaridade, a Igreja nunca cedeu à tentação de banalizar esta « intimidade » com o seu Esposo, recordando-se que Ele é também o seu Senhor e que, embora « banquete », permanece sempre um banquete sacrificial, assinalado com o sangue derramado no Gólgota. O Banquete eucarístico é verdadeiramente banquete « sagrado », onde, na simplicidade dos sinais, se esconde o abismo da santidade de Deus: O Sacrum convivium, in quo Christus sumitur! - « Ó Sagrado Banquete, em que se recebe Cristo! »"

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Comentário sobre este Mito (20/08):

Essa questão do uso de materiais nobres na Sagrada Liturgia é vista com grande pré-conceito por parte de muitos, e considero perfeito o exemplo citado pelo saudoso Papa João Paulo II da mulher que não temeu desperdiçar diante de Nosso Senhor.

O que está por detrás de tudo é o zelo da Santa Igreja, em manifestar com sinais visíveis, a sua fé na Presença Real e Substancial de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, nas aparências do pão e do vinho, como afirma o Catecismo da Igreja Católica (Cat.), nos números 1374-1377.

Além deste exemplo Bíblico da mulher, que João Paulo II cita, temos o exemplo dos Reis Magos, que se alegraram diante do Menino Jesus (Mateus 2,10), adoraram o Menino Jesus e se ajoelharam diante Dele (Mateus 10,11) e ofereceram nobres presentes: ouro, incenso e mirra (Mateus 2,11).
Ouro e incenso que até hoje a Santa Igreja utiliza na Sagrada Liturgia; na mirra, que é um vegetal, talvez possamos ver uma figura das flores que a Santa Igreja tradicionalmente utiliza para ornamentar o altar.

Vejo que muitos trazem questões sociais, e se colocam em um dilema:

"Usar materiais nobres OU ajudar os pobres?"

Quando, na realidade, o princípio que guia a Santa Igreja neste aspecto é:

"Usar materiais nobres E ajudar os pobres!"

A história da Santa Igreja está aí para nos mostrar o o seu maravilhoso serviço em matéria de humanização, amor aos pobres, hospitais, escolas, obras de caridade, e assim por diante. A Igreja é a instituição que mais fez e faz caridade na história!

Aliás, historicamente falando, a Santa Igreja foi responsável por trazer para a sociedade a idéia da dignidade intrínseca da vida humana, idéia esta que inexistia na antiquidade.

Em relação a aquilo que a Santa Igreja possui de bens materiais e não aplica nas obras de caridade, ela utiliza para:

- auxiliar a cumprir a sua própria missão (por exemplo, os seus territórios)

- manter um patrimônio cultural, que em última instância, pertence a toda humanidade (por exemplo, quadros de Michelangelo que há no museu do Vaticano

- utilizar no Culto Divino, isto é, na Sagrada Liturgia

Este Esplendor Litúrgico manifesta, com SINAIS VISÍVEIS, que A SAGRADA LITURGIA NÃO É ALGO QUALQUER.

Ignorar o valor desses sinais sagrados é ignorar a própria alma humana, a influência do meio externo e a importância dos elementos simbólicos. A Liturgia católica é extremamente humana: compatível com todas as necessidades do ser humano.
Como vamos convencer o mundo que A HÓSTIA CONSAGRADA É DEUS, se A tratamos de uma forma qualquer?

Há modernistas que, desejando propagar sua teologia litúrgica revolucionária e incompatível coma Doutrina Católica, e conhecendo bem o valor dos símbolos para o ser humano, fazem questão de desprezar os sinais externos da Liturgia que apontam para sua verdadeira essência e para a adoração de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada.

Portanto, NÃO é "Usar materiais nobres OU ajudar os pobres?"

E sim:

"Usar materiais E ajudar os pobres!"

Algumas realidades da Santa Igreja, como a Fraternidade Toca de Assis e a Missão Eucarística Voz dos Pobres manifestam, de forma muito concreta, uma conjugação equilibrada destes dois elementos: vivem o amor aos mais pobres, e o Esplendor Litúrgico. Sabem que o mesmo Deus que adoram, na Hóstia Consagrada, de alguma forma também está presente no pobre. Querem viver entre o Altar de Deus e o Altar dos Pobres.

Infelizmente, em muitos lugares que se usa ainda cálices e cibórios de vidro ou de barro, que são materiais que os documentos da Santa Igreja citados acima expressamente o proíbem.

Utilizam para isso um conceito equivocado de "inculturação", que podemos chamar na verdade "banalização", ou, termo queutilizou o saudoso Papa João Paulo II, na sua fabulosa carta Domicae Cenae, "dessacralização" - isto é, tratar o Sagrado como se não fosse Sagrado.

Por exemplo: eu JÁ VI ser utilizado, dentro da Santa Missa, COPINHO DE PLÁSTICO (sim, desses que se toma suco em bar!), para depositar as Hóstias Consagradas...
Santa Terezinha do Menino Jesus, doutora da Santa Igreja, diz:

"Não é para ficar (somente) no cibório de ouro que Jesus desce todos os dias do céu, mas para encontrar outro céu que lhe é intimamente mais caro que o primeiro: o céu da nossa alma, feita à imagem dele, o templo vivo da adorável Trindade."

Isto NÃO significa, evidentemente, que ela se oponha ou que nós devemos nos opor ao ouro nos cibórios, como já demonstramos acima, com os documentos oficiais da Santa Igreja.

Porém, significa uma coisa:

Que não podemos ser hipócritas, e que o ouro dos cibórios precisa expressar o "ouro" de um coração que adora a Deus!

Nas aparições da Santíssima Virgem em Fátima (Portugal, 1917), oficialmente reconhecidas pela Santa Igreja, quando o Anjo apareceu para as crianças, antes da Virgem aparecer, ele trazia consigo uma Hóstia Consagrada. Prostrando-se por terra, ensinou a elas a seguinte oração:

"Meu Deus: eu creio, adoro, espero-vos e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam."

Que a Grande Mãe de Deus, Mãe da Eucaristia, pela Sua Poderosa Intercessão, nos conceda a graça de crer, adorar, amar e zelar pelo Santíssimo Corpo do Deus-Amor Sacramentado, em todos os altares e tabernáculos...
fonte: http://www.salvemaliturgia.com/2010/08/mitos-liturgicos-comentados-mito-16.html

domingo, 22 de agosto de 2010

Missa na Capela privada do Papa

Segue abaixo um vídeo, trecho de um documentário, que mostra como é uma Missa celebrada pelo Papa na capela privada do Palácio Apostólico. O papa celebra Missa nessa capela todas as manhãs. Atente-se para a sobriedade litúrgica e pelo decoro desta celebração simples. Note-se também a beleza da capela, que é um exemplo de arte sacra moderna decente, sem modernismos e estéticas de ruptura.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Rio de Janeiro recebe imagem de Nossa Senhora de Nazaré



A imagem de Nossa Senhora de Nazaré da basílica do Santuário de Nazaré de Belém (PA) chegou hoje por volta das 6h da manhã à cidade do Rio de Janeiro. Ela foi recebida pelo bispo auxiliar do Rio, dom Roberto Francisco Ferrería Paz. A imagem saiu em cortejo pela Avenida 20 e a Linha Vermelha, que dão acesso a ponte Rio-Niterói, com destino à cidade de Niterói.

Das 9h às 12h de hoje, a imagem ficou na catedral. Durante este período, os católicos dos vicariatos Oceânico e Niterói tiveram a oportunidade de rezar o terço e prestar uma homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, que ficou na presença dos fiéis até a santa missa, que teve início às 12h15, e foi presidida pelo bispo auxiliar, dom Roberto Francisco.

Logo depois, a imagem passou pela paróquia São Gonçalo do Amarante; logo em seguida, foi conduzida para a paróquia Nossa Senhora de Nazaré, em Saquarema. No início da noite, o arcebispo dom frei Alano Maria Pena, presidirá a missa, em honra a Nossa Senhora de Nazaré, às 19h.

No término da missa começará a vigília e a imagem permanecerá até as 6h deste sábado, 21, na paróquia. Depois retornará para arquidiocese São Sebastião do Rio de Janeiro.

Revista Virtual "Salvem a Liturgia!" - Número 07

A revista virtual "Salvem a Liturgia", 7ª edição, já está disponível para baixar. Para ir até a página de download, basta clicar na imagem. Nessa edição você entra:
Três Missas;
Missa em latim no rito novo em Montes Claros;
Missa "Rorate";
Fotos da festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Capelania Militar;
Ordenação de Pe. Alan na Diocese de Campos;
Grupo de coroinhas;
Reforma da reforma;
Missa do galo de Sua Santidade;
Missa solene no pós guerra alemão;
Ordenação diaconal em Rito Bizantino;
O silêncio e o canto;
Sacerdotes para o terceiro milênio;
A riquesa da liturgia beneditina;
Natal, festa eucarística!;
Excelências da Batina;
Ione Buyst e sua "Doutrina da confusão dos sacerdócios";
São Pio de Pietrelcina e a Santa Missa;
O faldistório.



Veja também:
Revista "Salvem a Liturgia" Nº01
Revista "Salvem a Liturgia" Nº02
Revista "Salvem a Liturgia" Nº03
Revista "Salvem a Liturgia" Nº04
Revista "Salvem a Liturgia" Nº05
Revista "Salvem a Liturgia" Nº06

Vozes da Capela

Vozes da Capela

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

TERRA SANTA: INAUGURADA IGREJA DE SÃO TIAGO

Jerusalém, 18 ago (RV) - Foi inaugurada no último domingo em Beit Hanina, na periferia de Jerusalém, na Terra Santa, a nova igreja dedicada a São Tiago. Depois de quatro meses de trabalhos de restauração e ampliação a comunidade cristã recebeu um lugar mais amplo, com um grande altar e novas pinturas nas paredes.

Mais de 500 fiéis participaram da Santa Missa celebrada pelo Custódio da Terra Santa, Frei Pierbattista Pizzaballa. Em Beit Hanina o compromisso primário dos franciscanos, que nos últimos anos se comprometeram em apoiar a construção de um complexo residencial para dar um lar a numerosas famílias cristãs, sempre foi o de criar um lugar de agregação, de encontro e de formação, sobretudo para os jovens.

Nos últimos anos está em funcionamento um centro social onde são realizadas diversas atividades religiosas e culturais, com aulas de catecismo, salas polivalentes, e até mesmo uma pizzaria administrada por uma cooperativa de jovens palestinos. Neste momento está sendo construído um complexo esportivo, com campos de futebol e uma piscina que oferecerá novas oportunidades de trabalho, mas que deseja ser, sobretudo, uma “estrutura” educativa cristã.

Através das atividades esportivas e de conferências, o objetivo é o de transmitir aos jovens palestinos os valores do Evangelho, para que possam ser Igreja feita de “pedras vivas” em uma realidade multirreligiosa. (SP)

PAPA FAZ APELO EM PROL DO PAQUISTÃO E RECORDA SÃO PIO X




Castel Gandolfo, 18 ago (RV) - O Papa Bento XVI encontrou-se nesta manhã com os fiéis e peregrinos no pátio interno da residência de verão de Castel Gandolfo para a tradicional audiência geral das quartas-feiras. No encontro o Santo Padre dirigiu o seu pensamento às populações do Paquistão, “atingidas recentemente por uma grave inundação, que provocou numerosas vítimas e deixou muitas famílias sem casa”.



“Enquanto confio à bondade misericordiosa de Deus todos aqueles que faleceram tragicamente, - disse o Papa - exprimo a minha espiritual proximidade aos seus familiares e a todos aqueles que sofrem por causa dessa calamidade. Que não faltem a esses nossos irmãos, tão duramente provados, a nossa solidariedade e o concreto apoio da Comunidade internacional!”



Momentos antes, na sua catequese, dedicada a São Pio X, - Papa entre 1903 e 1914, canonizado em 1954 –, Bento XVI afirmou que esse Pontífice “deixou um sinal indelével em muitos aspectos da vida da Igreja”, recordando o Catecismo Universal por ele promulgado, a condenação do modernismo e os esforços para evitar a primeira guerra mundial.



“São Pio X ensina a todos nós que na base da nossa ação apostólica nos vários campos nos quais trabalhamos deve estar sempre uma íntima união pessoal com Cristo, a ser cultivada, e que deve crescer dia após dia: esse – disse Bento XVI – é o núcleo de todo o seu ensinamento, de todo o seu compromisso pastoral”.



“Somente se estivermos apaixonados pelo Senhor – disse o Pontífice – seremos capazes de levar os homens a Deus e abrir-lhes ao seu amor misericordioso, e assim abrir o mundo à misericórdia de Deus”.



O Santo Padre saudou ainda os diversos grupos de fiéis presentes na audiência geral, entre os quais peregrinos provenientes do Brasil e de Portugal.



“A minha saudação a todos os peregrinos vindos do Brasil, de Portugal e demais países lusófonos, com uma bênção particular para os alunos do Seminário do Verbo Divino, de Tortosendo: na vossa formação, empenhai-vos em seguir o exemplo dos grandes pastores como São Pio X, sendo sempre humildes e fiéis servidores da Verdade. Que Deus vos abençoe!” (SP)

Facebook da Jornada Mundial da Juventude em 18 idiomas



A partir de agora o Facebook da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pode ser acessado em 18 idiomas. A página, que antes podia ser acessada em chinês, francês, espanhol português e outras línguas, agora teve acrescentada às suas opções o vietnamita, o croata, o maltês e o japonês.

Como explicou à Rádio Vaticana a responsável pela "comunnity manager" (gerência da comunidade) da JMJ 2011, Cristina del Campo, o objetivo de adicionar novos idiomas é fazer com que a mensagem do evento chegue a todos os jovens e não somente àqueles que falam e entendem as línguas mais conhecidas. Aliás, segundo Cristina, a ampliação da página da JMJ se deve ao interesse dos jovens de línguas minoritárias informar seus conterrâneos em seus próprios idiomas.
Para saber mais informações sobre a JMJ de Madri 2011, em língua portuguesa, acesse o site:

http://www.facebook.com/jornadamundialdajuventude

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Arquidiocese de Maceió lança nova página na internet


A arquidiocese de Maceió (AL) lançou, na manhã, desta segunda-feira, 16, na catedral metropolitana, que contou com a participação de religiosos, coordenadores de pastorais, lideranças de comunidades e a sociedade, um novo endereço eletrônico. O site ficou com o aspecto de portal, já que o conteúdo midiático abrange noticias imagens, vídeos, histórico da arquidiocese, calendário cultural e posteriormente irá possuir rádios católicas.

A manutenção e abastecimento do portal será realizado pela Pastoral da Comunicação (Pascom), coordenada pelo padre Eduardo Tadeu. Haverá também a participação de outros religiosos católicos, tal como um espaço dedicado aos textos do arcebispo dom Antônio Muniz.

Toda comunidade alagoana, sendo católica ou não, está convidada a acessar o www.arquidiocesedemaceio.org.br e assim navegar e interar com assuntos da igreja.

Dom Antônio Muniz falou da importância da Igreja Católica na mídia. "O portal será o ponto chave da interatividade da comunidade alagoana com a igreja", disse o arcebispo.

Bento XVI: reviver o amor e a veneração por Maria



Palavras no Angelus da solenidade da Assunção, esse sábado

CASTEL GANDOLFO, domingo, 16 de agosto de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos as palavras que Bento XVI pronunciou antes de rezar o Angelus com os peregrinos ao meio-dia desse sábado, dia 15, solenidade da Assunção de Nossa Senhora, no pátio interno do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo.

* * *

Queridos irmãos e irmãs!

No coração do mês de agosto, tempo de férias para muitas famílias, inclusive para mim, a Igreja celebra a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Esta é uma oportunidade privilegiada para meditar sobre o significado último da nossa existência, ajudados pela liturgia de hoje, que nos convida a viver neste mundo orientados ao bem eterno, a partilhar a glória de Maria, a própria alegria de nossa Mãe (cf. Oração "coleta"). Voltemos, pois, o nosso olhar a Maria, estrela da esperança, que ilumina o nosso caminho terreno, seguindo o exemplo dos santos e santas que a ela recorreram em cada circunstância. Sabe-se que celebramos o Ano Sacerdotal em memória do Santo Cura d'Ars; gostaria de aproveitar dos pensamentos e testemunhos deste santo pároco camponês algumas reflexões que possam ajudar-nos, especialmente o nosso clero, a reviver o amor e a veneração pela Santíssima Virgem.

Os biógrafos atestam que São João Maria Vianney falava da Virgem com devoção e, ao mesmo tempo, com confiança e retidão. "A Santíssima Virgem Maria –costumava repetir– é imaculada, ornada com todas as virtudes que a tornam tão bela e agradável para a Santíssima Trindade" (B. Nodet, Il pensiero e l’anima del Curato d’Ars, Torino 1967, p. 303). E também: "O coração desta boa Mãe é só amor e misericórdia, não deseja mais que nos ver felizes. Basta recorrer a ela para ser ouvido" (ibid., 307). Transparece nessas expressões o zelo do sacerdote, que, movido pelo anseio apostólico, alegra-se em falar de Maria para os fiéis, e não se cansa de fazê-lo. Ainda que um mistério difícil como o da Assunção, ele sabia como apresentá-lo com imagens eficazes, tais como: "O homem foi criado para o céu. O diabo quebrou a escada que o conduzia. Nosso Senhor, com sua Paixão, fez uma outra... A Santíssima Virgem está no topo da escada, e a tem a duas mãos" (ibid.).

O Santo Cura d'Ars foi especialmente atraído pela beleza de Maria, beleza que coincide com o fato dela ser imaculada, a única criatura concebida sem sombra de pecado. "A Santíssima Virgem –afirmava– é aquela bela criatura que nunca desgostou o bom Deus" (ibid., 306). Como pastor bom e fiel, ele deu sobretudo o exemplo deste amor filial pela Mãe de Jesus, por meio de quem se sentia atraído para o céu. "Se não fores para o céu –exclamava– como ficarei magoado! Não verás a Santíssima Virgem, esta criatura tão linda!" (ibid., 309). Consagrou sua paróquia a Nossa Senhora, recomendando especialmente às mães fazerem o mesmo todas as manhãs com seus filhos. Queridos irmãos e irmãs, façamos nossos os sentimentos do Santo Cura d'Ars. E com a mesma fé, recorramos a Maria assunta ao céu, confiando-lhe de modo especial os sacerdotes do mundo.

[Após o Angelus, o Papa dirigiu-se aos peregrinos em vários idiomas; em português, disse:]

Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, a quem agradeço a presença e a união na oração do Angelus, neste dia de Nossa Senhora da Assunção. Ela aponta-nos a meta do Céu, ensinando-nos que o destino do homem não se esgota no tempo, mas completa-se na Vida Eterna, junto de Deus. Esta mensagem encha os vossos corações de alegria e de esperança que vos desejo com a minha Bênção Apostólica.

[© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana]

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Centenário de criação da diocese de Santa Maria



No próximo domingo, 15, a diocese de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, comemora seu primeiro centenário juntamente com as dioceses de Pelotas, Passo Fundo e a arquidiocese de Porto Alegre.

As celebrações da diocese tiveram abertura oficial com missa na Basílica de Nossa Senhora Aparecida em São Paulo, no dia 15 de agosto de 2009, com a presença do bispo dom Hélio Adelar Rubert, padres, diáconos e uma caravana com 27 ônibus de lideranças da diocese.

Várias atividades foram realizadas durante esses três anos. Entre elas as Missões Populares em todas as paróquias, a Bíblia comemorativa do centenário e a edição especial do jornal O Santuário com 80 páginas.

No domingo, dia 15, aniversário da diocese, haverá o toque dos sinos em todas as igrejas e serão realizadas três atividades: missa com enfoque especial de Ação de Graças nos horários habituais de cada paróquia; descerramento da placa alusiva aos 100 anos da diocese na igreja matriz de cada Paróquia; e toque dos sinos em todas as igrejas ao meio-dia.

A conclusão das celebrações do centenário será na 67ª Romaria da Medianeira no dia 14 de novembro próximo com a presença dos bispos do Rio Grande do Sul e das relíquias do padre São Roque Gonzaléz e de São Pio X, papa que criou a diocese no dia 15 de agosto de 1910.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Santa Clara


"Clara de nome, mais clara de vida e claríssima de virtudes!" Neste dia, celebramos a memória da jovem inteligente e bela que se tornou a 'dama pobre'. Santa Clara nasceu em Assis (Itália), no ano de 1193, e o interessante é que seu nome vem de uma inspiração dada a sua fervorosa mãe, a qual [inspiração] lhe revelou que a filha haveria de iluminar o mundo com sua santidade.

Pertencente a uma nobre família, destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, por isso, ao deparar com a pobreza evangélica vivida por Francisco de Assis apaixonou-se por esse estilo de vida. Em 1212, quando tinha apenas dezoito anos, a jovem abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isso foi ao encontro de Francisco de Assis na Porciúncula e teve seus lindos cabelos cortados como sinal de entrega total ao Cristo pobre, casto e obediente.

Ao se dirigir para a igreja de São Damião, Clara – juntamente com outras moças – deu início à Ordem, contemplativa e feminina, da Família Franciscana (Clarissas), da qual se tornou mãe e modelo, principalmente no longo tempo de enfermidade, período em que permaneceu em paz e totalmente resignada à vontade divina. Nada podendo contra sua fé na Eucaristia, pôde ainda se levantar para expulsar – com o Santíssimo Sacramento – os mouros (homens violentos que desejavam invadir o Convento em Assis) e assistir, um ano antes de sua morte em 1253, a Celebração da Eucaristia, sem precisar sair de seu leito. Por essa razão é que a santa de hoje é aclamada como a "Patrona da Televisão".


Santa Clara, rogai por nós!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Semana Nacional da Família começa no domingo


“Família, formadora de valores humanos e cristãos”. Este é o tema da Semana Nacional da Família, que começa no próximo domingo, 8, dia dos pais. Esta é a 14ª edição do evento e repete o tema do 6º Encontro Mundial das Famílias, que aconteceu no México, em janeiro de 2009.

“Nessa semana, as comunidades eclesiais, escolas, clubes, associações, animadas pela Pastoral Familiar, têm um espaço para preparar e organizar programações diversas, revigorando a integração familiar e ressaltando as virtudes e valores da família
“, disse o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, dom Orlando Brandes.

“Queremos criar cada vez mais a tradição da Semana Nacional da Família, nas dioceses e nas paróquias de todo o Brasil. Fazer com que as famílias possam refletir sobre os temas, não somente na Semana Nacional, mas todos os dias”, completou dom Orlando.

Durante a semana, as paróquias trabalharão o tema de acordo com o livro “A Hora da Família 2010”, elaborado pela Comissão. O livro traz roteiros para celebrações nos lares, nos grupos e escolas.

Papa fala sobre o valor da pessoa e sobre as inúteis preocupações

Reuters''Quem tem esperança vive de um modo diferente, pois foi-lhe dada uma vida nova'', explica o Papa no Ângelus deste domingoNo Ângelus deste domingo, 8, o Papa Bento XVI refletiu sobre o Evangelho do dia e destacou “as palavras de Jesus sobre o valor da pessoa aos olhos de Deus e sobre a inutilidade das preocupações terrenas".

"Não se trata de um elogio ao desempenho, mas pelo contrário, ouvindo o convite de Jesus dizer: ‘Não temais, pequeno rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino’, o nosso coração abre-se a uma esperança que ilumina e transforma a vida. A porta obscura do tempo, do futuro, encontra-se aberta de par em par", disse.

O Papa frisou que "Quem tem esperança vive de um modo diferente, pois foi-lhe dada uma vida nova”.

E explicou que "no Evangelho de hoje, Jesus – através das três parábolas ilustra como a expectativa da realização da 'jubilosa esperança': a sua vinda. Ela deve impulsionar ainda mais a uma vida intensa, cheia de boas obras".

'Vendam os seus bens e dêem o dinheiro em esmola. Façam bolsas que não envelhecem, um tesouro que não perde o seu valor no céu: lá o ladrão não chega, nem a traça o corrói'. É um convite a usar as coisas sem egoísmo, sede de poder ou domínio, mas segundo a lógica de Deus, a lógica da atenção ao outro, a lógica do amor", sublinhou Bento XVI.

E ressaltando a lógica do amor, o Santo Padre lembrou os santos que celebraremos nesta semana, pessoas que souberam viver a sua vida em Deus.

Neste domingo, a Igreja recorda São Domingos de Gusmão, fundador no século XIII da Ordem Dominicana, que desempenha a missão de educar a sociedade sobre a verdade de fé, preparando-se ao estudo e à oração. O Papa lembrou também que no próximo dia 10, a Igreja celebra o santo diácono Lourenço, mártir do III século; Santa Clara de Assis, no dia 11, que prosseguindo a obra franciscana, funda a Ordem das Clarissas. Bento XVI recordou que a Igreja celebrará também dois mártires que partilharam o mesmo destino em Auschwitz. Trata-se da carmelita, Santa Teresa Bendita da Cruz (Edith Stein), no dia 09, e São Maximiliano Maria Kolbe, no dia 14 próximo, sacerdote franciscano fundador da Milícia de Maria Imaculada. "Ambos viveram o tempo obscuro da II Guerra Mundial sem perder de vista a esperança, o Deus da vida e do amor", destacou.

A seguir, Bento XVI concedeu a todos a sua bênção apostólica.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Bento XVI: ter profundo amor e grande veneração pela Eucaristia


Pontífice dedica audiência a São Tarcísio e o ministério dos acólitos

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 4 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – O exemplo de São Tarcísio, padroeiro dos acólitos e coroinhas, que deu a vida para proteger a hóstia consagrada, mostra o “profundo amor e a grande veneração que devemos ter pela Eucaristia”.

Foi o que afirmou Bento XVI na audiência geral desta quarta-feira, dedicada a falar sobre a vida deste santo dos primeiros séculos da Igreja, e a explicar a importância do trabalho daqueles que servem ao altar, num dia em que a Praça de São Pedro acolhia cerca de 53 mil jovens, na Peregrinação Europeia dos Acólitos.

O Papa recordou que São Tarcísio (século III), era um menino que “amava muito a Eucaristia e, por vários fatores, podemos concluir que, provavelmente, era um acólito”.

Em tempos de perseguição dos cristãos pelo imperador Valeriano, Tarcísio foi encarregado de levar a hóstia a “outros irmãos e irmãs que aguardavam”. Questionado pelo sacerdote por ser ainda um menino, ele respondeu: “minha juventude será o melhor refúgio para a Eucaristia”.

Ao longo do caminho, Tarcísio foi interpelado por um grupo de rapazes, que tentaram tomar aquilo que ele carregava junto ao peito. Houve uma luta feroz, “sobretudo quando vieram a descobrir que Tarcísio era cristão”, explicou o Papa.

Os rapazes espancaram e atiraram pedras no jovem Tarcísio, mas ele não cedeu. Morreu para defender a Eucaristia, sendo sepultado nas Catacumbas de São Calisto.

Segundo Bento XVI, uma “bela tradição oral” conta que “junto do corpo de São Tarcísio não foi encontrado o Santíssimo Sacramento, nem nas mãos, nem entre as suas vestes. Explica-se que a partícula consagrada, defendida com a vida pelo pequeno mártir, tornara-se carne da sua carne, formando assim com o seu próprio corpo uma única hóstia imaculada ofertada a Deus”.

O Papa dirigiu-se então aos acólitos para enfatizar que a Eucaristia é “um bem precioso, um tesouro cujo valor não se pode medir, é o Pão da vida, é o próprio Jesus que se faz alimento, sustento e força para o nosso caminho de cada dia e estrada aberta para a vida eterna; é o maior dom que Jesus nos deixou”.

O pontífice pediu que os auxiliares do altar “sirvam com generosidade a Jesus presente na Eucaristia”.

Segundo o Papa, esta é “uma tarefa importante, que lhes permite estar particularmente próximos do Senhor e crescer na amizade verdadeira e profunda com Ele”. “Guardem com zelo esta amizade em seus corações, como São Tarcísio”.

“Anunciem também aos seus amigos o dom desta amizade, com alegria, entusiasmo, sem medo, a fim de que eles possam sentir que vocês conhecem este mistério, que ele é verdadeiro e amado!”

“Toda vez que vocês se aproximam do altar, têm a sorte de auxiliar o grande gesto de amor de Deus, que continua a querer se doar a cada um de nós, a estar perto, a ajudar, a dar forças para viver bem.”

Segundo o Papa, os acólitos têm a sorte de viver próximos do “indizível mistério” em que “aquele pequeno pedaço de pão”, com a consagração, “torna-se Corpo de Cristo”, e “o vinho torna-se Sangue de Cristo”.

Bento XVI pediu “amor, devoção e fidelidade” no desempenho da tarefa do acolitado. Insistiu em que não se deve participar da celebração “com superficialidade”, mas com um cuidadoso preparo interior.

Os acólitos colaboram para que Jesus “possa estar mais presente no mundo, na vida de cada dia, na Igreja e em cada lugar”.

“Queridos amigos! Vocês emprestam para Jesus as suas mãos, o seu pensamento, o seu tempo. Ele não deixará de recompensá-los, dando-lhes a alegria verdadeira e a felicidade mais plena”, disse o Papa.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

São João Maria Vianey (o Cura d´Ars), terceiro franciscano


São João Maria Vianney. Sacerdote pároco de Ars, da Terceira Ordem (1786- 1859). Canonizado por Pio XI, em 31 de maio de 1925.

João Maria Vianney nasceu em 08 de maio de 1786 em Dardilly, perto de Lion, filho de Mateus e Maria Beluze. Sua infância foi marcada pelos acontecimentos trágicos da revolução francesa. Em 1799, recebeu a Primeira Comunhão clandestinamente em uma casa particular e de sua própria mãe,a instrução religiosa.

Por causa de seu ardente desejo de ser sacerdote, enfrentou uma dura luta para ter êxito nos estudos, por que sua intelectualidade estava abaixo da média. Mas, o amor às vezes consegue mais do que o talento. Era enorme seu amor pelas almas.

A 13 de agosto de 1815, depois de enormes dificuldades, que pareciam insuperáveis por causa dos obstáculos que havia encontrado nos estudos, foi ordenado sacerdote.

No início de 1800, inesperadamente brilhou uma nova luz em toda a França, passado o furacão napoleônico, que havia deixado ruínas materiais e espirituais por toda parte.

Em 1818 João Maria tinha 32 anos e os superiores, pela escassez de sacerdotes, confiaram-lhe a paróquia de Ars, um lugar afastado, onde nenhum sacerdote havia desejado ficar.

Ele lá chegou como um bom filho de São Francisco, humildemente, a pé, como um pobre entre os pobres e logo tentou conquistar aquelas almas. 0 espírito franciscano que havia assimilado na Ordem Terceira da Penitência, o sustentou e o guiou no ministério pastoral.

Em seu confessionário, ondeàs vezes sustentou lutas corpo a corpo com o inimigo, permanecia até 18 horas diárias, convertertendo- se em uma espécie de altar da misericórdia, onde começaram a acorrer pessoas de todas as partes da França e da Europa.

O Santo Cura D’Ars nunca saiu ao vestíbulo para chamar as pessoas, nem correu pelas ruas para agitar a indiferença dos paroquianos e nunca os reprovou. De joelhos diante do tabernáculo e da imagem da Virgem, permanecia longo tempo em oração, comendo apenas o necessário para viver, dormindo poucas horas durante a noite.

Ainda que detraídos e despreocupados, os paroquianos começaram a acudir e vendo o Pároco ajoelhado, ajoelhavam-se também, e rezavam com ele. Antes de dois anos Ars converteu-se em caminho de peregrinação de todas as partes da França e da Europa.

0 sacerdote tardio de inteligência, que no primeiro momento não havia tido licença para exercer o ministério da confissão, converteu-se no confessor dos mais obstinados pecadores, e em Ars encontraram a luz da fé. Os peregrinos acorriam antes de amanhecer à aquela igreja que trinta anos antes se encontrara vazia:

“Diga-me onde está Ars, e eu lhe indicarei o caminho do céu”, havia dito São João Maria a um pastorzinho antes de chegar à sua paróquia. O caminho do céu ele havia indicado a milhares de almas, e também se mostrou àquele pastorzinho, que pouco dias depois da morte de seu Pároco o alcançou no céu. O Santo morreu em 4 de agosto de 1859, aos 73 anos.

(Fonte: http://www.ffb.org.br)

A dor de uma perda…

Só as imagens deste lindo vídeo já nos falam tudo o que se poderia falar sobre a dor da perda de alguém que nos é querido. Não é a toa que São Francisco e Santa Clara de Assis compreendiam os animais e eram por eles compreendidos.

Escola da Fé – Pe. Paulo Ricardo responde a telespectador protestante!

domingo, 1 de agosto de 2010

PAPA NO ANGELUS: QUEM CONFIA NO SENHOR TEM UM CORAÇÃO SÁBIO



Castel Gandolfo, 1° ago (RV) - Bento XVI presidiu a oração mariana do Angelus, deste domingo, no pátio interno da residência apostólica, em Castel Gandolfo.

O Papa recordou que nestes dias celebramos a festa de alguns santos, como Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, festa celebrada ontem 31 de julho, e Santo Afonso Maria de Ligório, fundador dos Redentoristas, que celebramos neste domingo. Amanhã, dia 02, a Igreja celebra, Santo Eusébio, grande defensor da divindade de Cristo, e no próximo dia 4, São João Maria Vianney, o Cura D'Ars, que guiou com seu exemplo o Ano Sacerdotal, concluído recentemente.

"Esses homens adquiriram um coração sábio, acumulando o que não se corrompe e descartando o que muda ao longo do tempo: o poder, a riqueza e os prazeres efêmeros. Escolhendo Deus possuíram tudo o que foi necessário, saboreando desde a vida terrena a eternidade" – frisou o Santo Padre.

Bento XVI ressaltou que no Evangelho deste domingo, Jesus chama a atenção para a verdadeira sabedoria, sublinhando que o homem insensato como nos fala a Bíblia é aquele que não percebe que tudo na vida passa: juventude, força física e cargos de poder.

"Fazer com que a própria vida dependa das realidades passageiras é tolice. O homem que confia no Senhor, não teme as adversidades da vida e nem a realidade inevitável da morte: é o homem que adquiriu um coração sábio, como os santos" - disse o pontífice.

Enfim, o Papa recordou que amanhã será possível receber a indulgência da Porciúncula ou o "Perdão de Assis", que São Francisco de Assis obteve, em 1216, do Papa Honório III. Lembrou também que na próxima quinta-feira, dia 5, será celebrada a Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, e na sexta-feira, dia 6, aniversário de morte do Papa Paulo VI, se celebrará também a Festa da Transfiguração do Senhor.

A seguir, o Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica. (MJ)

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