segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O HOMEM SE MEDE POR AQUILO QUE ESPERA, DIZ PAPA

Bento XVI reza o Angelus com os fiéis na Praça de São Pedro

CIDADE DO VATICANO, domingo, 28 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – A espera é uma dimensão que atravessa toda existência do ser humano, sendo que este se mede por sua esperança e pelas coisas que aguarda.
O Papa Bento XVI dedicou a oração do Angelus deste domingo, com os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, ao tema da espera e da esperança, no contexto do primeiro domingo do Advento.
“A espera, o aguardar, é uma dimensão que atravessa toda a nossa existência pessoal, familiar e social. A espera é presente em milhares de situações, das menores e mais banais às mais importantes, que nos comprometem totalmente e no profundo”, disse o pontífice.
Bento XVI citou exemplos de momentos marcantes nesse sentido, como a espera dos pais pelo filho, a espera de um jovem pelo êxito em um exame decisivo ou em uma entrevista de trabalho; nas relações afetivas, a espera do encontro com a pessoa amada, da resposta a uma carta, ou da acolhida de um pedido de perdão.
Segundo o Papa, “pode-se dizer que o homem está vivo enquanto espera, enquanto em seu coração é viva a esperança. E por sua esperança o homem se reconhece: a nossa ‘estatura’ moral e espiritual se pode medir por aquilo que esperamos, por aquilo em que temos esperança”.
Neste tempo que prepara o Natal, o Papa convidou cada pessoa a se perguntar aquilo que espera. “O que, neste momento de minha vida, clama em meu coração?”, sugeriu que se pergunte o Papa. Mas não só no âmbito individual, também no coletivo, o que se espera enquanto comunidade.
O Papa indicou então que se aprenda de Maria, “Mulher do Advento, a viver o dia a dia com um espírito novo, com o sentimento de uma espera profunda, que só a vinda de Deus pode preencher”.

A Coroa do Advento

Um dos mais evidentes dos costumes do Advento, familiar para a maioria, é claro, a coroa do Advento, que é uma bela maneira de marcar a progressão do tempo de Advento e de preparação para a grande festa da Natividade de Nosso Senhor.

Manual de Christian Festas e Costumes, ele diz o seguinte sobre o costume da coroa do Advento:

A coroa do Advento originou algumas centenas de anos atrás entre os luteranos da Alemanha Oriental. Provavelmente foi sugerido por um dos símbolos de luz, que foram muitos usados no folclore, no final de novembro e início de Dezembro . Os cristãos dos tempos medievais mantidas muitas dessas luzes e símbolos do fogo viva as tradições populares e folclore antigo. No século XVI começou o costume de usar luzes, como um símbolo religioso do Advento nas casas dos fiéis. Esta prática se espalhou rapidamente entre os protestantes da Alemanha Oriental e foi logo aceite pelos protestantes e católicos em outras partes do país. Recentemente, tem não só encontrou o seu caminho para a América, mas está se espalhando tão rapidamente que já é um costume acalentado em muitos lares.

A coroa do Advento é exatamente o que a palavra implica, uma grinalda de sempre-vivas , feita em vários tamanhos. Ou é suspensa no teto ou colocados sobre uma mesa, geralmente em frente ao altar da família. Fixado para a coroa estão quatro velas em pé, em distâncias iguais. Estas velas representam as quatro semanas do Advento.

Diário de um certo tempo (geralmente à noite), a família se reúne para um pequeno exercício religioso. Todos os domingos do Advento, mais uma vela é acesa, até que todas as quatro velas a sua luz alegre para anunciar o aniversário se aproximando do Senhor. Todas as outras luzes se apagam na sala, e apenas o brilho suave das velas ao vivo ilumina a escuridão. Depois de algumas orações, que são recitados pela graça de uma boa preparação e santo para o Natal, a família canta um dos hinos tradicionais Advento ou uma canção em honra de Maria.

O simbolismo tradicional da coroa do Advento recorda aos fiéis do Velho Testamento, quando a humanidade estava "sentado nas trevas e na sombra da morte" (Lucas 2:79), quando os profetas, iluminados por Deus, anunciou o Redentor, e quando os corações dos homens brilharam com o desejo para o Messias. A coroa - um antigo símbolo de vitória e glória - simboliza o "cumprimento do tempo" na vinda de Cristo ea glória do Seu nascimento.

. Em algumas partes da Europa, é usual que as pessoas com o nome de João ou Joana de ter a primeira à direita para acender as velas na coroa do Advento e da árvore de Natal, porque o evangelista João inicia seu Evangelho de Cristo, chamando a Luz "do mundo "e João Batista foi o primeiro a ver a luz da divindade que brilha sobre o Senhor em Seu batismo no rio Jordão.

sábado, 27 de novembro de 2010

Orientações para o Tempo do Advento


Rezam as Normas para o Ano Litúrgico e o Calendário Romano:
"O tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa." (NALC, 39)
Nesse sentido, o roxo é a cor ditada pelas rubricas, como de espera penitencial, ainda que não tão rigorosa quanto a da Quaresma. De fato, o Advento é uma "pequena Quaresma" em preparação ao Natal. Preparando-nos para celebrar a primeira vinda de Cristo no Natal, aguardamos, neste exílio, pela segunda, em que Ele deve nos achar livres do pecado. O chamado à santidade é também a tônica, pois, do Advento.

Algumas anotações oficiais, tiradas do Diretório Litúrgico da CNBB, para o Advento que começa amanhã, nos ajudam a que as celebrações seja conforme as rubricas e a tradição do rito romano:
1. O órgão e os outros instrumentos musicais devem usar-se, e o altar orna-se com flores, com aquela moderação que convém ao caráter próprio deste tempo, de modo q não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor. No Domingo Guadete (3º do Advento), pode-se usar a cor-de-rosa (CB, n. 236).

2. Na celebração do matrimônio, seja dentro ou fora da Missa, dá-se sempre a bênção nupcial;

3. Até o dia 16, inclusive, não se permitem as Missas para diversas circunstâncias, votivas ou cotidianas pelos defuntos, a não ser que a utilidade pastoral o exija (IGMR, n. 333). Mas podem ser celebradas as Missas das memórias que ocorrem, ou dos Santos inscritos no Martirológio nos respectivos dias (IGMR, n. 316b).
Vejam que, conforme a primeira frase do número 3, a Missa Rorate, do Comum de Nossa Senhora, por motivo pastoral, pode ser celebrada, segundo ilustramos em um artigo do Salvem.

A partir de hoje, último sábado do Tempo Comum, começa, nas Completas, a antífona mariana Alma Redemptoris Mater.

Catequese e agentes voluntários são os temas norteadores da Assembleia Nacional da Pastoral Carcerária


Teve início na tarde desta sexta-feira, 26, na Chácara Manacá, em Samambaia, cidade satélite de Brasília (DF), a Assembleia Nacional da Pastoral Carcerária (PCr). O evento reúne cerca de 60 coordenadores e representantes estaduais da PCr de todas as regiões do país.

Até domingo, 28, o encontro vai pautar dois temas principais: como ampliar o número de agentes voluntários para a PCr e como desenvolver a catequese no cárcere com as pessoas privadas de liberdade.

Para falar da parceria firmada entre Comissão de Catequese da CNBB e Pastoral Carcerária, esteve na abertura do evento, o bispo da Cidade de Goiás (GO) e presidente da Comissão Episcopal Bíblico Catequética, dom Eugênio Rixen. Ele destacou aos participantes que a parceria tem por objetivo evangelizar os encarcerados. “Precisamos fazer um trabalho de formação bíblico-catequética e evangelizar os encarcerados”, disse o bispo. Ele também destacou que os trabalhos estão em andamento, inclusive com reuniões marcadas para a elaboração de um subsídio de formação especial para o encarcerados.

“Já nesta semana nos reunimos com o coordenador nacional da PCr, padre Valdir João Silveira, e com a as assessoras da Comissão de Catequese, irmã Zélia Maria Batista e Cecília Rover, e traçamos algumas orientações. A Palavra de Deus é fantástica e para os presos é uma mensagem de libertação e de esperança”, disse dom Eugênio. Está agendada para os dias 14 e 15 de abril de 2011, a próxima reunião que definirá detalhes da parceria.

Com relação ao número de agentes da PCr, padre Valdir destacou que ainda são poucos para fazer um trabalho de qualidade em todo o país. Por isso, o tema será norteador durante os três dias de Assembleia. “Temos hoje 6 mil agentes voluntários da PCr em todo o país, mas esse número ainda pequeno se consideramos que há disparidades em alguns estados brasileiros. Na Assembleia iremos traçar metas para conseguirmos mais agentes e aumentar nosso efetivo”, pontuou o coordenador.

“A troca de experiências será um momento importante do encontro, pois o que um coordenador do Mato Grosso, por exemplo, expõe, um do Ceará aproveita para aplicar no seu estado”, foi o que disse a vice-coordenadora nacional da Pastoral Carcerária, Hide Ann Cernecka. Ela também mencionou que uma das maiores preocupações da PCr é com o número de agentes. “Será importante definirmos nesta Assembleia uma direção para resolvermos a questão do número de agentes, pois ainda é nossa maior dificuldade trabalhar com muitos encarcerados a partir de um número ainda pequeno de agentes”.

Para a coordenadora da Pastoral Carcerária no Regional Sul 2 da CNBB (Paraná), Leiri Rasini, o encontro é a oportunidade de incentivar a atuação da Pastoral Carcerária, inclusive na própria Igreja, que segundo Rasini, ainda sofre preconceito. “Uma das minhas lutas no Paraná é implantar a Pastoral Carcerária nas paróquias porque muitos padres impõem dificuldades e não querem a presença da PCr. Aqui será a oportunidade de expor essa dificuldade e trabalhar essa questão para que o respeito seja maior para com os agentes pastorais”, sublinhou a coordenadora estadual.

O encontro tem a assessoria metodológica de Lourival Rodrigues da Silva, formado em direito, mestre em Ciência da Religião e especialista em juventude. Ele trabalha na Casa da Juventude Pe. Burnier (Caju) em Goiânia.

No domingo, último dia da Assembleia, acontecerá a eleição que definirá a nova coordenação nacional da Pastoral. Padre Valdir está na função desde que padre Gunter Alois Zgubic renunciou ao mandato em 2009.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Lançado CD do Hino da Campanha da Fraternidade 2011

A gravadora Paulus acaba de lançar o CD com o Hino da Campanha da Fraternidade 2011, “Fraternidade e a Vida no Planeta”, e os cantos quaresmais para o Ano A (2011). O trabalho traz o hino da CF e o repertório quaresmal correspondente a cada ano. As livrarias católicas de todo o país venderão o CD que acompanha o material da CF-2011.

De acordo com o assessor de música litúrgica da CNBB, padre José Carlos Sala, o hino poder ser executado em algum momento mais adequado da celebração, a critério da equipe de celebração e de quem preside. “O hino poderá ser executado, por exemplo, em algum momento da homilia, o que facilitará a vinculação da liturgia da palavra com a vida (tema da CF) – ou nos ritos finais, no momento do envio”, disse o assessor.

A obra

O CD está enriquecido com mais oito faixas inéditas para as celebrações quaresmais do ano A, além de outros cantos do Hinário Litúrgico da CNBB.

A letra do hino suscita uma profunda reflexão sobre a sustentabilidade da vida no planeta e faz veemente convite para cuidar da vida: “Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto esta dor ou simplesmente agonia? Vai depender só de nós...” (refrão do hino).

Padre Sala ressalta que vale lembrar que o lecionário dominical – embora trazendo nos dois primeiros domingos dos anos A, B e C o mesmo conteúdo evangélico (Deserto e Transfiguração de Jesus) – propõe três diferentes “itinerários” quaresmais: No ano A, os evangelhos estão intimamente relacionados com a temática do batismo (“Samaritana”, “Cego de nascença” e “Ressurreição de Lázaro”). No ano B, o acento recai sobre a pessoa de Jesus Cristo (“Expulsão dos vendilhões”, “Encontro com Nicodemos”, “O grão caído na terra”). Por fim, no ano C, a penitência e a conversão aparecem bem evidenciados (cf. parábolas da “Figueira estéril”, do “Filho pródigo” e o episódio da a “Mulher pecadora”).

“De acordo com suas potencialidades, as equipes de canto e música escolherão o melhor meio para apropriar-se desse rico repertório quaresmal que aparece no CD e ajudar os fiéis na assimilação dos cantos próprios deste tempo”, completa o assessor

Santuário de Aparecida promove Romaria da Juventude no próximo sábado

O Santuário Nacional acolhe no próximo sábado, 13, a 2ª Romaria Nacional da Juventude. Segundo o prefeito do Santuário, padre Rodrigo Arnoso, após a Jornada Nacional dos Jovens Universitários, que aconteceu em 2008, o Santuário Nacional atendeu ao grande clamor da Igreja no Brasil, que é criar meios e modos de atrair os jovens para a Igreja.

“O objetivo é trazer o jovem para o Santuário Nacional de Aparecida. Não só aqueles que estão dentro de nossas comunidades, mas também aqueles que ainda não se sentiram tocados para fazer parte da comunidade cristã”, disse.

Em sua primeira edição, em 2009, várias atrações fizeram parte de uma programação voltada ao público jovem, que contou com momentos formativos e também de entretenimento. Para a Romaria deste ano, a programação prevê reflexões sobre o tema ‘Entendimento Mútuo’.

De acordo com padre Rodrigo, há um esforço para mobilizar especialmente os jovens do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo). “Como não usamos inscrição para os jovens participantes, queremos mobilizar todo o regional Sul 1 que é a região da arquidiocese de Aparecida, para trazer jovens destas paróquias. Sabemos que não é suficiente, por isso contamos também com jovens de outras localidades do país”, disse.

Programação da Romaria

9h – Concentração na Tribuna Papa Bento XVI

10h – Palestra com o médico Lair Ribeiro

11h15 – Missa

16h – Tribuna Dom Aloísio Lorscheider - Show com banda Rosa de Saron

Publicada a Exortação Pós-Sinodal sobre a Palavra de Deus

Foi divulgada nesta quinta-feira, 11, pela Santa Sé, a Exortação Pós-Sinodal Verbum Domini, referente ao sínodo sobre a Palavra de Deus, realizado em Roma de 5 a 26 de outubro de 2008. A Exortação foi assinada pelo papa Bento XVI no dia 30 de setembro deste ano, dia de São Jerônimo.

O novo documento, com 208 páginas, consta de três partes, além de uma introdução e uma conclusão. A primeira parte fala sobre a Palavra de Deus (Verbum Dei); a segunda discorre sobre a Palavra na Igreja (Verbum in Ecclesia) e a última trata da Palavra no mundo (Verbum mundo).

A íntegra do documento está no site da Santa Sé. Acesse aqui

“Verbum Domini”, exortação apostólica em sintonia com “Dei Verbum”

Segundo o prefeito da Congregação para os Bispos, Marc Ouellet
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 11 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – A exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, divulgada hoje, “retoma a mesma mensagem 45 anos depois” da constituição Dei Verbum, do Concílio Vaticano II.

Assim afirmou o prefeito da Congregação para os Bispos, cardeal Marc Ouellet PSS, durante a apresentação do documento pontifício, realizada hoje na Sala de Imprensa da Santa Sé.

Na coletiva de imprensa, intervieram também: Dom Nikola Eterovic, secretário-geral do Sínodo dos Bispos; seu subsecretário, Dom Fortunato Frezza; e Dom Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura.

A Verbum Domini, escrita por Bento XVI, é fruto da 12ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus, realizada de 5 a 26 de outubro de 2008.

Reflexão sobre a Bíblia

O cardeal Ouellet afirmou que a Verbum Domini responde às necessidades da Igreja neste nascente terceiro milênio.

Disse também que, ainda que no século 20 tenha havido um renascer de consciência da necessidade da Palavra de Deus em temas como a reforma litúrgica, a catequese e os estudos bíblicos, “existe um déficit que deve ser suprido em relação à vida espiritual do povo de Deus”.

“Este tem o direito de ser mais inspirado e nutrido por uma aproximação mais orante e mais eclesial das Sagradas Escrituras”, declarou o purpurado.

Em vários pontos da exortação apostólica, Bento XVI insiste em que o cristianismo “não é fruto de uma sabedoria humana ou de uma ideia genial”, destacou o cardeal Oullet, e sim “de um encontro e de uma aliança com uma Pessoa que dá à existência humana sua orientação e forma decisivas”.

A Verbum Domini “oferece, assim, a contemplação pessoal e eclesial da Palavra de Deus nas Sagradas Escrituras, na Divina Liturgia e na vida pessoal e comunitária dos fiéis”, disse o prefeito.

Interpretação das Escrituras

O purpurado se referiu também às quase 40 páginas nas quais Bento XVI destaca a necessidade de apresentar uma hermenêutica de forma “clara, construtiva, situando a ciência bíblica, exegética e teológica no interior e ao serviço da fé da Igreja”.

Faz-se necessária uma interpretação das Sagradas Escrituras que deve ser complementada com uma leitura teológica e científica e que, além disso, exige “o valor da exegese patrística” e que convida “os exegetas, teólogos e pastores a um diálogo construtivo para a vida e para a missão da Igreja”.

Igualmente, concluiu o purpurado, a meditação da Bíblia “expõe também a atividade missionária e a evangelização” e por isso “renova a consciência da Igreja de ser amada e sua missão de anunciar a Palavra de Deus com audácia e com confiança na força do Espírito Santo”.

Dom Bergozini: Venham comigo lutar pela Vida!

Guarulhos, 11 Nov. 10 / 03:21 pm (ACI).- Em uma carta assinada hoje, (11) o Bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, reafirmou seu compromisso de defender a vida contra projetos de lei que visam descriminalizar a prática do aborto no Brasil. “A vida humana pertence a Deus”, assevera Dom Bergonzini, que também recordou que “nenhuma lei, nenhum plebiscito, nenhum partido, nenhum grupo de pessoas pode decidir quem vai morrer e quem vai nascer”. Por isso o bispo afirma manterá a “luta pela vida dos indefesos, contra a cultura da morte que querem implantar no Brasil e na América Latina” e chama os fiéis à luta pela vida também durante o governo de Dilma Rousseff que assume a presidência da República neste 1º de janeiro. Abaixo reproduzimos na íntegra a carta de Dom Bergonzini aos fiéis de Guarulhos recordando a vigília pelos nascituros a ser celebrada no 27 deste mês.

“Muitas pessoas não entenderam o Movimento em Defesa da vida que fizemos e continuaremos fazendo. A época das eleições é propícia para debater os problemas nacionais. A preservação da vida é um problema nacional.

Existe um projeto de liberação do aborto no Brasil, que vem sendo defendido, há muito tempo, por partidos e políticos engajados nesse objetivo. Matar seres humanos indefesos, no útero de suas mães, antes deles chegarem à luz, é problema nacional e assassinato. Os leigos católicos, os religiosos, os padres, os evangélicos, todas as religiões têm o direito de defender sua Doutrina e sua Moral.

Muita gente confundiu a ação pastoral com política. Defender a vida, contra a cultura da morte, não é política. Tem reflexos na política, mas é uma ação pastoral. O Papa Bento XVI não confundiu. Tanto que aprovou a campanha contra o aborto. A Igreja Católica estava usando o seu direito de defender o Evangelho e a Moral Cristã, e continuará a fazê-lo.

O Papa Bento XVI vem alertando o Mundo sobre o relativismo. No caso das eleições, se uma pessoa é cristã e obedece os Mandamentos da Lei de Deus, ela não pode apoiar candidatos com projetos de liberação do aborto. O cristão não pode relativizar e aprovar atitudes e ações que são contra a sua fé e a Doutrina Cristã.

A candidata Dilma Rousseff e sua Coligação me acusaram, no Tribunal Superior Eleitoral, de Brasília, de ter falsificado o documento da CNBB-Regional SUL-1. Imagine um Bispo falsificando um documento assinado por outros três Bispos. Eu e a Igreja Católica fomos vítimas da mentira e da violação dos direitos constitucionais. A defesa apresentada pelos advogados da Diocese de Guarulhos mostra como os direitos da Igreja Católica foram violados. O Ministério Público Eleitoral Federal também entendeu que os direitos da Igreja Católica foram violados.

A vida é o maior bem que temos. Deus nos deu a vida e só Ele pode nos tirá-la. Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. A vida humana pertence a Deus. O ser humano e suas leis terrenas não podem mudar isso. Nenhuma lei, nenhum plebiscito, nenhum partido, nenhum grupo de pessoas pode decidir quem vai morrer e quem vai nascer. Os políticos cristãos deveriam formar uma frente parlamentar nacional para impedir os governos de adotarem medidas para facilitar ou incentivar o aborto.

A campanha em favor da vida, que se iniciou há muito tempo, vai continuar. O projeto de lei para liberação do aborto foi derrotado nas Comissões de Saúde e Seguridade Social e de Constituição e Justiça, da Câmara Federal. Os defensores da vida pensaram que o assunto estava encerrado. Mesmo com essas decisões, um deputado do PT solicitou que o projeto seja apreciado pelo Plenário da Câmara Federal. Depois disso, 21.12.2009, o Governo Federal editou o PNDH-3, e ressurgiu o projeto de liberação do aborto. E em 16.07.2010, numa reunião de países da América Latina, o Governo Federal assinou o “Consenso de Brasília”, que pretende estender a liberação do aborto para toda a América Latina. E, no dia 04 de outubro, um dia após a eleição do primeiro turno, o Governo Federal publicou convênio, no Diário Oficial da União, para prosseguir no caminho da liberação do aborto. Os católicos que votaram nesse projeto serão responsáveis, com os eleitos por eles que apóiam o aborto, pelas mortes das crianças indefesas que forem retiradas dos úteros de suas mães e atiradas no esgoto, como se fossem dejetos.

De minha parte, por amor ao Evangelho, pela fidelidade a Jesus Cristo, à sua Igreja e ao sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, manterei a luta pela vida dos indefesos, contra a cultura da morte que querem implantar no Brasil e na América Latina.

Exorto todos os cristãos a seguirem este mesmo caminho. Venham comigo lutar pela Vida!”

A carta termina recordando os fiéis que neste dia 27 de novembro o Papa Bento XVI decretou o dia mundial da vigília pela vida do nascituro.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

'Lamento a conversão forçada de Dilma'

Via ESTADÃO.

ENTREVISTA

D. Eugênio Sales, cardeal e arcebispo emérito do Rio de Janeiro
O cardeal e arcebispo emérito do Rio de Janeiro, d. Eugênio Sales, que completa 90 anos hoje, lamentou o que chamou de conversão tardia da presidente eleita, Dilma Rousseff, na reta final da campanha eleitoral.
O religioso disse temer a pressão que grupos favoráveis à descriminalização do aborto e aos direitos dos homossexuais farão sobre a presidente. 'Espero que o compromisso, que ela assumiu, ela possa cumprir.'
Apesar de classificar o homossexualismo como 'anormalidade' e dizer que uma de suas preocupações no mundo é a China, d. Eugênio nega ser conservador ou reacionário. Cita como exemplo a ajuda que deu a 'milhares' de refugiados de ditaduras sul-americanas e a animosidade que sofreu de militares brasileiros por se opor à tortura de presos políticos.
O cardeal repudia abusos cometidos por padres contra crianças, mas compara as denúncias de pedofilia a campanhas difamatórias nas quais o Vaticano foi acusado de conivência com o Holocausto.
Nascido em Acari, no Rio Grande do Norte, d. Eugênio foi ordenado padre aos 23 anos. Aos 33, já era bispo e tornou-se cardeal aos 48. Para ele, seu mérito foi a fidelidade à Igreja.
Como o sr. acompanhou esse processo eleitoral em que a questão religiosa entrou de forma tão enfática no debate?
Sou inteiramente contrário ao aborto e à exaltação dos homossexuais. Casamento de homem com homem é um erro. Sou contra, mas sempre digo que é importante ter paciência com as pessoas. É uma aberração da natureza. Mas não se pode jogar pedra.
O que o sr. achou desses temas terem sido usados pelos candidatos?
Lamento que isso tudo tenha acontecido e também lamento a conversão forçada da presidente eleita. Na véspera da eleição, ela declarava 'não sei se é válido', tinha uma posição. Mas também não digo se ela está sendo ou não sincera. Achei que poderia haver recuo. Graças a Deus, parece que não está acontecendo isso.
Houve uma conversão forçada da presidente eleita?
Não posso julgar a pessoa. Não sei dizer. Trato bem, mas sem elogios.
O que o sr. espera da primeira mulher presidente da República? Espero que o compromisso que ela assumiu, ela possa cumprir. Dá credibilidade. Mas ela vai sofrer pressões, também, do pessoal homossexual.
Como o sr. avalia os oito anos de governo do presidente Lula? Acho que teve muitas vantagens. Agora, vamos ver se vai ser tudo solidificado. Ele fez um governo que avançou e foi feliz em muitos pontos. A divisão de riquezas ainda é muito ruim. E ele está combatendo isso. Estou esperançoso.
Como o sr. avalia a situação do mundo hoje?
O mundo é feito de homens e os homens são limitados. Eles assumem posições que nunca levam à concórdia. Tem muita coisa difícil ainda. A China, por exemplo. Ainda é um regime marxista.
Como o sr. acompanha o atual momento da Igreja e esses casos de pedofilia?
Isso está aparecendo agora. O papa tomou a medida exata contra. Medidas severas. Isso é um crime inacreditável. Mas há também um grupo anticatólico atuando para desmoralizar a Igreja. A mesma coisa ocorreu contra os judeus. A Igreja fez tudo o que pôde no Holocausto. O papa (Pio XII, que é acusado por historiadores de ter sido conivente com o nazismo e com o extermínio de judeus) chegou a receber pedidos de judeus para que não fizesse mais declarações contra, porque Hitler castigava ainda mais.
E quanto ao posicionamento do papa Bento XVI?
Ele foi bem. Disse que os bispos tinham razão em ensinar a verdade. Acho também. Não havia motivo de causar espécie.
O sr. está completando 90 anos de vida e 67 de sacerdócio. O que foi mais importante para o sr. nesse período?
É difícil distinguir umas coisas de outras. Mas eu acho que foi a fidelidade e a dedicação total à Igreja. Eu acho que esse foi o ponto que marcou. Acho que sou uma pessoa muito normal. Não sou excepcional.
Foi uma escolha sua seguir a vida eclesiástica?
Sim. Escolha minha. A família não se opôs. Eu ia ser agrônomo. Não me arrependi nunca. Sou muito realizado. Mesmo quando era incompreendido, chamado de conservador (risos). Nunca me zanguei por conta disso. Nunca criei inimizade por isso. Não sou conservador nem avançado.
O sr. considera ter sido patrulhado pela esquerda no Brasil?
A esquerda não me tolerava. Para eles, eu era conservador, golpista.
Dos momentos mais importantes da história recente do País, o que mais marcou o sr.?
Passei por momentos difíceis. Nos anos 70, um argentino veio pedir abrigo. Rezei para decidir o que fazer. Como cidadão, não podia abrigá-lo, já que ele fugiu de outro país. Mas, como pastor, tinha a obrigação. Foram milhares (de refugiados acolhidos). Uns 5 mil. Isso gerou animosidades, mas é motivo de satisfação na minha vida pastoral.
QUEM É
D. EUGÊNIO SALES: Foi ordenado sacerdote em 1943, na cidade de Natal (RN) e é considerado uma figura emblemática na Igreja no Brasil. Aos 33 anos, foi nomeado bispo. Ele é um dos criadores das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e da Campanha da Fraternidade. No Rio de Janeiro, d. Eugênio Sales criou as Pastorais da Saúde, do Trabalhador, das Domésticas, do Menor e a Penal.

O amor verdadeiro e a verdadeira liberdade no centro do encontro do Papa com cerca de 100 mil jovens da Acção Católica italiana

Via RADIO VATICANA

(30/10/2010) Cerca de 80 mil jovens da Acção Católica italiana, tiverem neste sábado um encontro com Bento XVI na Praça de São Pedro, no Vaticano.

A iniciativa enquadrou-se no encontro nacional , subordinado ao tema “Há mais: cresçamos juntos".

Com os jovens estiveram 10 mil educadores, 500 sacerdotes assistentes e 50 bispos, para além de representantes de seis países convidados - Argentina, Burundi, Espanha, Roménia, Rússia – e da Terra Santa.

O momento culminante do encontro foi o diálogo entre o Papa e os jovens sobre temas fortes como o amor, a educação e o testemunho evangélico na vida quotidiana.

Hoje, demasiadas vezes o amor é reduzido a uma mercadoria que se pode trocar, consumar sem respeito por si e pelos outros. É assim muito amor que é proposto pelos media e pela internet. É egoísmo, ilusão de um momento, algo que vos liga como uma corrente, algo que sufoca o pensamento e aquela força insuprível que é o amor verdadeiro, que certamente também custa sacrifício, salientou Bento XVI respondendo ás perguntas que lhe foram dirigidas. E salientou depois que existe uma prova que confirma se o nosso amor está crescendo bem:
“se não excluis da vossa vida os outros, sobretudo os vossos amigos que sofrem e se encontram sozinhos, as pessoas em dificuldade, e se abris o vosso coração ao grande Amigo que é Jesus. Também a Acção Católica vos ensina os caminhos para aprender o amor autentico: a participação na vida da Igreja, da vossa comunidade cristã, a disponibilidade em relação aos coetâneos que se encontram na escola, na paroquia e noutros ambientes. O Santo Padre exortou depois os jovens da Acção Católica a aspirarem a metas maiores, porque Deus dá a força.
Ser educador significa ter uma alegria no coração e comunica-la a todos para tornar bela e boa a vida, significa oferecer razões e metas para o caminho da vida. Foi assim que Bento XVI respondeu á pergunta de uma educadora, sobre o desafio de educar hoje.
O Papa solicitou os educadores da Acção Católica a oferecerem a beleza da pessoa de Jesus e fazer enamorar dele, do seu estilo de vida, da sua liberdade, do seu grande amor cheio de confiança em Deus pai.
“Tende a coragem, ousaria dizer a confiança de não deixar nenhum ambiente sem Jesus, sem a sua ternura que fazeis experimentar a todos, também aos mais necessitados e abandonados, com a vossa missão de educadores.”

sábado, 6 de novembro de 2010

A santidade não é luxo, mas uma necessidade!

Esta Solenidade de Todos os Santos vem do século IV. Em Antioquia celebrava-se uma festa por todos os mártires no primeiro domingo depois de Pentecostes. A celebração foi introduzida em Roma, na mesma data, no século VI, e cem anos após era fixada no dia 13 de maio pelo papa Bonifácio IV, em concomitância com o dia da dedicação do “Panteon” dos deuses romanos a Nossa Senhora e a todos os mártires. No ano de 835 esta celebração foi transferida pelo papa Gregório IV para 1º de novembro.

Segundo uma tradição antiga, foi destinada para o dia 01 de Novembro como protesto aos Celtas ingleses, pagãos, que celebravam as bruxas e os espíritos que vinham se alimentar e assustar as pessoas na noite de Halloween.

O dia de todos os santos é exatamente o grande tributo da Igreja de Jesus Cristo há uma multidão de santos que povoam o Reino dos céus, homens e mulheres que foram apaixonados pelo Senhor nesta vida e hoje gozam de uma felicidade sem fim. “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7,4 – 14).

A Constituição dogmática Lúmen Gentium do Concilio Vaticano II, ressalta que: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49).

O pregador oficial da Santa Sé, Frei Raniero Cantalamessa disse em uma de suas pregações que “a santidade não é um luxo, mas uma necessidade”. Nisso implica uma adesão total e absoluta a pessoa de Cristo e a sua práxis, é trilhar o caminho que o próprio Jesus nos ensinou, caminho esse que muitos já trilharam e trilham.

Santidade é graça, é dom, é vida. Santo é aquele que tem a vida marcada pelas bem aventuranças de Jesus, que faz do Evangelho sua doutrina. “Deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).

Ao passar ao Novo Testamento, assistimos a mudanças profundas. A santidade não reside nas mãos, mas no coração; não se decide fora, mas dentro do homem, e se resume na caridade. Os mediadores da santidade de Deus não são lugares (o templo de Jerusalém ou o monte das Bem aventuranças), ritos, objetos e leis, mas uma pessoa, Jesus Cristo. Em Jesus Cristo está a santidade de Deus que nos chega em pessoa, não é uma distante reverberação suja. Ele é “o Santo de Deus” (Jo 6,69)*.

O mundo moderno tem uma conotação de santidade extremamente distante da que Jesus nos ensina em Sua Palavra. Jesus deixa claro que santo é aquele que ama os pobres, pois os pobres é sacramento de salvação. “Bem aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. Bem aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados.

Bem aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.” ( Lc 6,20-21).

Santo é aquele que faz o bem, que perdoa o próximo, “antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. (Ef 4,32).

Santo é quem faz a vontade de Deus, que não busca nada fora do Senhor, “deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração” (Sl 40,8). Santo é o humilde, o misericordioso, o manso… “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” (Cl 3,12).

Santidade não é um coletivo de regras e costumes, não está ligado somente ao vestuário, ao modo de se comunicar, as tatuagens e ao piercing. Não tem uma união isolada a música que se escuta, aos lugares que se frequentam, ou as pessoas que convivem. Santidade é muito mais que jejuns e vigílias, santidade é amar a Deus sobre tudo e todos. “Amarás o Senhor Teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt 6,5).

A santidade implica, sobretudo, na mortificação do pecado que habita em nós. Na busca da perfeição é indispensável não passar pela via cruz, não há santidade sem renúncia e luta constante. “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo” (2Tm 4, 6).
“Pelo mesmo caminho que Cristo trilhou hão de ir os que o seguem” (Santa Teresa de Jesus). Na busca da santidade não podemos nos acostumar com a condição de pecado, santo é aquele que não se acostumou no chão! Santo é quem faz a diferença! “Algumas pessoas reivindicam e protestam em público por justiça e direitos humanos. Nós não temos tempo para isto. Há seres humanos em grande número que estão morrendo de fome e desprovidos de amor. Em pessoas assim é que servimos a Jesus, vinte e quatro horas ao dia” (Bem aventurada Teresa de Calcutá).

Solenidade de todos os santos!

Fraternidade Missionária O Caminho lança o mais novo CD com o tema: "É tempo do Amado ser Adorado"

Aqueles que vem acompanhando o dia a dia da Fraternidade O Caminho durante esses 9 anos de existência, sabe que a Obra tem se dedicado a refletir, aprofundar e a viver um tema espiritual que perpassa toda a vida religiosa, laical e missionária.

Sem sombra de dúvidas essa tem sido uma experiência abençoada para o Carisma e prova disso são os frutos que tem sido colhidos ainda hoje dos temas refletidos nos anos anteriores como, por exemplo, do “Grito de Santidade, do Senhorio de Jesus” e “É Tempo de Cuidar do Carisma”.

Nesse ano em que a Obra celebra 9 anos de vida e se prepara para o seu Jubileu, estamos vivendo o Ano Eucarístico à luz do tema ADORA FRATERNIDADE e sob o lema inspirado em Jo 4,23: “Mas a hora vem, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão…”

Como parte dessa experiência, já divulgamos no site “O Caminho” que a Fraternidade lança, nesse Ano Eucarístico, o seu terceiro CD, chamado “É tempo do Amado ser Adorado!”.

Fruto de muita oração e profunda dedicação de nossos leigos-músicos, “É tempo do Amado ser Adorado” conduzirá a cada um, através das canções criadas por Leandro Meirelles e interpretadas por nosso religioso, Ir. Hallel Sentinela da Paixão, ao verdadeiro encontro com a Árvore da Vida, Jesus Eucarístico.

Também por meio deste trabalho queremos contribuir para que um exército de adoradores se levantem no ceio da Santa Igreja e o desejo do Pai se realize (Jo 4,23).

Para maiores informações sobre o lançamento do CD “É tempo do Amado ser Adorado!”, entre em contato com uma de nossas Fraternitas ou envie email para produtos@ocaminho.org.br.

Blog de padres do rito antigo

Blog da confraria dos sacerdotes brasileiros que participaram do encontro sobre o Summorum Pontificum em Garanhuns, PE, e celebram na forma extraordinária:

http://coetusacerdotalis.blogspot.com/

Dom Eugênio Sales: 90 anos a serviço da Igreja no Brasil

Na próxima segunda-feira, 8 de novembro, o arcebispo emérito do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Eugênio de Araújo Sales, completa 90 anos de idade. A data está sendo lembrada em várias regiões do país, por ser dom Eugênio uma figura emblemática na Igreja no Brasil.

Há mais de 30 anos no Rio de Janeiro, sendo arcebispo entre 1971 e 2001, dom Eugênio dedicou seu trabalho de modo a contemplar as inúmeras pastorais da Igreja, bem como a sociedade menos favorecida. Entre seus feitos, está a questão social. No Rio, ele criou a Pastoral Penal, da Saúde, do Trabalhador, além das pastorais das Domésticas e do Menor.

Com a Pastoral das Favelas, dom Eugênio foi fundamental para impedir a remoção de moradores da Favela do Vidigal. Em artigo publicado no site da CNBB, o arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta, afirma que dom Eugênio não fez apenas discursos em defesa dos pobres. “Na prática, no dia a dia, no socorro de suas necessidades e na sua colaboração profissional, ou seja, a sua promoção. O cardeal Sales, silenciosamente, como ele gosta de dizer, protegeu os presos políticos, ajudou-os materialmente e foi sua voz [...]”, diz um trecho do texto.

Para o arcebispo de Mariana (MG) e presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, os 90 anos de dom Eugênio devem ser “bastante comemorados pela preciosa vida que levou o cardeal”. Sobre a longa atuação do cardeal na arquidiocese de Natal (RN), Salvador (BA) e Rio de Janeiro, ele aponta que a principal característica de dom Eugênio é a fidelidade. “Muitos aspectos fazem lembrar a figura de dom Eugênio, mas, sem dúvida, aquela que mais o caracteriza é a fidelidade ao ministério episcopal, pelo vasto trabalho que desempenhou até hoje”, sublinhou o presidente da CNBB.

Regional Nordeste 2 visita obras da Transposição do Rio São Francisco


Nos próximos dias 9 e 10 de novembro, os bispos do Regional Nordeste 2 da CNBB (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) irão visitar as obras do eixo Leste e Norte da Transposição do Rio São Francisco. A razão da visita é observar o andamento das obras e, principalmente, conversar com o povo ribeirinho, para entender a situação das famílias que tiveram de ser deslocadas, e prestar apoio.

Durante a 48ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, ocorrida de 4 a 13 de maio deste ano, em Brasília (DF), dom Adriano Ciocca, bispo de Floresta (PE), já havia se pronunciado a respeito da Transposição, e afirmou que os ribeirinhos estavam sofrendo. “O eixo norte do Rio São Francisco sai do município de Cabrobó e o eixo leste sai do município de Floresta. Há obras em todas as partes do rio, os impactos ambientais são gravíssimos e as indenizações aos pequenos não estão chegando. Para nós, que estamos acompanhando as comunidades, estamos vendo o sofrimento estampado no rosto do povo”.

Dom Adriano se diz entristecido por ver um patrimônio nacional sendo descaracterizado. “Vemos pessoas que não são ouvidas e o rio está sendo modificado aos poucos. Para passar o canal tem um desmatamento de 200 metros de largura dos dois lados, com mais de 600 quilômetros de comprimento, ou seja, são dois rasgos enormes na biodiversidade local”.

As visitas se darão após a reunião do Conselho Episcopal Regional (Conser) no dia 8, na qual os bispos tratam de assuntos internos e pastorais das dioceses do Regional.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Padre brasileiro na Congregação para o Culto Divino

Da Rádio Vaticana:

Cidade do Vaticano, 03 nov (RV) – Nesta quarta-feira, 03 de novembro, o Santo Padre nomeou consultor da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos o brasileiro monsenhor José de Aparecido Gonçalves de Almeida. Ele é subsecretário do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos desde junho deste ano.

Um excelente sacerdote, de ortodoxia inatacável, reconhecido amor pela liturgia tanto em sua forma ordinária como na extraordinária, defensor do latim e do canto gregoriano, e exímio canonista brasileiro, trabalhando no Dicastério justamente responsável por, no tempo oportuno, revisar a tradução que a CNBB está elaborando do Missal Romano? É uma grande graça e um sinal da Providência de que as coisas começam a melhorar na liturgia, não?

Além do Mons. Aparecido, outros sacerdotes foram nomeados para o mesmo cargo. Alguns são conhecidos dos interessados em liturgia: Pe. Nicola Bux, D. Michael John Zelienski, OSB, D. Cassian Folson, OSB - ambos beneditinos daqueles de deixar São Bento alegre -, e o Pe. Mauro Gagliardi, responsável pela coluna de liturgia no Zenit e professor de liturgia no Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, dos Legionários de Cristo.

Catequese do Papa: Margarida de Oingt, uma santa atual

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 3 de novembro de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos, a seguir, a catequese dirigida pelo Papa aos grupos de peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Sala Paulo VI para a audiência geral.


Queridos irmãos e irmãs:

Com Margarida de Oingt, de quem eu gostaria de vos falar hoje, entramos na espiritualidade cartusiana, que se inspira na síntese evangélica vivida e proposta por São Bruno. Não conhecemos sua data de nascimento, ainda que alguns a situem por volta de 1240. Margarida provém de uma poderosa família da nobreza antiga do Lyonnais, os Oingt. Sabemos que sua mãe também se chamava Margarida, que tinha dois irmãos (Guiscardo e Luís) e três irmãs (Catarina, Isabel e Inês). Esta última a seguirá ao mosteiro, na Cartuxa, sucedendo-a depois como priora.

Não temos notícias sobre sua infância, mas, por seus escritos, podemos intuir que transcorreu tranquila, em um ambiente familiar afetuoso. De fato, para expressar o amor sem limites de Deus, ela valorizava muito as imagens ligadas à família, com particular referência às figuras do pai e da mãe. Em uma meditação sua, diz assim: "Muito doce Senhor, penso nas graças especiais que me deste por tua solicitude: antes de tudo, como me protegeste desde a minha infância e como me afastaste do perigo e me chamaste a dedicar-me ao teu santo serviço, como provieste em todas as coisas que me eram necessárias para comer, beber, vestir e calçar, e o fizeste de tal forma que não tive ocasião de pensar em todas estas coisas, a não ser em tua grande misericórdia" (Margherita d'Oingt, Scritti spirituali, Meditazione V, 100, Cinisello Balsamo 1997, p. 74).

Sempre em suas meditações, intuímos que entrou na Cartuxa de Polenteins em resposta ao chamado do Senhor, deixando tudo e aceitando a severa regra cartusiana, para ser totalmente do Senhor, para estar sempre com Ele. Ela escreve: "Doce Senhor, eu deixei o meu pai, a minha mãe, os meus irmãos e todas as coisas deste mundo pelo teu amor; mas isso é pouquíssimo, porque as riquezas deste mundo não são senão espinhos que espetam; e quanto mais as possuímos, mas somos infortunados. E por isso me parece não ter deixado outra coisa senão miséria e pobreza; mas Tu sabes, doce Senhor, que se eu possuísse mil mundos e pudesse dispor deles segundo a minha vontade, não me consideraria saciada enquanto não tivesse a Ti, porque Tu és a vida da minha alma; não tenho nem quero ter pai e mãe fora de Ti" (ibid., Meditazione II, 32, p. 59).

Também da sua vida na Cartuxa temos poucos dados. Sabemos que em 1288 ela se converteu na quarta priora, cargo que manteve até a sua morte, ocorrida em 11 de fevereiro de 1310. Dos seus escritos, contudo, não se desprendem viradas particulares em seu itinerário espiritual. Ela concebe toda a vida como um caminho de purificação até a configuração plena com Cristo. Ele é o livro que se escreve, que incide diariamente no próprio coração e na própria vida, em particular sua paixão salvadora. Na obra Speculum, Margarida, referindo-se a si mesma em terceira pessoa, sublinha que, por graça do Senhor, "havia gravado em seu coração a santa vida que Deus Jesus Cristo levou na terra, seus bons exemplos e sua boa doutrina. Ela tinha colocado tão bem o doce Jesus Cristo em seu coração, que lhe parecia inclusive que este estivesse presente e que tivesse um livro fechado em sua mão, para instruí-la" (ibid., I, 2-3, p. 81). "Neste livro, ela encontrava escrita a vida que Jesus Cristo levou na terra, desde o seu nascimento até sua ascensão ao céu" (ibid., I, 12, p. 83).

Cada dia, desde a manhã, Margarida se dedica ao estudo deste livro. E, quando o observou bem, começa a ler o livro em sua própria consciência, que mostra as falsidades e as mentiras da sua própria vida (cf. ibid., I, 6-7, p. 82); escreve sobre si mesma para ajudar os demais e para fixar mais profundamente no seu próprio coração a graça da presença de Deus, isto é, para fazer que cada dia sua existência esteja marcada pela confrontação com as palavras e ações de Jesus, com o Livro da vida d'Ele. E isso para que a vida de Cristo seja impressa em sua alma de forma estável e profunda, até poder ver o Livro em seu interior, ou seja, até contemplar o mistério de Deus Trindade (cf. ibid., II, 14-22; III, 23-40, p. 84-90).

Através dos seus escritos, Margarida nos oferece alguns resquícios sobre sua espiritualidade, permitindo-nos captar alguns traços da sua personalidade e dos seus dons de governo. É uma mulher muito culta; escreve habitualmente em latim, a língua dos eruditos, mas também escreve em franco-provençal, o que também é raro: seus escritos são, assim, os primeiros, dos que se tem memória, redigidos nessa língua. Ela vive uma existência rica em experiências místicas, descritas com simplicidade, deixando intuir o inefável mistério de Deus, sublinhando os limites da mente para apreendê-lo e a inadequação da língua humana para exprimi-lo. Tem uma personalidade linear, simples, aberta, de doce carga afetiva, de grande equilíbrio e agudo discernimento, capaz de entrar nas profundezas do espírito humano, de descobrir seus limites, suas ambiguidades, mas também suas aspirações, a tensão da alma até Deus. Mostra uma destacada aptidão para o governo, conjugando sua profunda vida espiritual mística com o serviço às irmãs e à comunidade. Neste sentido, é significativa um trecho de uma carta ao seu pai. Ela escreve: "Meu doce pai, comunico que me encontro tão ocupada com as necessidades da nossa casa, que não me é possível aplicar o espírito em bons pensamentos; de fato, tenho tanto a fazer, que não sei para que lado ir. Não recolhemos trigo no sétimo mês do ano e nossas vinhas foram destruídas pela tempestade. Além disso, nossa igreja se encontra em tão más condições, que nos vemos obrigados a reconstruí-la em parte" (ibid., Lettere, III, 14, p. 127).

Uma monja cartusiana descreve assim a figura de Margarida: "Através da sua obra, revela-se uma personalidade fascinante, de inteligência viva, orientada à especulação e, ao mesmo tempo, favorecida por graças místicas: em uma palavra, uma mulher santa e sábia que sabe expressar com certo humor uma intensa afetividade espiritual" (Una Monaca Certosina, Certosine, en Dizionario degli Istituti di Perfezione, Roma 1975, col. 777). No dinamismo da vida mística, Margarida valoriza a experiência dos afetos naturais, purificados pela graça, como meio privilegiado para compreender mais profundamente e seguir com mais prontidão e ardor a ação divina. O motivo reside no fato de que a pessoa humana é criada à imagem de Deus e por isso é chamada a construir, com Deus, uma maravilhosa história de amor, deixando-se envolver totalmente pela sua iniciativa.

O Deus Trindade, o Deus amor que se revela em Cristo a fascina, e Margarida vive uma relação de amor profunda com o Senhor e, por contraste, vê a ingratidão humana até a vileza, até o paradoxo da cruz. Ela afirma que a cruz de Cristo é parecida com a mesa do parto. A dor de Jesus é comparada à de uma mãe. Escreve: "A mãe que me carregou no ventre sofreu fortemente ao dar-me à luz, durante um dia ou uma noite, mas tu, dulcíssimo Senhor, por mim foste atormentado não uma noite ou um dia, mas durante mais de 30 anos (...). Quão amargamente sofreste por minha causa durante toda a vida! E quando chegou o momento do parto, teu trabalho foi tão doloroso, que teu santo suor se converteu em gotas de sangue que se derramavam por todo o teu corpo até o chão" (ibid., Meditazione I, 33, p. 59). Margarida, evocando os relatos da paixão, contempla estas dores com profunda compaixão. Diz: "Foste depositado no duro leito da cruz, de forma que não podias mover-te, virar-te ou agitar teus membros, como costuma fazer um homem que sofre uma grande dor, porque foste completamente estendido e te crucificaram com pregos (...); foram lacerados todos os teus músculos e tuas veias (...). Mas todas essas dores (...) ainda não te bastavam, tanto que quiseste que teu lado fosse aberto pela lança tão cruelmente, que teu dócil corpo foi totalmente arado e desgarrado; e teu sangue brotava com tanta violência, que formava um longo caminho, quase como se fosse uma grande corrente". Referindo-se a Maria, afirma: "Não era de maravilhar-se que a espada que te desfez o corpo penetrasse também no coração da tua gloriosa mãe, que tanto queria sustentar-te (...), porque teu amor foi superior a todos os demais amores" (ibid., Meditazione II, 36-39.42, p 60s).

Queridos amigos, Margarida de Oingt nos convida a meditar diariamente sobre a vida de dor e de amor de Jesus e da sua Mãe, Maria. Aqui está a nossa esperança, o sentido do nosso existir. Da contemplação do amor de Cristo por nós nascem a força e a alegria de responder com o mesmo amor, colocando nossa vida ao serviço de Deus e dos demais. Com Margarida, dizemos também nós: "Doce Senhor, tudo o que realizaste, por amor a mim e a todo o gênero humano, leva-me a amar-te, mas a lembrança da tua santíssima paixão dá um vigor sem igual à minha potência de afeto para amar-te. Por isso me parece (...) ter encontrado o que tanto desejei: não amar outra coisa a não ser Tu, em Ti ou por amor a Ti" (ibid., Meditazione II, 46, p. 62).

À primeira vista, esta figura cartusiana medieval, como toda a sua vida, seu pensamento, parecem muito distantes de nós, da nossa vida, da nossa forma de pensar e agir. Mas se observarmos o essencial desta vida, veremos que também nos diz respeito e que deveria ser tão essencial também em nossa própria existência.

Ouvimos que Margarida concebeu o Senhor como um livro, fixou seu olhar no Senhor, considerando-O como um espelho no qual aparece também sua própria consciência. E a partir deste espelho, entrou luz em sua alma: deixou entrar a palavra, a vida de Cristo, seu próprio ser e assim foi transformada; sua consciência foi iluminada, encontrou critérios, luz e foi purificada. É precisamente disso que nós precisamos: deixar entrar as palavras, a vida, a luz de Cristo em nossa consciência, para que seja iluminada, para que compreenda o que é verdadeiro e bom e o que é mau; que seja iluminada e purificada a nossa consciência. O lixo não está somente nas ruas do mundo. Há lixo também nas nossas consciências e nas nossas almas. Só a luz do Senhor, sua força e seu amor é o que nos limpa, nos purifica e nos conduz no caminho reto. Portanto, sigamos Santa Margarida neste olhar dirigido a Jesus. Leiamos no livro da sua vida, deixemo-nos iluminar e limpar, para aprender a vida verdadeira. Obrigado.

[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:]

Queridos irmãos e irmãs:

No ano 1288, foi eleita Priora da Cartuxa de Poleteins (França) Margarida de Oingt. Dotada de uma personalidade simples, linear e afetuosa, concebe a vida inteira como um caminho de purificação até à plena configuração com Cristo. Ele é o Livro que havemos de gravar diariamente no nosso coração e na nossa vida, de modo especial a sua paixão salvífica. Desde manhã cedo, Margarida dedica-se ao estudo deste Livro; quando o contemplou bem, começa a ler no livro da sua consciência, que lhe revela a falsidade e as mentiras da sua vida, se comparada com as palavras e as ações de Jesus, com o Livro da vida d'Ele. Da contemplação do amor de Cristo por nós, nascem a força e a alegria de responder com igual amor, colocando a nossa vida ao serviço de Deus e dos outros. Prezados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga para todos, de modo particular para os fiéis brasileiros das dioceses de Bragança Paulista e de Passo Fundo. Sei que buscais a imensidade de Deus para os horizontes demasiado estreitos, onde a vida por vezes se perde e agoniza. Cristo é o caminho para o infinito que buscais: pode parecer estreita a passagem, mas o resultado é maravilhoso, como no-lo asseguram os santos. De coração vos dou a minha bênção, extensiva às vossas famílias.

[Tradução: Aline Banchieri

Juramento Papal.


Juramento feito por todos os Papas no dia de sua coroação:
"EU PROMETO:
Não diminuir ou mudar nada daquilo que encontrei conservado pelos meus probatíssimos antecessores e de não admitir qualquer novidade, mas de conservar e de venerar com fervor, como seu verdadeiro discípulo e sucessor, com todas as minhas forças e com todo empenho, tudo aquilo que me foi transmitido.
De emendar tudo quanto esteja em contradição com a disciplina canônica e de guardar os sagrados Cânons e as Constituições Apostólicas dos nossos Pontífices, os quais são mandamentos divinos e celestes, (estando Eu) consciente de que deverei prestar contas diante do (Teu) juízo divino de tudo aquilo que eu professo; Eu que ocupo o teu lugar por divina designação e o exerço como teu Vigário, assistido pela tua intercessão. Se pretendesse agir diversamente, ou de permitir que outros o façam, Tu não me será propício naquele dia tremendo do divino juízo… (pp.43 e 31).
Portanto, nós submetemos ao rigoroso interdito do anátema, se porventura qualquer um, ou nós mesmos, ou um outro, tiver a presunção de introduzir qualquer novidade em oposição à Tradição Evangélica, ou à integridade da Fé e da Religião, tentando mudar qualquer coisa concernente à integridade da nossa Fé, ou consentindo a quem quer que seja que pretendesse fazê-lo com ardil sacrílego."
(do: "Liber Diurnus Romanorum Pontificum", pp 54, 44, P.L. 1 a 5).
"EGO PROMITTO…
Nihil de traditione quod a probatissimis praedecessoribus meis servatum reperi, diminuere vel mutare, aut aliquam novitatem admittere; sed ferventer, ut vere eorum discipulus sequipeda, totia viribis meis conatibusque tradita conservare ac venerari.
Si qua vero emerserint contra disciplinam canonicam, emendare; sacrosque Canones et Constituta Pontificum nostrorum ut divina et coelestia mandata, custodire, utpote tibi redditurum me sciens de omnibus, quae profiteor, districtam in divino judicio rationem, cuius locum divina dignatione perago, et vicem intercessionibus tuis adjutus impleo. Si praeter haec aliquid agere praesumsero, vel ut praesumatur, permisero, eris mihi, in illa terribili die divini judicii, depropitius (…)
Unde et districti anathematis interdictionis subjicimus, si quis unquam, seus nos, sive est alius, qui novum aliquid praesumat contra huiusmodi evangelicam traditionem, et orthodoxae fidei Christianaeque religionis integritatem, vel quidquam contrarium annintendo immutare, sive subtrahere de integritate fidei nostrae tentaverit, vel auso sacrilego hoc praesumentibus consentire."

O juramento acima foi escrito pelo Papa S. Agato no ano 678 D.C, mas presume-se que ele tenha muito mais séculos de antiguidade. Foi feito por todos os Pontífices Romanos, com exceção de João Paulo II.
(

fonte: www.traditio.com).
Para citar este texto:
Agato, Papa S. – "Juramento Papal"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=documentos&subsecao=decretos&artigo=juramentopapal

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